Entrar em campo sendo o último classificado, não é fácil para qualquer equipa, especialmente a nível mental e isso viu-se nos primeiros minutos do jogo de Ponte de Sôr, onde mesmo sem ter feito muito para isso, a equipa da casa colocou-se em vantagem no marcador logo à passagem do 1ºquarto de hora. Um livre de Américo à entrada da área, muito bem marcado, deu vantagem ao Eléctrico que teve nesta 1ªparte, dois, três remate algo perigosos, fruto do trabalho desenvolvido pelos seus extremos, Testas na esquerda e Milton na direita.
O Barreirense, com Pina na lateral direita e Carlitos na estreia a
titular como médio direito, na primeira parte, foi uma equipa que
tentou mas não conseguiu em todos os aspectos, especialmente na parte
atacante podendo ter razões de queixa da arbitragem quando aos 4
minutos António Alves foi desviado por Moreira na área. De resto, o
mesmo António Alves só conseguiu incomodar o guarda-redes Carlos
Barreto já nesta parte final do jogo, após passe de Sandro, num
cabeceamento que o guarda-redes agarrou.
Foi uma 1ªparte em que se jogou, acima de tudo, longe das balizas
adversárias e que faltou emoção, talvez derivado ao muito calor que se
fez sentir no Alto Alentejo.
Na 2ªparte, o primeiro quarto de hora manteve o mesmo figurino dos
primeiros 45 minutos, e só começou a ver-se claras melhorias no
Barreirense com a entrada de Miguel para o lugar de Nelson Moutinho,
aos 57 minutos.
A equipa começou a assentar o jogo no meio-campo, agora com Canoa e
Miguel no meio, e Carioca mais à frente, aparecendo Bruno Severino na
direita do ataque e mais tarde Miguel Paixão pelo lado contrário, e foi
empurrando o adversário cada vez mais para o seu sector mais recuado. O
Barreirense começou a dispor de verdadeiras situações de perigo, algo
inédito até aí, e só por mera infelicidade é que não saiu de Ponte de
Sôr com os 3 pontos.
A dez minutos do fim, António Alves tenta o chapéu que Carlos Barreto
anula para canto, no minuto seguinte foi a vez de Carioca ter um remate
fantástico que não deu golo por pouco, depois foi a vez de Miguel Gama
falhar o golo na
cara de Carlos Barreto, até que finalmente aos 88 minutos surgiu o empate.
Bruno Severino cobra um canto na esquerda do ataque, Sandro desvia de
cabeça para a pequena área onde aparece Miguel Gama a desviar para o
justíssimo golo.
Mas não ficou por aqui a vontade alvi-rubra e se o jogo tivesse mais 5
ou 10 minutos a vitória surgiria naturalmente, tal a avalanche ofensiva
da equipa de Paulo Torres. Nos descontos, os dois avançados
barreirenses tiveram a vitória dos pés mas estava escrito que ainda não
seria neste jogo que o Barreirense venceria para o campeonato.
No último minuto de jogo, Bruno Severino acertou em cheio num
adversário, e viu o vermelho directo que o vai impedir de alinhar no
próximo jogo, pelo menos.
