Nem sempre a melhor equipa em campo vence
Na despedida da 1ª fase do campeonato, o Barreirense deslocou-se a Quarteira para defrontar uma equipa necessitada de pontos como de pão para a boca.
Na equipa de Duka, o regresso ao onze de Mauro no lugar de Célio foi a única alteração relativamente ao jogo anterior regressando Sandro ao centro do terreno.
O muito vento que se fez sentir não impediu que o Barreirense conseguisse, à medida que o tempo ia passando, mostrar mais e melhores argumentos que só não foram materializados no marcador, ora por infelicidade dos seus atacantes, ora pela boa exibição do guarda-redes Miguel. Brito, logo aos 9 minutos, foi o expoente máximo do que acabámos de dizer quando, após uma jogada rápida de contra-ataque, apareceu completamente isolado na cara de Miguel mas o remate acabou por sair muito perto do poste esquerdo da baliza algarvia.
Mesmo actuando contra o vento, os alvi-rubros, conseguiam fazer circulação de bola e um jogo apoiado que baralhou a equipa algarvia que não conseguia estender-se no mau relvado do Municipal de Quarteira.
Júlio e Brito eram duas setas apontadas à baliza contrária, tendo Júlio tido outra boa situação para marcar mas o avançado quando se preparava para rematar pareceu impedido na grande área, num lance que foi analisado como simulação do árbitro da partida acabando por admoestar Júlio.
Os remates e cantos sucediam-se mas começou-se a sentir no ar que este podia ser um daqueles jogos que por muito que se tentasse, dificilmente se conseguiria lá chegar (ao golo entenda-se) e mais preocupado ficou Duka quando no último minuto de descontos deste 1º tempo e na primeira vez que os algarvios conseguiram furar a defesa alvi-rubra, chegaram mesmo ao golo. O acabadinho de entrar, Moki que havia substituído o lesionado Pedro Lourenço, na primeira vez que tocou na bola, desmarcou o capitão da equipa Carlos Mota que à entrada da área rematou forte sem hipóteses de defesa para Valter.
Entrou bem, novamente, o Barreirense, na 2ª parte, e Rolo teve nos pés o golo do empate mas nem a recarga encontrou o fundo da baliza do Quarteirense que através de muito sacrifício e luta conseguiu dividir mais o jogo a partir de determinado momento.
Estava escrito que hoje não era dia do Barreirense. Depois de sofrer um golo no último segundo da 1ª parte, o Quarteirense chegaria, mesmo ao 2ºgolo e num lance onde a infelicidade do guarda-redes Valter acabou por deitar por terra uma possível recuperação no marcador. O lance decorreu aos 67 minutos quando Vila, de muito longe, a cerca de 30/35 metros da baliza, fez um remate em balão apanhando Valter a meio caminho e traído, também, pelo forte vento, o nº1 barreirense não conseguiu desviar a bola sobre a barra, acabando sim, por desviar o esférico para a sua baliza. Ele que tantas vezes já salvou o Barreirense esta época, também pode ter os seus momentos menos bons.
Entrou mais gente para o ataque no Barreirense, mas o Quarteirense acabou por fechar a 7 chaves todos os caminhos da sua baliza excepção feita a cerca de 10 minutos do final quando o guarda-redes Miguel fez a defesa da tarde num remate à queima de João Filipe.
A cabeça já não funcionava e os últimos minutos recorreu-se ao futebol directo que em nada deu.
No final um triunfo algarvio que se poderá aceitar pela eficácia demonstrada pelo Quarteirense, mas de uma coisa temos a certeza: a jogar como jogámos frente a este Quarteirense, não iremos perder mais nenhum jogo frente a esta equipa que consegui-nos vencer duas vezes esta época marcando 5 golos e não sofrendo nenhum.
Alguma vez teremos que ser nós os vencedores e pode ser que seja já no próximo dia 5 Abril, dia em que iremos "recebê-los" na 1ª jornada da 2ª fase.
Boa arbitragem de David Spínola, de Lisboa.
Ficha do jogo:
Estádio: Municipal de Quarteira
Tempo: Muito vento
Terreno de jogo: Relva muito alta
Árbitro: David Spínola (Lisboa)
Quarteirense - Miguel; Vila, Fábio Marques, Trindade, Casolo, Madeira, Carlos Mota, Pedro Lança (Moki 44´), Marquito, Huguinho (Fabinho 63´) e Edy Cunha (Fábio Bota 83´)
Não jogaram - Tiago, Lourenço, Fabinho e Marcel
Treinador - José Veríssimo
Delegado - Manuel Nobre
Marcadores - Carlos Mota (45´+2´) e Vila (67´)
Amarelos - Carlos Mota (34´) e Vila (81´)
Barreirense alinhou com: Valter; Rolo (c), Mauro, Mário e Cansado; Sampaio, João Filipe e Sandro (Célio aos 75´); André Silva (Patrick aos 70´), Júlio (Miguel aos 80´)e Brito
Não jogaram: Diogo, Fabinho, Filipe Muendo e Diogo Almeida
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Carlos Fernandes
Amarelo - Mário (85´)
Ao intervalo: 1-0
Final: 2-0
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