Diário de um treinador/adepto na ilha do Pico

 Queria primeiro que tudo dizer que fazia parte desta comitiva o Filipe Candeias habitual detentor da camisola nº 1 e que por infelicidade dele adoeceu dias antes da partida e não nos pôde acompanhar, por ele também fazíamos questão de ter êxito nesta aventura por terras dos Açores, um abraço e as rápidas melhoras é o que todo o grupo deseja. Este era o nosso lema para o Torneio:
"Não venci todas as vezes que lutei… Mas perdi todas as vezes que deixei de lutar''

Dia 10 de Junho

 São 05.30 h hora prevista para a concentração da equipa e cumprida por todos, habituais despedidas dos entes familiares e partida para o aeroporto. Efectuados os habituais Check-in embarcamos e partimos com um atraso de 20 minutos no entanto todos bastante animados tanto os que já são veteranos em viagens de avião como aqueles que se estavam a estrear e eram alguns. Chegados à Terceira onde fazíamos escala aproveitamos para levar a equipa até à zona da praia onde jogamos ás cartas, ouvimos música e onde ainda alguns dos nossos atletas mostraram os seus dotes a uns tantos jovens Açorianos fazendo uma mini peladinha na areia da praia e por fim almoçamos. Era chegada a hora de mais uma viagem de avião agora bem mais curta com a duração de 25 minutos mas não menos entusiasmante, o avião este era muito mais pequeno com capacidade para 80 passageiros mais parecia o jacto particular do FCB.
Ao chegarmos ao Pico tínhamos à espera os responsáveis pela organização do torneio (pessoas incansáveis durante todo o tempo que permanecemos ali) que nos levaram directamente à casa do Povo de Madalena onde a equipa ficou instalada.
Seguiu-se o jantar uma volta pela Vila e fomos descansar.

Dia 11 de Junho

 A equipa durante a manhã treinou no complexo desportivo da Madalena, treino este que teve a duração de 90 minutos.
A seguir ao almoço saímos em 2 carrinhas de 9 lugares simpaticamente emprestadas pelo Futebol Clube Madalena de forma a podermos visitar a Ilha, tarde bem passada embora tenhamos consciência que para grande parte do grupo foi uma grande seca, possivelmente teria sido muito mais “fixe” termos ido até à piscina ou dar mergulhos na praia do que visitar a ilha, ver um filme de como era feita a caça á baleia antigamente enfim próprio da idade. Após o regresso do passeio foi tempo de jantar e regressar à Casa do Povo onde aí os nossos atletas organizaram o Torneio da Peúga com grande sucesso e que durou até final da estadia. Breve explicação em que consistia o jogo equipas de 2 jogadores, uma bola feita de peúgas (do Marco) objectivo esse amigos se quiserem saber da próxima vez vêm connosco.

Dia 12 de Junho

Dia do Torneio, acordamos um pouco mais tarde (na noite anterior o torneio da peúga durou até tarde) e canalizamos o nosso pensamento para os jogos que iríamos ter essa tarde.
Chegamos ao complexo na Madalena pelas 14.45 h, (não sem antes passarmos pela sede do FC Madalena onde visitamos a sala de troféus) íamos jogar às 16.00 h e logo com a equipa da casa, sabíamos que iríamos encontrar dificuldades não só pelo facto dos nossos adversários irem apresentar equipas mistas (Juniores/Juvenis) mas também pela temperatura que se fazia sentir e o próprio oxigénio que respiramos não ser igual, no entanto íamos muito cientes daquilo que queríamos e pretendíamos.
Os jogos tinham a duração de 60 minutos divididos em duas partes de 30 minutos com 10 para descanso e sem limites para substituições o que era bom caso tivéssemos muitos jogadores para rodar o que não era o caso pois dos 14 atletas que levávamos do 15 já falamos (Filipe Candeias) o Pedro Romão foi connosco mas não podia jogar pois estava com um entorse (obrigado pela presença e apoio Pedro) e o Ruben Barata no penúltimo treino tina feito um principio de uma micro rotura que em principio estava debelada mas que não queríamos arriscar muito, enfim estávamos reduzidos a 13 jogadores.

 No primeiro período sentimos algumas dificuldades, um adversário possante, a jogar fechado a não nos dar espaços, mas mesmo assim eram nossas as melhores jogadas e o domínio do jogo. Durante o intervalo notava-se o desgaste que o clima nos estava a dar e havia que resolver o jogo o mais depressa possível e foi isso o que se transmitiu à equipa. Mas a bola teimava em entrar umas vezes por boas intervenções do guarda-redes adversário outras por falta de eficácia dos nossos avançados, até que aos 50 minutos Mitchell Galvão resolveu o jogo com um belíssimo golo de pé esquerdo do meio da rua sem hipóteses para o GR adversário, golo muito festejado por toda a equipa e adeptos. O jogo chegaria ao fim com a nossa equipa a fazer gestão esforço fazendo aquilo que tão bem sabe fazer e gosta “circulação de bola em todo o terreno”.
De seguida assistimos ao jogo entre o FC Madalena e o GD Lagense com a vitória destes últimos por duas bolas a zero o queria dizer logo à partida que só a vitorio no terceiro jogo nos daria o 1º Lugar no Torneio.

