Mãos à obra no Barreirense

O Presidente da Direcção do Futebol Clube Barreirense acredita que durante 2007 o clube já estará a residir numa nova casa. Entretanto, Manuel Lopes aguarda que os sócios aprovem a mudança, que vai custar cerca de 3,5 milhões de euros, para encetar a venda do estádio D. Manuel de Mello.

Garantida recentemente, pela autarquia local, a viabilidade de construção imobiliária nos terrenos do actual estádio do Barreirense, a Direcção do emblema do Barreiro está em condições, de facto, para lançar mão à obra e realizar um sonho de 30 anos. Um novo complexo desportivo que vai permitir ao clube melhorar as condições da prática desportiva, ao mesmo tempo que vem contribuir para a resolução de problemas financeiros.

 

Estádio terá uma bancada

 

De acordo com o presidente do Barreirense, o projecto do novo complexo, a construir na freguesia da Verderena, contempla dois campos de futebol. «O estádio que numa primeira fase contará com uma bancada lateral, com capacidade para cerca de 2 mil espectadores, a que se junta um outro campo de apoio, que terá um piso sintético», revela. De acordo com Manuel Lopes, é intenção dos responsáveis do clube potenciar o espaço vindouro, com um ginásio, uma zona para ocupação de tempos livres (ATL) e um centro de fisioterapia. Instado a apontar um a data para a concretização das obras, Manuel Lopes, não definiu o prazo, mas adiantou: «se tudo correr dentro da normalidade, durante 2007, o Barreirense poderá já estar numa casa nova».

 

Vantagens financeiras

 

O presidente do Barreirense garante que a intenção da Direcção do clube visa a venda dos terrenos do actual estádio, onde espera «um encaixe financeiro, que permita a realização da obra desejada e que contribua para regularizar dívidas antigas».

Recorda o dirigente, que a primeira necessidade para que o projecto entrasse nos eixos passava por «encontrar meios financeiros» para levar por diante a vontade barreirense. Soluções essas que começaram a surgir há menos de uma década, sobretudo nos últimos três anos, quando «o clube conseguiu adquirir praticamente, a totalidade do estádio D. Manuel de Mello», condição fundamental para começar o processo. Recorde-se que a excepção é um apequena parcela de terreno do estádio que pertence à Quimiparque, mas que não tem viabilidade de construção.

Agora com a garantia da edilidade, o D. Manuel de Mello vai abaixo para dar origem a uma zona de habitação, comércio e serviços. «Na posse do ofício da autarquia a confirmar essa possibilidade, serão encetados contactos com os possíveis compradores do terreno do actual estádio», assume Manuel Lopes, sem avançar um valor estimado para a concretização do negócio. No entanto, ainda antes desse processo, «no final do mês deverá realizar-se uma Assembleia Geral, para que os sócios aprovem as propostas da Direcção».

 

200  mil em dívida

 

O Barreirense é um dos clubes que está na lista dos devedores no âmbito do processo do "totonegócio", mas Manuel Lopes garante que «o clube ainda não foi notificado».

«Talvez o novo Governo tenha outra postura, de forma a que os clubes possam regularizar as dívidas não imediatamente, como é o pretendido, mas de forma faseada. Porque exigir os pagamentos totais de uma assentada, é o mesmo que estrangular a actividade dos clubes, considera.

O dirigente adiantou que o montante por regularizar, ao abrigo do Plano Mateus, ronda «os 200 mil euros».

In "Distrito Desportivo"