5ª Jornada - 2ª fase, CNS, Manut. Série H, Barreirense - 0 x Pinhalnovense - 2

Imprimir

20150313_barreirense_pinhalnovenseDemasiados tiros nos próprios pés
 
O Barreirense perdeu, por 0:2, frente ao Pinhalnovense e perdeu a almofada de conforto, que de alguma forma ainda trazia antes do início desta jornada.
Há que dizer que a equipa entrou já a perder desde o início da partida, já que a forma como o encarou o adversário assim o fazia prever: uma equipa desgarrada, sem a solidariedade e agressividade necessárias em todos os jogos desta fase decisiva, e isso, acrescido ao empenho e qualidade da equipa contrária, traduziu-se numa superioridade dos forasteiros durante praticamente toda a 1ª parte.
Numa boa jogada pela esquerda, Bruno Grou colocou à prova Kaká, logo aos 7 minutos, num remate em arco segurado pelo guardião barreirense.
Numa jogada semelhante, aos 16 minutos, o Pinhalnovense tem uma chance ainda mais clara para inaugurar o marcador quando Neca remata de pé esquerdo à barra.

Era o pronúncio do que estava para acontecer ao minuto 19, já que uma cavalgada impressionante de Janício, pelo flanco direito, culminou com um cruzamento para o desvio de Rúben Fidalgo para defesa de Kaka, e na recarga o Pinhalnovense adiantava-se mesmo no marcador com o mesmo Rúben Fidalgo a encostar para o fundo da baliza.
Respondeu o Barreirense de imediato e pelo jogador mais infeliz do dia, Rúben Guerreiro, após um passe de mestre de Duane que isolou o 22 barreirense, mas o remate deste foi ao poste de Ricardo Andrade. Na recarga,  Amadeu chuta para o corte sobre o risco do defesa forasteiro e finalmente, David Pinto recargou, novamente, mas para as nuvens.
Sem conseguir assentar o jogo nem servir o ponta-de-lança Amadeu, foi o Pinhalnovense que controlou a partida da forma que me mais lhe convinha, embora tenha contado sempre com o "aconchego" da arbitragem de José Gorjão, que também deu um jeitinho importante para os forasteiros não se desestabilizarem, através de uma dualidade de critérios gritante no assinar das "faltinhas".
O melhor que a turma de Pedro Duarte conseguiu foi num enorme disparo de Rúben Guerreiro (44´) após grande jogada individual, que terminou... na barra da baliza forasteira. Foi o 4º remate aos ferros que Rúben Guerreiro teve nestes últimos dois jogos em casa... É obra.
Na saída para o intervalo, foi Ricardo Andrade que mostrou atenção num canto desviado ao 1º poste, momentos antes de Amadeu cometer mais uma infantilidade, deixando a sua equipa a jogar 50 minutos com 10 elementos, após empurrar ostensivamente um adversário.
A 2ª parte não teve muita história, já que por um lado o Pinhalnovense geria cada vez mais a posse de bola e o Barreirense tinha que se desmultiplicar no aspeto ofensivo através de uma tática de 4x2x3, já com Nelson Torres no lugar de David Pinto.
Mesmo assim e antes do golo forasteiro, que sucedeu já nos descontos, em termos de número de oportunidades de golo claras, elas dividiram-se em 2 para cada lado.
Um erro de Nelson Torres colocou Bruno Severino em posição de servir o seu avançado, mas Kaká esticou-se todo e segurou o cruzamento (51´).
Na resposta, livre em boa posição de Crisanto, e boa defesa de Ricardo Andrade.
O momento mais espetacular no jogo ocorreu aos 67 minutos após livre de Neca e cabeçada fulgurante de Bruno Severino, para uma defesa fantástica de Kaká.
Na resposta, Rúben Guerreiro (sem dúvida um dos melhores juntamente com Kaká) mostrou o seu forte pontapé com mais uma boa defesa do experiente Ricardo Andrade.
Aos 85 minutos, Carlos André (um jogador corretíssimo como sabemos), embrulha-se com um jogador forasteiro e o árbitro mostra-lhe vermelho direto. Esqueceu-se de fazer exatamente o mesmo a Lourenço (lembram-se dele no Sporting?) quando agarrou pelo pescoço o central barreirense e nem cartão amarelo levou.
Nos descontos e com o Barreirense a jogar com 8 elementos já que o jovem Lucas tentava junto do banco de suplentes suster o sangue que escorria do seu nariz após um "apertão" de um jogador pinhalnovense, iria surgir o segundo golo de Rúben Fidalgo que isolado só teve que atirar para o fundo da baliza.
Num jogo muito mal conseguido da nossa parte e que nem a falta de sorte nem o autoritarismo de José Gorjão explica tudo, temos que evitar que erros infantis dos nossos jogadores possam acontecer novamente... Hoje não fomos a equipa que temos sido.
 
Ficha do jogo:
 
Campo: Verderena
Piso: Relvado Sintético
Árbitro: José Gorjão (Setúbal)
Árbitros Auxiliares: Miguel Figueiredo e Miguel Jacob
Tempo: Tarde primaveril
  
Barreirense: Kaká; Carlos André ((c) a partir dos 70´), Nuno Afonso, Janita, Ricardo Bulhão, Crisanto, David Pinto, Duane, Bailão, Rúben Guerreiro e Amadeu
  
Suplentes: Pardana; Paulo Matos, Walnei, Tabaluxa, Hristo, Nelson Torres e Lucas (júnior)
 
Substituições: David Pinto por Nelson Torres (ao int.), Crisanto e Bailão por Hristo e Lucas, respetivamente (70´)
Cartões Amarelos: Duane (34´), Rúben Guerreiro (57´) e Nelson Torres (90´+5´)
Cartões Vermelhos: Amadeu (45´+2´ direto) e Carlos André (85´ direto)
 
Treinador: Pedro Duarte
Treinador-Adjunto: Paulo Filipe
 
Pinhalnovense: Ricardo Andrade; Janício, Alain Pilar (c), Jiajun Huang, Bruno Grou, Gonçalo Cruz, José Custódio, Neca, Bruno Severino, João Diogo e Rúben Fidalgo
  
Suplentes: André Marques; Zazá, Yao, Bernardo, Hugo Figueiras, Lourenço e Mateus Fonseca
 
Substituições: João Diogo por Zazá (58´), Bruno Severino por Hugo Figueiras (75´) e Neca por Lourenço (80´)
Cartões Amarelos: João Diogo (51´) e Hugo Figueiras (90´+5´)
Marcador: Rúben Fidalgo (19´ e 90´+1´)
 
Treinador: Eduardo Almeida