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O Diário do Barreiro falou com o autor do golo no jogo com o Sp. Covilhã, que permitiu ao Barreirense continuar a lutar pela permanência, mas apenas matematicamente. Dionísio Mendes Fernandes com 25 anos de idade é o melhor marcador da equipa, veio para o Barreirense nas contratações de Inverno.

Desde que subiu aos seniores que Dionísio esteve em diversos clubes, nomeadamente o Maia, Lourinhanense, Torreense, Vilafranquense e por último o Leixões, a que tem contacto até final da época, mas com o clube de Matosinhos a ter mais um ano de opção. Já marcou na sua curta carreira 62 golos, sendo quatro deles marcados desde Janeiro ao serviço do Barreirense.

Diário Barreiro: Dionísio desde que está no Barreirense apenas marcou quatro golos. A que se deve o facto de ter poucos golos marcados esta época?

Dionísio: A época passada foi razoavelmente boa e esperava este ano fazer uma época boa mas, infelizmente, no início as coisas não correram bem e fui pouco utilizado, por isso tentei dar a volta por cima.

DB: A sua vinda para o Barreirense foi por intermédio do treinador Ferreirinha?

Dionísio: Uma vez que não vinha a ser utilizado com assiduidade, pois era um suplente utilizado e só fui titular durante quatro jogos, eu achei que era muito pouco. Eu como pessoa não sou pessoa de me acomodar, mesmo sabendo que estava num grande clube que é o Leixões, eu queria sentir-me útil, dar a volta e falei com a direcção e disse que queria sair. Os dirigentes não queriam, mas eu insisti com eles e com o Jorge Teixeira, que é o meu empresário e é meu amigo. Estou grato à direcção em ter aposto em mim e pronto, aqui estou.

DB: No domingo, no jogo frente ao Sp Covilhã marcou o golo da vitória, que abriu a porta da esperança. Sente-se satisfeito por ter marcado o golo?

Dionísio: Dá-me sempre prazer fazer um golo, pois é a função de um avançado. Quando vim para aqui, olhando para a situação em que o Barreirense está, tinha esse objectivo, independentemente de ser o Dionísio ou outro a marcar o golo. Gostaria que o Barreirense no final conseguiu-se a manutenção, isso sim daria-me todo o prazer.

DB: Acha que esse objectivo ainda é possível?

Dionísio: Enquanto matematicamente for possível, nós vamos lutar até à exaustão.

DB: Como encontrou o balneário?

Dionísio: Eu já andei um bocado e aqui encontrei uma ‘malta’ diferente. Aproveito para agradecer a maneira como eles me receberam e o que eles têm feito por mim, e toda a atenção e carinho que me têm dispensado.

DB: Estranhou a maneira do Barreirense jogar?

Dionísio: Bem, há várias maneiras de jogar e há tácticas de jogo diferentes.

DB: Já jogou com o seu primo Ailton e deu resultado, pois da primeira vez em que jogaram juntos marcaram cada um o seu golo. Mas depois, nunca mais voltaram a jogar juntos. Porquê?

Dionísio: Isso de marcar golos, tanto faz ser o Dionísio ou o Ailton , o que interessa, é que clube ganhe.

DB: Veio para o Barreirense em Janeiro. O que acha que leva o Barreirense a estar nesta posição?

Dionísio: O campeonato da Liga é muito competitivo e as equipas têm de começar bem a primeira volta, se corre mal, como foi o caso do Barreirense, então é difícil a recuperação.

DB: O seu futuro passa pelo Barreirense ou por outro clube?

Dionísio: Termino o meu contracto com o Leixões esta época, mas o clube tem mais um ano de opção, quer dizer que será o Leixões a dizer se me quer ou não. Mas não quero ficar parado, não sou pessoa para me acomodar, quero trabalhar e jogar.

In "www.diariodobarreiro.pt