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Daúto Faquirá, treinador contratado no início da época, é um dos principais responsáveis pelo sucesso da formação da margem sul do Tejo. Este é um êxito inesperado, porque o objectivo traçado era apenas a manutenção na II Divisão B, na sequência da redução do orçamento.
Voos mais ambiciosos começam, assim, a pairar nos horizontes de jogadores, equipa técnica, dirigentes e adeptos. "Já jogámos praticamente frente a todas as equipas. Existem algumas iguais a nós, mas não me parece que haja melhores. Olhanense, Olivais e Moscavide e União Micaelense são as formações que estão mais perto e podem perfeitamente disputar connosco o primeiro lugar", afirma o técnico.
Daúto Faquirá, treinador que regista promoções em representação de Sintrense e Odivelas, revela alguns segredos da campanha tão brilhante, na qual sobressaem a melhor defesa dos três primeiros escalões nacionais, em igualdade com o Varzim, e um ataque que, a este nível, é ultrapassado apenas por cinco equipas.
"É importante a escolha do plantel, com muito critério, dentro das limitações do orçamento, para que a margem de erro seja mínima. Nunca estive num clube envolvido por um clima tão intenso. O último jogo em casa foi presenciado por três mil pessoas. É um factor motivacional, extra, e que acaba por arrastar a equipa para as vitórias. Oxalá possamos contribuir para pôr o Barreirense na ribalta. Não iremos sair dos primeiros lugares. Esperamos, num futuro próximo, levar o Barreirense à SuperLiga."
Paulo Silva brilha na baliza
Paulo Silva - em acção na foto de cima junto dos colegas da defesa - é um dos protagonistas do Barreirense. Tem 32 anos, é titular indiscutível e um dos esteios da defesa de "betão". Um dos momentos altos, esta época, foi quando jogou contra o histórico Hassan.
"Senti orgulho por defrontá-lo. Houve três lances em que fiquei cara a cara com ele e levei a melhor. Foi um duelo especial."
Formação de estrelas continua viva
Manuel Bento, José Augusto, Fernando Chalana e, mais recentemente, José Pedro e Hugo Cunha são alguns dos exemplos de futebolistas que saíram do Barreirense para a ribalta do futebol português. Esta é uma tradição que continua viva e pode produzir mais frutos
"Temos o Marco, que foi seleccionado para os sub-20. Há outros jogadores que vão ganhar notoriedade e singrar no futebol nacional. É importante realizar algum capital", garante Daúto Faquirá.
25 anos longe dos palcos da SuperLiga
Há 25 anos que o Barreirense não disputa o principal escalão do futebol português. A última época foi a de 1978/79, onde alcançou o 14º lugar. A derradeira participação nos campeonatos profissionais aconteceu na então denominada II Divisão de Honra, em 1990/91.
In "Record Online"
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