Carlos Monzelo, capitão do Barreirense, decidiu colocar um ponto final na carreira. Aos 27 e com quase 10 de relvados, o defesa-central despediu-se dos companheiros no passado sábado, dia em que anunciou a decisão ao treinador Daúto Faquirá que, sem sucesso, tentou demovê-lo. A abertura de um espaço comercial no Montijo é a etapa seguinte da sua vida, embora Monzelo confesse alguma amargura por não ter chegado mais longe na sua carreira.
«Quando comecei a jogar futebol tinha as mesmas ambições que todos os miúdos têm: chegar a um grande e ser convocado para a Selecção Nacional. Com o passar dos anos fui percebendo que se calhar a minha oportunidade já tinha passado. Podemos ignorar os sinais que a vida nos vai dando, mas algum dia temos de enfrentar a realidade. Infelizmente não tive o empurrão que muitos tiveram. Saio com o Barreirense no coração, mas muito desiludido com o futebol», garante.
Formado no Montijo, Monzelo representou ainda o Oriental e o Imortal, antes de ingressar no Barreirense, cuja camisola envergou nas últimas sete temporadas. Quando chegou ao Estádio D. Manuel de Melo começou a dar nas vistas. O campomaiorense, então na I Divisão, interessou-se por ele, mas algo de inesperado aconteceu quando a transferência estava quase a concretizar-se. «Tive tanta sorte que quando estava a um passo de assinar a equipa sénior acabou», recorda o central.
O Tom de voz muda radicalmente quando lhe pedimos para recordar o melhor momento da carreira: «Na primeira época no Barreiro, num jogo com o Imortal, marquei o único golo. Estavam 10000 pessoas nas bancadas e ainda hoje não consigo esquecer a loucura que se viveu naquele dia.»
Momentos do passado de Monzelo, que deixa saudades no Barreiro.In "A Bola Online"
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