António Pires: «Barreirense possui melhor escola do País»


Ninguém possui um plantel tão jovem e promissor na Liga profissional. O Barreirense ousou entrar na competição com oito jogadores que oscilam entre os 18 e 21 anos. E o base António Pires simboliza a garra e raça da nova geração, tendo assumido, nos últimos embates, o papel de titular, o que é notável para um atleta com apenas 18 anos, sem dúvida um dos "rookies" mais novos da prova.

"Quero chegar o mais alto possível e assumir a condição de basquetebolista profissional", começou por afirmar António Pires, o qual ostenta as médias de 6,8 pontos e 2,6 assistências em 17 jogos disputados. Convocado por Valentyn Melnychuk para a Selecção Nacional de sub-20, o base da turma da margem Sul do Tejo mostra-se satisfeito e motivado com a sua afirmação na Liga.

"Sem querer retirar o mérito aos outros clubes, o Barreirense possui a melhor escola de basquetebol do País. É bom poder jogar num clube que dá hipóteses de afirmação aos jogadores oriundos da sua formação. Quem pratica basquetebol no Barreirense sente que as portas da equipa principal poderão estar abertas se evoluir e mostrar qualidade."

Jogador raçudo, que não teme na luta com bases mais experientes e fortes fisicamente, Pires é considerado um atleta... atrevido. "Quando estou em campo não tenho medo. Jogo sempre sem receio. Isso talvez se deva ao facto de ter actuado quase sempre com atletas mais velhos", adianta António Pires, um fã incondicional do colega de equipa Diogo Carreira, que considera mais um bom produto do Barreirense, "clube que tem formado alguns dos melhores bases portugueses."

Uma família que respira basquetebol

Nasceu no Barreiro, iniciou-se na prática da modalidade com apenas cinco anos e só conheceu um clube: o Barreirense. Este é o trajecto do (ainda) desconhecido António Pires, jogador que interrompeu o curso de Medicina no Instituto Abel Salazar, no Porto, "porque ainda não consegui que me dessem a transferência", explica.

Foi o pai, Carlos Pires, actual "vice" da FPB, quem lhe induziu a paixão pelo basquetebol. Carlos, o irmão mais velho, joga no Sampaense (Proliga) e Fernando, o mais novo, nos cadetes do Barreirense.

In "Record Online"