O respeitinho é muito bonito...
O Barreirense deu "um tiro no próprio pé" nesta deslocação a Sines, perdendo por 3-1 e baixando ao 6ºposto a 5 pontos do líder.
Quando uma equipa demonstra falta de respeito pelo adversário, pensando que irá conquistar uma vitória fácil, dá-se mal, e isso ficou bem patente neste jogo, permitindo na primeira meia hora que o Vasco da Gama consegui-se uma vantagem, que depois se torna muito complicado dar a volta ao jogo, até porque a equipa do Vasco da Gama, após marcar o primeiro golo, "estacionou o autocarro" em frente á sua baliza.
Mas vamos por partes. Após desperdiçar a primeira chance de golo logo no inicio do jogo, na marcação de um pontapé de canto em que Marco atirou para boa defesa e na recarga nova defesa de José Manuel, o Barreirense sofreu o 1ºgolo num lance de bola parada pouco antes do primeiro quarto de hora. Livre do lado direito, Carlos Neves cruza para a área e apareceu Pedro Alves de cabeça a desviar para o fundo da baliza, sem hipóteses para Paulo Silva.
Se o jogo foi equilibrado até aí, a partir do golo o Barreirense tentou acordar da letargia com que enfrentou este jogo e teve perto de empatar aos 38 minutos, quando Carlos Fio tirou sobre a linha de golo um remate de um jogador barreirense.
Do lado vascaíno, destacaram-se os rápidos João Nabor e Pedro Alves, que em diagonais tentavam surpreender a defesa barreirense.
Na segunda parte, os locais chegaram ao golo aos 30 segundos???, num rápido contra-ataque protagonizado pelo já referido João Nabor, que serviu Pedro Alves que por sua vez deu para a entrada de José Luis que rematou forte para o 2-0.
A esperança dos homens do Barreiro veio no minuto seguinte com Milton, a passe de Varela, a reduzir a desvantagem, tendo praticamente toda a 2ªparte para pelo menos chegar á igualdade.
E neste período, o Barreirense, pressionou muito, empurrou o adversário para a sua área, só que não conseguiu marcar. Varela aos 55 minutos chutou forte mas José Manuel defendeu com os pés, Marco atirou á barra aos 62 minutos e Milton a 4 minutos do fim viu o guarda-redes do Vasco da Gama fazer a defesa da tarde.
Em contra-ataque, o Vasco matou o jogo através de Márcio, que a dois minutos dos noventa, e num remate em arco de pé esquerdo fez o resultado final.
Em suma, o Barreirense volta a perder um jogo á semelhança do que sucedeu na Camacha, dentro do mesmo género, ou seja domina mas não marca, mas o que fica mais na retina dos adeptos barreirenses é que, o Vasco da Gama marcou mais golos neste jogo do que em 12 jogos realizados até aqui. Algo não vai bem na nossa equipa...
O árbitro, André Gralha, fez uma arbitragem razoável, mas depois daquele Oriental - Barreirense, para a taça, estávamos algo receosos...mas não foi pelo árbitro que perdemos.
Nas cabines:
Francisco Fernandes (treinador do Vasco da Gama - fez o último jogo pelo clube e vai para o Desp.Beja):
"Vitória inteiramente justa, num jogo em que fomos eficazes.
Penso que esta equipa merece o máximo respeito, os jogadores têm uma
dignidade incrível, apesar das dificuldades que o clube atravessa.
Muitos deles vão trabalhar amanhã ás 8 horas para depois á noite virem
treinar, ás vezes só temos 10,11 jogadores disponíveis para treinar.
Penso que com esta vitória, o Vasco da Gama, vai afastar aquela fase em
que nada nos saía bem.
A nossa equipa é jovem, imatura e inexperiente mas hoje demonstraram que sabem jogar.
O resultado mais certo era o 4-2.
Quero agradecer aos sócios todo o apoio que me deram mas eles sabem porque é que eu saio."
Daúto Faquirá (treinador do Barreirense):
"Não é a primeira vez que nos lamentamos de o resultado ser justo ou
injusto, mas o certo é que dominamos quase sempre e depois a equipa
adversária é que marca. Tivemos 35 minutos muito maus, e durante esse
período não respeitámos o Vasco da Gama.
No início da segunda parte cometemos um erro de campeonato distrital e desperdiçámos depois 3, 4 ocasiões.
Já reparei que a equipa não tem estofo para ir além do 5º ou 6ºlugar,
porque se quisessem lutar pelo subida, eles sabiam que era preciso
ganhar ao último classificado fora ou ganhar ao primeiro em casa e eu
espero que eles percebam isso, pois ainda vão a tempo. Estou muito
triste com os jogadores, pois se tivéssemos entrado no jogo como o
fizemos na 2ªparte podíamos ter saído daqui com uma vitória por 3 ou 4
golos.
Fomos castigados pela nossa postura em campo."
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