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A solução estava no banco...
 
Este jogo em Paio Pires foi um bom teste para o que falta do campeonato, nomeadamente nos desafios fora de casa. De facto, esta vitória por 2-0 foi o reflexo de um grupo muito unido e com grande espírito de sacrifício que superou as várias etapas que o jogo teve, e assim conseguiu ultrapassar um adversário que estava com vontade de emendar a goleada sofrida na 1ªvolta, no Barreiro.

Atravessando um período onde as lesões continuam a diminuir as opções do técnico, nomeadamente no sector atacante, Duka optou por um onze inédito, com mudanças nos três sectores da equipa. Como alternativas no banco de suplentes haviam 3 juniores e os restantes 4 seniores disponíveis, onde o jogador mais "ofensivo" no que diz respeito só aos jogadores seniores era...o médio-defensivo Cláudio, que por sinal, até haveria de fazer de ponta-de-lança e decidir o jogo.
Foi uma 1ª parte equilibrada onde faltaram os motivos de interesse, o mesmo é dizer que faltaram os lances de perigo junto das duas balizas. Se quisermos arranjar oportunidades de possível golo, o mais perto que se arranja é um lance para cada lado, nomeadamente um canto quase directo, que José Carlos teve alguma dificuldade em sacudir, logo nos minutos iniciais, e um desvio de Sérgio Canas, qual ponta-de-lança, ao lado, após cruzamento de Yoruba, que apenas assustou o guarda-redes do Paio Pires.
Foi muito pouco duas equipas que pretendiam conquistar os 3 pontos em disputa.
 
Tomahawk de Marcelino foi hino ao futebol
 
A 2ª parte teria que ser diferente, e foi mesmo, mais movimentada e interessante. Vieram os golos, as expulsões e algumas picardias, em especial no final da partida.
Foi a altura do Barreirense mostrar finalmente que estava ali para levar os 3 pontos. Com uma postura muito mais determinada, os alvi-rubros estiveram à beira do golo logo aos 51 minutos, num canto de Nuno Dias que quase fez o esférico entrar directamente na baliza.
Se o Paio Pires ainda ameaçou num livre que José Carlos desviou para canto, cinco minutos depois, foram os alvi-rubros que estiveram muito perto de abrir o marcador num cruzamento de Yoruba que Sérgio Canas não foi capaz de desviar na cara do guarda-redes. O mesmo Yoruba esteve novamente em destaque no minuto seguinte, ao escapar-se pela direita e cruzar para o desvio de David Martins, já na pequena área, para defesa muito difícil do guarda-redes do Paio Pires, para canto.
Era o pronúncio para o que haveria de suceder ao minuto 69, o minuto do Tomahawk...de João Marcelino: o defesa-esquerdo, que havia entrado para o lugar de João Racha, foi a chave que abriu a porta da vitória num livre frontal, que deixou pregado ao chão o guarda-redes da equipa da casa, e a ver a bola anichar-se nas suas redes. Grande golo.
Depois veio o protagonista do costume, que o diga o Treinador-Adjunto João Renato, que voltou a ser expulso do banco pelo sr. árbitro Nuno Campos, situação que já havia sucedido em Grândola com os mesmos protagonistas. Só que desta vez foi a dobrar, e Duka também não ficou para assistir ao final da partida e também teve ordem de expulsão.
Como havíamos referido anteriormente, a equipa teve a capacidade para reagir a todas as incidências do desafio e no último minuto dos descontos, Bailão escapou-se pela direita e colocou em Nuno Dias que, de calcanhar, serviu a entrada de Cláudio para fazer o segundo golo e "acabar" com o jogo.
O desafio acabou de imediato e foi o momento para três adeptos do Paio Pires "invadirem" o sector reservado aos adeptos barreirenses e lançarem a confusão. Seria motivo mais do que suficiente, para as forças policiais separarem as águas, mas de facto, não foi nada disso que sucedeu e ninguém fez nada para serenar os ânimos. Felizmente que a coisa acalmou sem consequências de maior. 
 
Ficha do jogo:
 
Campo: Vale D´Abelha, na Aldeia de Paio Pires
Piso: Sintético
Árbitro: Nuno Campos
Árbitros Auxiliares: Ilídio Pereira e Pedro Gamito 
Tempo: Sol com algumas nuvens

O Site www.fcbarreirense.com pediu junto de um responsável/colaborador do Paio Pires a constituição da sua equipa para esta partida mas o mesmo não nos facultou a identidade dos jogadores e técnicos pelo que apenas deixamos a indicação dos números das camisolas:  

Paio Pires: 1 (c); 3, 6, 7, 9, 11, 13, 16, 17, 20 e 21
 
Suplentes: ?
 
Cartões Amarelos: 1 (14´), 11 (42´), 17 (50´), 3 (68´) e 6 (71´e 90´+3´)
Cartão Vermelho: 6 (90´+3´) 
Substituições: 7 por 8 (70´)   
Golos: - 
 
Treinador: ?
Treinadores-Adjuntos: ?  

Barreirense: José Carlos; Miguel Gomes, Valter, Bruno Costa, Bailão, David Martins (c), Sérgio Canas, Nelson Costa, João Racha, Nuno Dias e Yoruba 
 
Suplentes: Carlos Soares; André Cansado, Marcelino, Cláudio, Fábio Fragoso (júnior), Luis Leite (júnior) e Henrique Moreira (júnior) 
 
Cartões Amarelos: Sérgio Canas (24´), Nuno Dias (36´), Miguel Gomes (76´), Carlos Soares (77´no banco de suplentes), Bailão (86´), Valter (87´) e André Cansado (90´+4´)
Expulsos do banco: João Renato (treinador-adjunto) e Duka (treinador) (77´)
Substituições: Nelson Costa e João Racha substituídos por Cláudio e Marcelino, respectivamente (58´) e Yoruba por André Cansado (85´) 
Golos: Marcelino (69´) e Cláudio (90´+6´)  

Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: João Renato