Foi então o momento de todos darmos as mãos e fazer das tripas coração de forma a fazermos a festa no final.
Foi transmitido à equipa que a paragem de 90 minutos que tínhamos tido de um jogo para o outro nos iria afectar a qualquer momento da partida e como tal teríamos que entrar muito fortes e resolver quanto antes o jogo.
E foi o que a equipa fez assim que o árbitro apitou para o inicio da partida instalamo-nos no meio campo adversário e massacramos o nosso opositor ao ponto de com apenas 15 minutos decorridos já ganhávamos por 4 a 0 resultado com o qual atingiríamos o intervalo, na segunda parte voltaríamos a marcar por mais duas vezes acabando a partida com um concludente 6 a 0, mas vamos ao filme do jogo e aos seus marcadores.

1 – 0 Aos 4`começava a festa Tiago Dias com um pontapé do meio da rua cheio de intenção fez com que a bola só parasse no fundo das redes. Poder-se-á dizer que terá beneficiado de um ligeiro desvio de um defesa mas estamos em crer que mesmo sem esse desvio o guarda-redes iria buscar a bola ao fundo da baliza.

2 – 0 Aos 7` por Rui Godinho mais um belíssimo pontapé de fora da área, desta vez com o pé esquerdo não dando qualquer hipótese ao GR adversário que bem se lançou mas não havia nada a fazer.

3 – 0 Aos 11` por Filipe Fialho mas que jogada e que golo, tudo começa com duas maldades que FF fez aos dois adversários que lhe apareceram pela frente depois trocou a bola com RG que lha devolveu de primeira de calcanhar e á saída do GR contornou-o e atirou para a baliza fazendo o terceiro da equipa, sem dúvida o melhor da tarde e que foi festejado efusivamente por toda a equipa e nem mesmo os adeptos extra FC Barreirense ficaram indiferentes a tão boa jogada e golo.

4 – 0 Aos 15` por Carlos Silva na sequência de um pontapé de canto batido por Marco Silva apareceu de rompante no centro da grande área CS a fuzilar autenticamente o GR adversário.

5 – 0 Aos 45` bis de Tiago Dias mais uma boa jogada com muita circulação de bola e excelente finalização.

6 – 0 Aos 53`bis de Rui Godinho que fechava a contagem numa recarga a uma bola devolvida pela barra, após um primoroso chapéu de Daniel Santos que não teve a melhor sorte.

Foi sem dúvida um jogo muito bem conseguido, toda a equipa se entregou a 100% até parecia que não tinham já efectuado um jogo nessa tarde. Conseguimos mesmo assim ser muito perdulários durante a segunda metade da partida.
No final do jogo e no meio da festa recebemos elogios à nossa equipa de toda a gente desde Organização ao mero espectador passando mesmo pelos treinadores adversários.
Após a recepção da Taça de 1º lugar deu-se a continuação da festa agora só nossa durante o jantar terminando o mesmo com champanhe, jantar este que durou até perto das 11.15 h após o qual regressamos à Casa do Povo onde a festa continuaria até ás …….h não é importante, com o Torneio da Peúga.

Dia 13 de Junho

 Dia de regresso a casa, levantamos mais tarde compreensível, todos juntos almoçamos uma excelente churrascada e partimos para o Faial de barco, mais uma experiência nova para alguns. Chagados ao Faial tínhamos cerca de 2.30 h livres para darmos uma volta e assim foi feito.
Ás 17.15h chegamos ao aeroporto da Horta para o respectivo check-in e embarque de regresso a casa onde viríamos a chegar pelas 23.40h onde éramos aguardados pelos familiares dos atletas.
Penso que tão depressa (ou nunca) estes 14 bravos irão esquecer esta experiência e vão seguramente querer repetir num futuro próximo.
Não poderíamos acabar sem deixar um forte agradecimento a toda a gente de Madalena que tão bem nos receberam e que foram incansáveis para que nada nos faltasse e penso mesmo que nos viram partir com o desejo de nos voltar a ver em breve, aliás o convite ficou feito para regressarmos na próxima época.
Por fim deixamos um agradecimento muito especial à família Godinho pois sem eles nada disto teria sido possível ou pelo menos não teria sido tão fácil, um bem haja.

Comitiva
Director – José Carrilho
Treinador – José Meireles
Atletas – Gonçalo Teixeira, Miguel Grade, Carlos Silva, Gonçalo Honório, Luis Miranda, Tiago Dias, Mitchell Galvão, Filipe Fialho, Marco Silva, Rui Godinho, Henrique Moreira, Daniel Santos, Ruben Barata e Pedro Romão
Adeptos – 10 fervorosos adeptos

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