Campo "enlameirado"
Pois é
meus amigos, não sabemos se a palavra acima descrita existe,
mas é o que melhor descreve o jogo que o Barreirense realizou
e perdeu nas Ferreiras. O campo não estava enlameado, até
porque estava um óptimo dia para a prática da modalidade, mas
sim "enlameirado", tudo porque pelo 2º jogo consecutivo fora de
casa, os alvi-rubros viram-se perante uma arbitragem de bradar aos
céus e que provocou a gargalhada geral na assistência.
Vamos
por partes. O Barreirense, apresentando o mesmo onze da semana
passada, com Casa Grande a trinco e André Silva adaptado a
defesa-esquerdo, entrou melhor no desafio fruto de um melhor toque de
bola e de uma segurança no passe, o que fez com que as
primeiras situações de perigo rondassem a baliza à
guarda de Nélson Cruz.
O Ferreiras limitava-se a
assistir, não procurava o golo como deveria, até porque
precisa de pontos para subir na tabela, e quem aproveitou foram os
homens de Valter Costa que ao minuto 32 se adiantaram no marcador.
Brito fez uma excelente jogada na esquerda do ataque e serviu Lula na
área que, com classe, tirou o guarda-redes do caminho e fez o
0-1. Era o corolário lógico da superioridade
barreirense.
Mas um pouco à semelhança do que
havia acontecido em Silves, após o Barreirense estar a vencer,
eis que entra em campo o protagonista do dia, o homem do jogo,
digamos assim: o árbitro Luis Lameira. A 5 minutos do
intervalo, um lançamento de linha lateral colocou a bola num
avançado algarvio que vendo Carioca nas suas costas, recuou, e
ao sentir o contacto desequilibra-se e cai. O árbitro
da partida assinala grande penalidade para surpresa de todos
inclusive dos adeptos do Ferreiras. O brasileiro Silvano, chamado à
marcação, empatou. Com dois minutos de
compensação, André Silva derruba um adversário, à entrada da área, e mesmo com a dúvida se era
dentro, ou fora da mesma, o árbitro de Beja não hesitou
e marcou o 2ºpenalty para os da casa. Desta vez, Valter foi mais
feliz e defendeu o remate colocado para a sua direita.
Com o
intervalo, o marcador acusava um milagroso empate a 1 que rapidamente
se desfez no início do 2ºtempo com o 2-1 para os
algarvios que haviam conseguido entrar melhor em campo até
porque os jogadores barreirenses já tinham medo de se aproximar
dos adversários. Aos 51 minutos, Marcos aproveitou uma falha
defensiva barreirense e na pequena área fez o golo.
Com
tanto nervosismo em cima e revolta acumulada dentro de si, o
Barreirense foi buscar forças ao fundo do poço, trocou
Casa Grande por Pedro Saianda e foi após uma excelente
cruzamento da direita do avançado alvi-rubro, que Brito, de
cabeça, aproveita para restabelecer a igualdade no
marcador, aos 67 minutos.
No minuto seguinte, o mesmo Brito
tem um óptima ocasião para chegar ao 3-2 quando,
isolado, permite a defesa do guarda-redes Nélson Cruz.
O
jogo demonstrava que podia ser decidido por qualquer uma das equipas,
tanto a do Barreirense como a da arbitragem... quero dizer, a do
Ferreiras. E assim foi. Minuto 79, Mário salta com um jogador
do Ferreiras, este cai, o árbitro auxiliar levanta
a bandeirola e o sr.árbitro, aponta para a marca de
grande penalidade pela 3ªvez contra o Barreirense. Foi
irreal, o que se assistiu neste jogo. Sem ter culpa no cartório,
Jonas apontou o 3-2 e deu a vitória à sua equipa.
Por
fim, ainda o médico do clube, dr. José Franco, foi
expulso no final do jogo, numa arbitragem incrível e que nada
dignificou o espectáculo e os espectadores presentes.
Ficha
do jogo:
Estádio: da
Nora, nas Ferreiras
Árbitro: Luis Lameira
(Beja)
Ferreiras: Nélson Cruz;
Miguel Raposo, Pedro Colaço, Diogo Afonso e Jonas;
Alberto Djau (Hernâni Conceição aos 33´),
Flávio Lança, Marcos Gomes (Bentinho aos 90´+2´)
e Silvano Sousa; João Bonifácio e Marco Benje
(Flávio Silva aos 76´)
Amarelos: Hernâni
Conceição (88´) e Nelson Cruz (90´+3´)
Golos:
Silvano (40´de g.p.), Marcos (51´) e Jonas (79´de
g.p.)
Treinador: João Clara
Barreirense:
Valter, Rolo, Mário, Gilson e André Silva; Casa Grande
(Pedro Saianda aos 53´), Vasco, Carioca e João Batista;
Lula (Filipe Muendo aos 72´) e Brito
Amarelos:
Mário (80´) e Carioca (89´)
Golos: Lula
(32´) e Brito (67´)
Não
utilizados: Diogo, Bandeira, André Dias, Fábio Meireles
e Guerra
Treinador: Valter Costa
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