Numa equipa voluntariosa, rápida e agressiva, o base e internacional luso está como peixe na água. A turma da Figueira da Foz mostrou melhor cultura táctica, mas perdeu claramente no decisivo factor da luta dos ressaltos
O BARREIRENSE acabou por ficar "out" da Taça da Liga, terminando a primeira volta da fase regular na décima posição, com os mesmos pontos (23) que o Aveiro Basket, Benfica e Seixal. O facto de a turma da Luz ter derrotado o Queluz "matou" as aspirações dos basquetebolistas do Barreiro, que ontem sofreram, mas conseguiram superar (95-88) a bem arrumada formação do Ginásio.
Em campo estiveram duas concepções de jogo bem distintas. De um lado, um Ginásio que pratica um basquetebol mais organizado, pensado e baseado numa boa cultura táctica; do outro, um Barreirense mais voluntarioso, rápido e agressivo, que baseia as suas iniciativas atacantes na inspiração e ousadia dos seus jogadores. Como foi o caso do base e internacional luso Diogo Carreira, que acabou por estar na decisão do confronto e ser o MVP, conseguindo ultrapasssar a oposição do grego Mavroukas (primeiro) e de José Costa (depois). Diogo é um portento de técnica e criatividade, capaz de elevar a expressão do jogo à condição de... arte e ontem foi isso que aconteceu no bem emoldurado (mais uma boa assistência) Pavilhão Municipal Luís de Carvalho.
No fatal último período, Diogo Carreira fez claramente a diferença através de preciosos triplos e penetrações, mostrando ao seleccionador nacional (Valentyn Melnychuk assistiu à partida) que poderá contar com o seu contributo para futuras convocatórias. Pena que este espectacular basquetebolista não seja tão eficaz a defender.
Ginásio cede nas tabelas
O Ginásio acabou por perder a partida devido à incapacidade de travar a superioridade do Barreirense na luta das tabelas, turma que conquistou um total de 42 ressaltos, contra 32 da turma da Figueira da Foz. Uma situação a que não será estranha a ausência do poste John Tomsich (padece de uma entorse). Com um cinco mais baixo do que o habitual, o Ginásio não conseguiu travar o poderio de Ian Stanback e de Pat Grabner no jogo interior, os quais ganharam nove ressaltos cada. Isto apesar dos 12 conquistados pelo figueirense Dion Edwards.
A vitória da equipa anfitriã acaba por se justificar plenamente porque, para além de ter contado com o criativo Diogo, foi o conjunto que denotou maior fibra.
"O Barreirense foi mentalmente mais forte. Falta-nos mais experiência e "ratice". Os nossos norte-americanos são muito jovens", referiu Orlando Simões, técnico do Ginásio.
"Estamos a dar mais minutos ao Diogo e quando ele melhora, a equipa fica mais forte", admitiu Francisco Cabrita, treinador do Barreirense.
In "Record Online"
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