Expulsão abre o caminho marítimo para a vitória
Vitória importantíssima conseguida este domingo na Madeira perante o Marítimo B por 2-1 que serviu, por um lado, para afastar a malapata dos jogos na ilha insular, e por outro, aproveitar o deslize do comandante, União da Madeira que perdeu em Moscavide, para se aproximar da liderança, agora a tão somente dois pontos.
Após três derrotas consecutivas fora de portas, o Barreirense entrou para este jogo determinado a não se atrasar mais em relação aos primeiros lugares, e ao longo do encontro demonstrou que os seus níveis de confiança estão a aumentar.
O desafio foi equilibrado durante os primeiros 45 minutos, com os visitantes, mais experientes, a conseguirem ter o controlo do desafio, através de um futebol feito de passes junto ao relvado, nunca bombeando bolas para a área, isto apesar do relvado algo escorregadio devido á chuva. Apesar deste domínio, o Barreirense apenas conseguiu chegar com grande perigo á baliza de Bruno Freitas á passagem do minuto 33 quando Pedro Duarte atirou á barra.
No entanto, a equipa da casa também não quis ficar atrás e 5 minutos depois, num lance do lado direito criado por Mário Teixeira que cruzou para a área, com Zumbi a atirar também á barra, podia ter chegado ao golo. Golo esse que chegou aos 43 minutos por intermédio do mesmo Zumbi, após cruzamento de Luis Olim.
Ao intervalo, o resultado era demasiado penalizador para os homens do Barreiro, que não mereciam sair para o intervalo em desvantagem.
Na 2ªparte, no entanto, o Marítimo B podia ter resolvido o jogo num lance em que Joel Santos tentou o chapéu a Paulo Silva mas que saiu um tudo nado por cima da barra.
Aos 71 minutos, uma infantilidade de Pita, que com uma entrada por trás a Saavedra, colocou o Marítimo B a jogar com 10 homens, com um vermelho directo, numa decisão que pareceu demasiado severa, mas que segundo as leis da FIFA, entradas por trás dão direito a cartão vermelho, como tal a decisão do árbitro Cosme Machado é correctíssima.
A partir daí, veio o assalto final á muralha defensiva do Marítimo B, e coroando essa supremacia, surgiu o golo do empate aos 82 minutos, num erro de Evaldo. Saavedra conseguiu roubar-lhe o esférico, rematou cruzado tendo Bruno Freitas ainda tocado na bola mas insuficiente para evitar a igualdade.
Dois minutos depois, Angel marca o segundo golo, após a marcação de um canto, dando assim a justa vitória ao Barreirense.
O Marítimo pagou a factura da sua inexperiência e apesar de reforçada com alguns jogadores que já jogaram na equipa principal, a derrota deve-se em grande parte a erros seus.
Arbitragem algo irregular, mas no lance mais polémico, o da expulsão de Pita, pareceu acertada a sua decisão.
Nas cabines:
João
Luis (treinador do Marítimo B):
"O Barreirense teve o domínio do jogo e nós acusámos a inexperiência dos nossos jogadores.
A expulsão do Pita condicionou de certa forma o jogo mas não comento o lance."
Daúto Faquirá (treinador do Barreirense):
"Temos tido grandes dificuldades nos jogos na ilha da Madeira, mas hoje penso que foi um triunfo justo.
Tivemos mais situações de golo e jogámos melhor que o nosso opositor.
O golo do Marítimo B foi injusto, e nós até tivemos uma situação na
área adversária em que o Emanuel faz penalty.
No entanto, eles podiam ter feito o 2-0 num lance de contra-ataque pelo Joel Santos.
Depois da expulsão, foi mais fácil."
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