Domingo, 23 Novembro, 7h da manhã: o
despertador toca e pede para me levantar. Meio ensonado desligo o
dito cujo e a primeira coisa que me vem à cabeça é que me espera
mais um dia de trabalho. Puro engano. Os segundos que me separaram
desse primeiro pensamento até à realidade foram um instante e
rapidamente me preparei para arrancar não para o bules mas sim para
acompanhar o nosso Barreirense.
O objectivo era São
Bartolomeu de Messines, terra do poeta João de Deus, e ao contrário
do habitual, desta vez os companheiros de viagem foram outros: os
amigos ficaram em casa (na deles, claro) e foi a vez de levar a
"famelga" comigo até porque o encontro estava marcado com
familiares residentes por aquelas bandas.
Dia bonito, muito
sol, e aqui vamos nós estrada abaixo.
Para fugir ao
habitual, deixámos de lado a estrada nacional, que é tão nossa
amiga nas deslocações, só para poupar-mos os euros em portagens e
ala que é Cardoso, toca a percorrer a A2. É a vantagem de ir com
familiares até porque há sempre alguém que se oferece para pagar o
que já está pago à tanto tempo, mas enfim, prossigamos.
A
área de serviço de Grândola foi a nossa única companheira de
paragem onde nos albergou a nós e à equipa de juvenis do Corroios
(foram ganhar 4-1 a Vila Real de Santo António). Meia-hora chegou e
sobrou para pôr a leitura em dia e aqui vamos nós a caminho da vila
all garvia, não sem que antes quase atropelássemos um bando de
perdizes que "passeavam" no meio da auto-estrada.
Chegados
ao local, a habitual festa do reencontro mas também a tristeza de
sentir que a vida é injusta e que nos faz lembrar que não somos
ninguém especialmente quando nos leva alguém próximo.
A
hora de almoço chegou e o nosso "amigo" presidente do
clube algarvio conduziu-nos ao seu novo local de repastos, muito
bonito por sinal e aí ficámos a degladiarmo-nos pelo melhor que a
vida tem: comer e beber.
Com dificuldade nos deslocámos
para o estádio já que o tamanho do nosso estômago não nos
permitia grandes veleidades na deslocação a pé, e tempo para nos
juntarmos a dois companheiros habituais destas nossas lides
futebolísticas.
Depois da troca de cromos do Barreirense
que tive oportunidade de fazer com um dirigente alvi-rubro (ainda nem
vou a meio da caderneta) dediquei-me ao jogo em definitivo e
depois de tanto pontapé para o ar saí do campo com dois tipos de
dores: a dor de cabeça de mais uma derrota e a dor de pescoço de
tanto olhar para o ar para ver a bola.
A hora de partida
tinha chegado e com a noite a cair despedimo-nos de São Bartolomeu
de Messines com a vontade de lá voltar brevemente.
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