Aviso "amarelo" em Castro Verde... ou o diário de um adepto no "day-after" do temporal
Como de costume cheguei atrasado ao ponto de encontro, tempo para um cafézinho, os cumprimentos da praxe, e o dia até nem estava muito mau, recordando o histórico recente, e "ala que é cardoso" rumo a Castro Verde em domingo de aviso "amarelo" pela Protecção Civil.
Desta vez, o "canhotomóvel" ia lotado, e como tal tive de levar o meu "chaço", dando boleia a um companheiro de lides e "cantorias" excursionistas de outros tempos... Fomos pela nacional, que os "aérios" da portagem seriam gastos no regresso.
A viagem decorreu bem (entre abertas no céu e grandes cargas de água), até à paragem nas "boxes" da Mimosa, que me lembra sempre Radiator Springs (no filme "Cars")... O progresso é já ali ao lado na auto-estrada...
Adiante, que já se aproximava a hora de almoço, que seria num restaurante de Aljustrel (já conhecido de outras andanças) e onde a equipa se encontrava no repasto. O autocarro do clube (com um milhão e tal de quilómetros) lá estacionado dava sinal disso.
Uns amigos de quatro patas deram-nos as boas-vindas no "Pires" e lá fomos entrando com o intuito de abastecer o depósito, que isto de ser adepto também dá fome, e o pãozinho ainda quente abriu o apetite... Em amena cavaqueira, assim se passou a hora do almoço, com uma "foto de família" para mais tarde recordar, como sobremesa.
O sol brilhava a caminho de Castro Verde, onde as cegonhas eram avistadas nos seus ninhos, e o leitor de discos do carro girava uns sons engraçados para animar a viagem... A pequena vila alentejana encontrava-se à nossa frente... Ainda faltava cerca de uma hora para o jogo e é mesmo verdade que o Barreirense tem sempre adeptos em todo o lado, estejamos em que divisão e lugar estivermos (quem gosta, gosta sempre), e foi ali num passeio para "digerir" o almoço, que encontrámos mais uns companheiros que íam assistir à partida... Venham mais cinco...
O frio apertava e a partida tinha o apito de saída 2 minutos antes das 15h, o árbitro deveria estar com pressa para voltar ao Algarve. Entre as "bocas" habituais de um jogo destas divisões, o desafio decorria normalmente, até que chegou o momento do intervalo em que o "discojoca" do campo se lembrou de colocar Tony Carreira, e uma frase ocupou de imediato o meu espírito: "Onde é que se desligam as colunas?!" E o bar já estava a ficar com lotação esgotada...
Da segunda metade, fica para a história o golaço do nosso João "Granda Pontapé" Filipe, em que o campo estremeçeu com a festa dos adeptos alvi-rubros, mas quis a infelicidade que não saíssemos com a vitória do Alentejo. "Ai destino, ai destino..." e não é que o Tony voltou às colunas de som... Medo!
Era tempo de ir embora... Já anoitecia e refrescava bastante (que saudades do Verão), Castro Verde ficava para trás e o regresso ao Barreiro seria feito sem "intervalos para a publicidade", ele que estava ali a dois palmos de distância...
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