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Quando não se "pode" ganhar... empata-se

 
Num campo de reduzidas dimensões, o  muito vento e a chuva não ajudaram, em nada, a qualidade do desafio pelo que o resultado final acabou por ser o mais lógico.
Apostando no mesmo onze que desbaratou a outra equipa de Almada à uma semana, Duka pensou que a jogar a favor do vento, na 1ªparte, seria uma vantagem. Puro engano. Num desafio onde os espaços escassearam, valeu a entrega e luta, sempre leal, diga-se de passagem, de ambos os conjuntos, a suplantar a qualidade técnica, que sabemos, pelo menos a equipa do Barreirense tem.

Resumem-se a dois lances, os primeiros 45 minutos de jogo, e curiosamente para a equipa da casa: aos 28 minutos, Bacar foi feliz num ressalto de bola à entrada da área e só com Diogo pela frente rematou para a defesa do 22 alvi-rubro. A três minutos do intervalo, canto da direita e desvio, ao 2ºposte, de Penetra, contra...o poste direito de Diogo. Nesta primeira parte os alivi-rubros foram uma sombra do que os vimos fazer na semana passada onde nunca conseguiram assentar o seu jogo de pé para pé. Fazer circulação de bola num campo destas características também não é fácil mas não justifica tudo.
 
Mais rapidez mas com efeitos práticos nulos
 
A segunda parte começou com os mesmo onzes de cada lado mas com Duka a apertar as orelhas aos seus jogadores. A maior rapidez no ataque permitiu, logo aos 48 minutos, a melhor chance de golo dos alvi-rubros com cruzamento da esquerda para o desvio do pequeno Cláudio, de cabeça, ao poste, depois de rechaçado pelo guarda-redes Frade.
No minuto seguinte, respondeu os da casa com um livre que saiu pouco por cima da barra. Demorou mais cinco minutos até Júlio receber um passe de Cláudio, passar pelo guarda-redes Frade mas, de ângulo difícil, só conseguiu colocar num defesa da casa que despachou para longe.

Demoraram os técnicos a mexer nos conjuntos que só aconteceu a partir dos 70 minutos de jogo, como que dizendo que era maior o medo de perder do que a vontade em ganhar. Após dois lances de algum perigo do Beira Mar Almada tentando explorar o poder físico do seu ponta-de-lança, que diga-se foi muito bem anulado pelos centrais barreirenses que estiveram impecáveis, Duka apostou em dois pontas-de-lança com a entrada de Saldo para o lado de Júlio. Com Varela na extrema direita, estava aberta a frente de ataque alvi-rubra. Não foi feliz o técnico barreirense que viu apenas por mais uma vez a hipótese de sair de Cacilhas com os 3 pontos. Foi ao minuto 78 quando Júlio foi derrubado na meia-lua. David Martins tentou repetir a gracinha do último jogo mas o remate, em arco, levou Frade a fazer a defesa da tarde.

Algumas bolas bombeadas para a área barreirense na parte final do desafio mas com o acerto defensivo o Beira Mar também não teve a capacidade criativa para chegar ao golo.
Última palavra para a equipa de arbitragem: simplesmente impecável. Foi das melhores arbitragens que vimos no distrital e não só. Muitos parabéns e que continuem assim.
 
Ficha do jogo:
 
Campo: De Jogos Do Beira Mar Atlético Clube de Almada, em Cacilhas
Piso: Sintético 
Árbitro: Fernando Quendera
Árbitros auxiliares: David Salvador e Jorge Sinquenique
Tempo: Muito vento e períodos de muita chuva na 2ªparte

Beira Mar Almada: Frade; Paulinho, Augusto (cm), Rui Santos (Ricardo aos 70´), Tiago Silva (Rosa aos 81´), Bacar, Paulo Vaz (Pipo aos 87´), Penetra, Rúben, Bruno e Paulo 
 
Não jogaram: Nobre, Duarte, Carlos Fernandes e Milho
 
Treinador: ?
Treinador-Adjunto: ?
 
Cartões Amarelos: Paulinho (31´), Tiago Silva (56´), Rúben (90´+3´) e Penetra (90´+4´)   
Golos: -
   
Barreirense: Diogo ; Wilson , Valter , Rúben Marques  e André Cansado ;  David Martins , João Nuno (Valdo  aos 76´) e Cláudio; Vasco Campos (cm), Amadeu (Varela aos 76´) e Júlio
 
Não jogaram: Carlos Soares , Jorge Palma, Tatão, Pedro Pereira e Rossano

Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
 
Cartões Amarelos: Rúben Marques (45´+3´), Vasco Campos (54´), Cláudio (84´) e Júlio (90´+3´) 
Golos: -

Ao intervalo: 0-0
No final: 0-0

Duka (Treinador do F.C.Barreirense):
 
"Jogo completamente diferente do anterior onde tivemos que nos adaptar a um campo pequeno e onde não deu para praticar o futebol que normalmente praticamos. Por via disso mesmo tivemos muita dificuldade em impor o nosso futebol. O ano passado perdemos 5/6 jogos nos últimos minutos por querermos arriscar e fomos penalizados por isso. Há jogos que quando não se pode ganhar também não o devemos perder como foi o caso de hoje. Acabámos até por ter alguma sorte em 2 ou 3 lances onde o Beira Mar podia ter marcado mas acabámos por conquistar um ponto num jogo difícil pelas características do campo. Domingo temos um jogo diferente, num campo grande onde aí sim podemos colocar em campo as nossas capacidades."