Ficha do Jogo
Estádio – Municipal Ponte SôrÁrbitro – José Gomes (Lisboa)
Assistentes – André campos e Telmo Pedro
Eléctrico Ponte Sôr – Carlos Barreto; André Xavier (Kiéber 89´) Américo, Moreira, Júnior, Testas (Maia 81´), Milton ( Avelar 61´), Bismark , Vieirinha, Luís Carlos e Pedro Ramos
Treinador – Vitor Nozes
Marcador – Américo (14´)
Disciplina - amarelos, Júnior (53´)
Barreirense – Hugo Alves; Miguel Gama, Bruno Costa, Canoa, Marinho, Carioca, Sandro, Carlitos (Bruno Severino 51´), Luís Pina (Miguel Paixão 68´), Nelson Moutinho (Miguel 57´) António Alves
Não jogaram – João, André Dias,
Treinador – Paulo Torres
Marcador – Miguel Gama (87´)
Disciplina – amarelos, Canoa (13´), António Alves (23´), Luís Pina ( 28´), Bruno Costa (53´) e Carioca (56´)
Vermelho – Bruno Severino ( 90+2´)
Intervalo – 1-0
Filme do jogo:
7´- remate de Bismark, à entrada da área, à figura de Hugo Alves
9´- Carioca surge isolado perante Carlos Barreto mas não domina a bola
14´- Golo 1-0 (Américo)
20´- André Xavier tira Canoa da frente e remata à entrada da área por cima
da barra
21´- Américo, na esquerda, passa por Pina e assiste Vieirinha que remata,
perigosamente, por cima
25´- boa jogada individual de António Alves que passa por toda a gente e
remata para o corte in-extremis do central Moreira para canto
43´- cruzamento de trivela de Sandro para a cabeça da António Alves, com
defesa segura de Carlos Barreto
48´- livre, em posição frontal, de Marinho, com muita força, para defesa de
Carlos Barreto
50´- Carlitos substituído por Bruno Severino
52´- cruzamento de Junior para o desvio de Bismark, proporcionando boa
defesa de Hugo Alves para canto
57´- Nelson Moutinho substituído por Miguel
63´- bom remate de António Alves, ligeiramente por cima
65´- centro de Milton, da esquerda, com Santana-Maia a não chegar por pouco
66´- livre de Junior, descaído pela direita, por cima
68´- Pina substituído por Miguel Paixão
73´- remate, forte, de Canoa, de longe, com Carlos Barreto a segurar á
2ªtentativa
80´- Sandro toca para António Alves que perante o guarda-redes alentejano,
tenta o chapéu mas este consegue desviar para canto
81´- grande remate de Carioca, de pé esquerdo, após alívio da defesa do
Eléctrico, para defesa de Carlos Barreto
86´- livre em zona frontal, com Bruno Severino a dar para o desmarcado
Miguel Gama que incrivelmente falha o remate na pequena área
88´- Golo 1-1 (Miguel Gama)
90´+1´- remate de António Alves para fora
90´+2´- António Alves foge pela direita e assiste Sandro que falha o remate
em excelente posição
90´+3´- expulsão de Bruno Severino
Nas cabines:
Vítor Nozes (treinador do Eléctrico):
"Foi um resultado certo. Estivemos em vantagem mas o Barreirense mais
com garra, valentia do que com imaginação fez o empate nesta parte
final. Para nós é um orgulho poder jogar com o Barreirense algo que à
alguns anos atrás era impensável.
Como tal não deslustra em nada este empate e se calhar sentimos
demasiadamente o peso do jogo e acabámos por empatar por mérito do
Barreirense."
Paulo Torres (treinador do F.C.Barreirense):
"Penso que a haver um vencedor seríamos nós.
Foi um jogo em que tivemos dificuldade com o piso, mais rápido que o
habitual onde a bola salta muito e sofremos mais um golo contra a
corrente do jogo.
Tentámos controlar os contra-ataques do adversário na 1ªparte e na 2ª,
com a entrada do Miguel. libertámos o Carioca e jogámos com mais
entreajuda e crer e controlámos o jogo, tendo na parte final 3 ou 4
oportunidades flagrantes
para marcar.
Nós queremos vencer todos os jogos mas por vezes não é possível, pois é
uma equipa toda nova mas a única coisa que eu peço é que se tiverem que
protestar com alguém, protestem com o treinador e não com os jogadores
que tem feito um excelente trabalho.
Estou ansioso por dedicar uma vitória à massa associativa e quero desde
já pedir para que encham o estádio no próximo jogo frente ao Imortal.
Sinto-me cada vez mais identificado com este clube e com esta direcção que tem sido espectacular em todos os sentidos."
Fotos do jogo >>>
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