3ª Jornada da Taça AF Setúbal, Fase Grupos: Comercio e Industria - 0 Barreirense - 2

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DSCF8004O segredo do apuramento estava nas alas

 
O Barreirense garantiu o apuramento para os quartos-de-final da Taça da A.F.Setúbal, onde, curiosamente, irá defrontar o Paio Pires, no próximo dia 20 de Fevereiro de 2011, com uma vitória, sem espinhas, em Setúbal, por 2-0, frente ao Comércio e Indústria. Aliás, a 1ªparte dos alvi-rubros, foi mesmo das melhores exibições efectuadas esta época pelos comandados de Duka, situação que merece, ainda, mais destaque pelo facto de 5 habituais titulares terem ficado de fora.


Com as alas renovadas, André Silva pela esquerda, Fábio Massano pela direita e Amadu no centro, foi por aí que a equipa criou as situações de maior perigo. Foi o pequeno André Silva que, logo aos 7 minutos, aproveitou um erro da defesa da casa e rematou, rasteiro, a rasar o poste direito de Morbey. Pela esquerda do ataque, Amadu cruzou uma bola que foi cortada pela defesa setubalense, a bola foi ter com João Nuno que rematou de primeira para defesa, difícil, do guarda-redes a punhos, aos 17 minutos. O Barreirense carregava e aos 22 minutos, João Nuno tenta colocar em Amadu, Mendão antecipa-se e corta o lance mas quase faz auto-golo não fosse a estirada de Morbey para canto. O jogo prosseguia com sentido único mas uma invenção do árbitro da partida quase deitava tudo a perder: José Carlos, recolhe com as mãos uma bola vinda de um ressalto entre um defesa barreirense e um avançado setubalense e Fernando Quendera assinala livre indirecto na área. Após um primeiro remate, cortado por Valter, a bola sobrou para um jogador do Comércio e Indústria que a desviou para o poste direito de José Carlos. Foi uma excepção na tendência que o desafio levava.
Os alvi-rubros continuaram a circular muito bem a bola e no último quarto-de-hora da 1ªparte estiveram muito perto do golo por mais 3 vezes: aos 32 minutos, Vasco Campos rouba uma bola na defensiva contrária, combina com Amadu e, de pé esquerdo, o capitão remata para a defesa, mais uma, de Morbey. No minuto seguinte, o mesmo Vasco Campos cruza para a área, Amadu, com um toque, tira um adversário do caminho e remata às malhas laterais. Por fim, aos 41 minutos, novamente Vasco Campos na jogada, desta vez a flectir da esquerda para o meio e a rematar uma bomba para a defesa da tarde de Paulo Morbey.
 
Liberdade para os juniores
 
Como é hábito nos jogos da Taça, as equipas costumam fazer muitas substituições (podem ser feitas 5 no máximo sendo que só podem efectuar-se 3 na segunda parte) e este jogo não fugiu à regra. Foi o momento para Duka estrear os juniores Daniel Lourenço e Dieb e que jogão eles fizeram, já lá vamos.
Reentrou melhor a equipa da casa, nesta 2ªparte, aparecendo o avançado Carrilho em cena, ele que esteve em dia apagado sendo muito bem policiado pelos centrais, Valter e Gilberto. Mesmo assim, ainda foi a tempo de se libertar algumas vezes (poucas) e isso sucedeu aos 47 minutos após trabalho de Ricardo Oliveira pela direita, com o cruzamento a sair para a cabeça de Carrilho que, com perigo, atirou ao lado. Voltou a estar em jogo quando, aos 61 minutos, aproveitou um dos poucos erros defensivos dos alvi-rubros, para, em óptima posição, rematar fraco e ao lado. Para não variar, Carrilho ainda tentou a sua sorte, aos 70 minutos, num disparo á entrada da área que o agora guarda-redes Diogo susteve mas o minuto que decidiu a partida foi o 71 e contamos porquê: André Cansado tem um atraso de bola suicida para o seu guarda-redes, Manteigas intromete-se mas Diogo consegue fazer a mancha, na contra-resposta, João Nuno desmarca Amadu, pela direita, e o agora ala, faz o primeiro golo do jogo. Só passou um minuto e numa combinação vinda dos dois juniores a bola foi ter com Amadu que só tinha que encostar mas atrapalhou-se e falhou um golo feito.
A 12 minutos do final, Pedro Gomes agride Miguel Gomes nas barbas do árbitro auxiliar e é expulso.
Com mais um elemento e com um meio-campo renovado com Cláudio e David Martins, o Barreirense controlou a seu belo prazer trocando o esférico entre si e tentando explorar os espaços que o adversário dava. Faltava a cereja no topo do bolo e ela apareceu ao minuto 89: o júnior Dieb teve uma arrancada, ao seu estilo, desde o flanco esquerdo para o centro do terreno, passou por dois defesas, e, já na área, rematou em arco, rasteiro, fora do alcance do guarda-redes. Golaço. 
A arbitragem foi quase perfeita não fosse a situação que referimos atrás no lance do livre indirecto na área a favor dos setubalenses.
Não queríamos deixar de referir a amabilidade dos dirigentes do União Futebol Comércio e Indústria para com o colectivo do site do F.C.Barreirense, mostrando-se disponíveis para nos ajudar no que foi necessário. Sem dúvida um exemplo a seguir de alguém que sabe respeitar o nosso trabalho ao contrário de certos clubes do nosso distrito. Um bem haja.
 
Ficha do jogo:
 
Campo: Bela Vista, Setúbal
Piso: Relvado natural (pesado) 
Árbitro: Fernando Quendera
Árbitros auxiliares: David Salvador e Jorge Sinquenique
Tempo: Muito nublado e alguma chuva

Comércio e Indústria: Paulo Morbey; João Martins (Rui Faria aos 83´), Mendão (c), André Pinto e Madruga; Daniel Baião, Tiago Martins (João Santos ao int.) e Miguel Baião (Toninho ao int.); Ricardo Oliveira (Manteigas aos 63´), Pedro Gomes e Carrilho 
 
Não jogaram: Paulo Antunes, Pedro Santos e Baba
 
Treinador: Carlos Chabi
 
Cartões Amarelos: -   
Cartão Vermelho: Pedro Gomes (78´) directo
Golos: -
   
Barreirense: José Carlos (Diogo aos 59´); André Cansado, Valter ((c) a partir dos 69´), Gilberto e Miguel Gomes; Jorge Palma, João Nuno (Cláudio aos 71´) e Vasco Campos (c) (David Martins aos 69´); André Silva (Dieb ao int.), Fábio Massano (Daniel Lourenço ao int.) e Amadu 
 
Não jogou: Sampaio 

Treinador: Duka
 
Cartão Amarelo: Gilberto (60´) 
Golos: Amadu (71´) e Dieb (89´)

Ao intervalo: 0-0
No final: 0-2