Faltou um bocadinho assim...
O Barreirense teve uma grande oportunidade de fugir, quiçá definitivamente, ao seu mais directo perseguidor, o Pinhalnovense, que perdeu em Pina Manique por 2-0, depois do empate caseiro a zero frente ao Marítimo B, mas que permitiu ainda assim aumentar a vantagem para dois pontos.
Depois de um bom começo de jogo, bastante solto, circulando bem a bola, o Barreirense tudo fez para não repetir o resultado e a exibição do último jogo em casa frente ao Vasco Gama. Mas a verdade é que o que se temia voltou a acontecer, ou seja, quando apanha adversários fechados no seu meio-campo as dificuldades são mais que muitas, ainda para mais sem os dois melhores marcadores da equipa, Pedro Duarte e Milton.
Sabendo-se disso mesmo, o Marítimo B, organizou-se muito bem no seu sector defensivo, tendo os seus altos centrais demonstrado um grande sentido de entreajuda, nunca permitindo muitos espaços aos avançados barreirenses.
Mesmo assim à passagem dos 10 minutos, surgiu uma boa situação para o Barreirense, num lance em que Paulo Vieira ganha espaço à entrada da área e remata para a defesa para a frente de Bruno, sobrando a bola para o pior pé de Moreno, o esquerdo, que rematou fraco e à figura do guarda-redes madeirense.
Depois deste bom começo, as dificuldades começaram a aumentar, e apesar de defensivamente não ter tido grande trabalho, até porque o Marítimo jogou sem ponta-de-lança, o Barreirense começou a perder a clarividência no ataque tendo apenas Moreno destoado dos seus companheiros, até pela velocidade que imprimia ao seu futebol.
Aos 33 minutos, boa jogada no flanco direito do ataque alvi-rubro, com Vitinha a servir Saavedra com este a ir à linha de fundo para cruzar, Bruno defende para a frente e Moreira não consegue desviar para o golo.
Em cima do intervalo, o Marítimo teve a sua grande oportunidade. Pedro Nunes comete falta à entrada da sua área, e na respectiva marcação, Pita, atira à barra, com Paulo Silva batido.
No reatamento, o Barreirense teve na cabeça de Pedro Nunes, uma boa situação, num livre muito bem apontado por Marco, mas a bola saiu por cima e pouco depois começou a guerra das substituições com Daúto Faquirá a tentar encontrar no banco de suplentes, o ferrolho para abrir aquela povoadíssima defesa madeirense. Tirou o ponta-de-lança Varela e colocou Marco Bicho, deslocando Moreira mais para o centro do ataque e dez minutos depois colocou, em campo, a velocidade de Carlitos, estando na origem da grande oportunidade desta 2ªparte, após um cruzamento seu, a bola foi dominada por Moreno que assistiu para o remate de Saavedra com a bola a tirar tinta ao poste esquerdo de Bruno, que tapado pela muralha de pernas, não viu a bola partir.
Da parte do Marítimo B, o seu técnico, João Luís, tentou refrescar o seu ataque com a entrada de Tiquinho e de Dudu enquanto que pela parte do Barreirense, Daúto Faquirá, surpreendeu toda a gente ao colocar Mauro, um médio-defensivo, a ponta-de-lança, tentando aproveitar a sua capacidade física, embora sem resultados práticos.
Já nos descontos, a emoção subiu de tom com um lance para cada lado. Primeiro foi Niquinho que tentou surpreender Paulo Silva, mas este, apesar de ter deixado a bola bater à sua frente, conseguiu defender e na contra-resposta foi a velocidade de Moreno que quase colocava o Barreirense na frente, mas após ter ultrapassado Hélder, já de ângulo difícil, não conseguiu melhor que o remate cruzado um tudo nada ao lado.
Pouco depois dava-se o final do encontro e o desperdício de mais dois pontos, em casa, perdendo oportunidade de ouro para ir a Loulé mais à vontade.
Boa arbitragem.
Nas cabines:
Daúto Faquirá (treinador do Barreirense):
"Foi um jogo complicado porque o Marítimo jogou fechado
procurando surpreender-nos no contra-ataque e nós
procurámos, por todos os meios, chegar ao golo e falhámos.
Os adeptos viram que tentámos tudo para vencer e daí a salva
de palmas no final do jogo.
Os jogadores estavam um pouco tristes no balneário mas
fiz-lhes ver que alargámos a vantagem e faltam menos
jornadas para o fim.
Vamos começar a pensar no jogo de Loulé esperando que a
finalização seja melhor.
Acabámos por alargar a vantagem em relação aos nossos mais
directos perseguidores embora não tanto como gostaríamos mas
estamos nesta situação com muito mérito.
O desgaste é muito, o nosso plantel não é muito grande e
estamos com menos três jogadores, sendo dois deles os dois
melhores marcadores da equipa. Houve outras alturas que não
tivemos lesões mas agora temos que superar a situação.
Somos a equipa que mais merece este 1ºlugar e se o Operário
não for prestar vassalagem ao Pinhal Novo iremos continuar
na frente."
João Luís (treinador do Marítimo B):
"Jogo muito competitivo em que o nosso objectivo era
pontuar.
Na casa do líder sabíamos das dificuldades que iríamos
encontrar, mas sabíamos também que a pressão iria estar do
lado do Barreirense.
A equipa está de parabéns, conseguimos um ponto mas ainda
não garantimos a permanência."
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