BARREIRENSE DERROTA PT EM JOGO ANTECIPADO DA LIGA

Miguel Barreira Laverne Evans procura ultrapassar Jean Jacques

O habitual "run game" utilizado pelos basquetebolistas do Barreiro acabou por provocar um grande desgaste nos campeões nacionais, que ficaram privados (por faltas) de alguns elementos "nucleares"

O BARREIRENSE quebrou a invencibilidade à Portugal Telecom, turma que ontem cedeu (93-94) no Pavilhão do Barreiro, em jogo antecipado da oitava jornada da fase regular da Liga profissional. Os campeões nacionais foram derrotados (94-93), após prolongamento, pela aguerrida formação do Barreirense, a qual sustentou o seu triunfo através de um elevado espírito guerreiro, atitude que permitiu aos basquetebolistas da turma anfitriã dar a volta ao texto e saborear espectacularmente um sucesso extremamente difícil.

Em termos de equilíbrio e espectacularidade, a primeira parte foi mais bem interessante do que a segunda. Nos primeiros 20 minutos os dois conjuntos actuaram de forma mais solta, com o Barreirense a imperar durante o primeiro período (31-24). Contudo, as saídas de Stanback, Alexey e Diogo Carreira quebraram a rotina do conjunto, uma vez que os homens que saltaram do banco não tiveram o mesmo traquejo. Daí o parcial de 26-15 que permitiu à PT chegar ao intervalo em vantagem no "score" (50-46).

"Velho" Laverne decide

Mas o Barreirense, como é seu timbre, nunca deixou de lutar e de acreditar na reviravolta do marcador, aspecto em que o veterano (40 anos) Laverne Evans voltou a ser exemplar, acabando por ser o justo MVP (jogador mais valioso) da contenda, ao somar 21 pontos, oito ressaltos e nove assistências.

O problema é que a Telecom, apesar da grande combatividade revelada pelos seus atletas, acabou por ceder ao habitual "run game" - em estilo de jogo que provoca grandes desgaste aos opositores. Os últimos instantes do embate foram de grande "frisson". A 44 segundos do fim, um fantástico triplo do base Diogo Carreira igualou a contagem (84-84). Porém, Norris respondeu logo de seguida com uma "bomba" de três pontos (87-87), levando a decisão do despique para o prolongamento.

Com os seus principais elementos sobrecarregados de faltas (Jean Jacques e Richmond acabarem mesmo por ser excluídos da partida), a Portugal Telecom acabou por soçobrar no fatal prolongamento, com Laverne a decidir o duelo com uma bandeja no último segundo.

In "Record Online"