Arbitragem vergonhosa muda o rumo dos acontecimentos 
 
O Barreirense perdeu em Silves por duas bolas a uma, num jogo envolto em polémica e que provocou a indignação nas hostes alvi-rubras. Mas vamos começar do princípio. Em dia chuvoso, no bem tratado relvado do estádio Dr.Francisco Vieira, em Silves, o Barreirense fez regressar Vasco Campos ao onze e derivou André Silva para a esquerda da defensiva em deterimento de Semedo, tentando dar maior profundidade ao flanco.

Os primeiros minutos de jogo mostrou um Barreirense mandão, empurrando o adversário para o seu meio campo e provocando calafrios no último reduto algarvio. Aos 15 minutos, os alvi-rubros dispõem de um livre á entrada da área. João Filipe encarregou-se da sua marcação e acabaría por fazer o primeiro golo da partida ele que assim fez o seu segundo golo no campeonato, após a obra de arte na jornada passada.
 
A superioridade era inequivoca, já que da parte do adversário não demonstrava capacidade para chegar com perigo às redes de Valter, que recuperou de um problema num dedo e foi titular, e estava a ter uma tarde calma e sem problemas pelo menos até ao minuto 35 quando num lance junto ao banco barreirense, João Filipe disputou a bola com David Moutinho que sofre falta do algarvio e ao tentar libertar-se da marcação do defesa este simula uma agressão. Vendo o jogador da casa a "berrar" de dor e rebolando-se no relvado, o árbitro de Lisboa, Luis Maria mostra o vermelho directo a João Filipe o que provocou a indignação do banco barreirense.
 
A jogar com 10 e ainda abalados com a sitação gerada, o Silves promove um dos poucos ataques ás redes contrárias, aos 40 minutos. A bola vai ter com Marco Mateus que saí de posição muito duvidosa e faz o empate.
 
Com um empate no marcador chegou-se o intervalo, mas a superioridade númerica relativamente ao jogadores em campo fazia prever um 2ºtempo mais complicado para as hostes barreirenses algo que não sucedeu até que porque foram os homens Valter Costa que voltaram a pegar no jogo e dispuseram de duas boas situações para chegar á vantagem no marcador nos primeiros minutos desta 2ªparte.
 
Para complicar a situação Rolo sai lesionado aos 61 minutos e de repente o jogo repartiu-se, atravessou um período calmo, sem grandes oportunidades para ambos os lados, até que entrou novamente em campo, no último quarto-de-hora, o árbitro lisboeta.
 
Aos 70 minutos de jogo, num lance de bola parada, a bola vai ter com Rui Guerreiro que desvia para o golo com a mão??. A única de dúvida que temos é se foi com a mão de deus (Maradona), a mão de Vata ou mesmo, mais recentemente, a mão de Ronny, mas como no plantel do Silves não há ninguém com estes nomes, a dúvida permanecerá.
 
A perder e a jogar com menos um jogador e menos uma mão que o adversário, o Barreirense lançou-se no desespero e aí os algarvios podiam ter ampliado o marcador a seu favor mas desta vez faltou o último toque da equipa de arbitragem, quero dizer, dos ataques algarvios...
 
A última nota do jogo vai para o jogador Nelson Moutinho que passou o desafio a provocar muita gente e, claro está, para o artista do dia que deve ter regressado a Lisboa com mais um peso no carro: o de consciência.
 
Ficha do jogo:
 
Estádio: Dr.Francisco Vieira, em Silves
Árbitro: Luis Maria (Lisboa)
 
Silves: Bruno Lúcio; David Moutinho, Rui Guerreiro, Calú e João Teodoro (Nelson Carmo aos 80´); Nelson Peres, Tiago Freitas (Salvador aos 76´), Nelson Moutinho, Marco Mateus (Rui Gordinho aos 85´) e David Rosa; Oliveira
 
Amarelos: Rui Guerreiro (65´), Nelson Moutinho (82´) e Bruno Lúcio (90+1´)
Golos: Marco Mateus (40´) e Rui Guerreiro (70´)
 
Barreirense: Valter, Rolo (Fábio Meireles aos 61´), Mário, Gilson e André Dias; Vasco, Carioca, João Filipe, João Batista, Lula (Pedro Saianda aos 71´) e Brito (Filipe Muendo aos 73´)
 
Amarelos: Carioca (41´), Rolo (57´), João Batista (61´), Lula (68´), André Silva (70´), Diogo (71´) e Valter (71´); Vermelho directo: João Filipe (35´)
Golo: João Filipe (15´)
 
Não utilizados: Diogo, Bandeira e Miguel