Ao terceiro teste, outros tantos esquemas saíram do bloco de José Peseiro para aplicação no "velhinho" D. Manuel de Melo. Após as dificuldades sentidas na primeira parte - especialmente ao nível da posse e circulação de bola -, um onze formado em larga parte pela "miudagem" deixou apontamentos interessantes
Em mais um jogo de avaliação, o último antes da curta digressão pela Grã Bretanha, o Sporting de José Peseiro foi ontem obrigado - ou talvez nem tanto... - a exercitar três modelos diferentes para melhor atacar a época que se avizinha. Perante um Barreirense recém-promovido à Liga de Honra e comandado pelo ex-leão Rui Bento, os verde e brancos sentiram bastantes dificuldades em impor o seu jogo, iniciado num esquema de 4-1-3-2, o tal privilegiado pelo técnico José Peseiro durante a passada temporada. Contudo, o desafio ofereceu uma postura adversária que a outros planos obrigou, facto aproveitado da melhor forma (por Peseiro) para apostar nos (jovens) recursos humanos, cuja valia espera por confirmação.
Na etapa inicial, raras foram as ocasiões em que os leões
conseguiram fazer a circulação de bola com a fluidez desejável
para planear a manobra ofensiva, apesar dos esforços de Rochemback
ou de Douala. Ocupando bem os espaços e defendendo de forma apertada
no seu meio campo - e quase sempre atrás da linha da bola -, a turma
do Barreiro só pontualmente se deixou apanhar desprevenida, aguardando
por erros alheios para espreitar o contragolpe. Por tudo isto, os leões
só se adiantaram no marcador através de um lance de laboratório,
na sequência de um livre cobrado de forma indirecta: Carlos Martins
e Edson combinaram, e Liedson concluiu. Porém, o Barreirense empataria
o jogo logo de seguida, através de uma grande penalidade convertida
pelo leão Hugo Machado, emprestado neste defeso ao clube da margem
Sul.
Após o reatamento, a equipa do Sporting apresentou-se em
4-3-3, esquema até aqui adoptado como segunda escolha (ou alternativo),
mas o encontro entrava então numa fase desinteressante, com várias
substituições, especialmente do lado barreirense. Os lisboetas
adiantar-se-iam no marcador ao minuto 67, em virtude de uma infelicidade
de um defesa contrário (Marinho), e o encontro só tornou
a ganhar foros de interessante após o minuto 72. José Peseiro
tornou então a mexer, alterando a táctica para um 4-2-3-1,
com Miguel Garcia, Semedo, Miguel Veloso e André Marques muito bem
na defesa; Edson e Rochemback no "miolo", depois Nani, Labarthe e Paíto,
e Varela sozinho na frente. Foi esta, curiosamente, a melhor fase da equipa,
que transferiu para o relvado, e de forma assinalável, os conceitos
advogados por Peseiro: pressão, posse de bola e circulação
constante. A avaliação do comportamento dos miúdos
é contínua e prossegue j* na Grã-Bretanha...
árbitro | João Capela
local | Estádio D. Manuel de Melo, no Barreiro
Barreirense 1 - Paulo Silva; Marco Airosa, Rodolfo, Miguel Ângelo
e Bruno Simão; Marco; Hugo Machado, Paulo Filipe e Manuel Carmo;
Marco Véstia e Mário Pessoa.
Jogaram ainda: Pedro Cardoso, Baltazar, Marinho, Carlitos, Moreira,
Saavedra, Ibrahim, Marco Bicho, Bruno Severino e Gerson.
Treinador: Rui Bento.
Sporting 2 - Tiago; Rogério, Beto, Semedo e Edson; Rochemback;
Carlos Martins, Sá Pinto e Douala; Manoel e Liedson.
Jogaram ainda: Ricardo, Miguel Veloso, Paíto, Miguel Garcia,
Nani, Varela e Labarthe.
Treinador: José Peseiro.
marcadores | (0-1) Liedson; (1-1) Hugo Machado; (1-2) Marinho (p.b.);
In "O Jogo Online"
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