A vitória está próxima
Queremos
começar este comentário por mencionar uma falha que tivemos aquando
dos convocados para este jogo, já que por erro nosso não referimos
que o médio Mauro já havia recebido a documentação proveniente do
seu anterior clube em Espanha, que o impedia de jogar e
assim pôde estrear-se, tanto na convocatória, como no onze de
Valter Costa. O seu a seu dono e vamos ao que interessa: o
jogo.
Foi um desafio onde se pôde constatar que a classificação
do clube à entrada para esta jornada está longe de
mostrar o real valor dos alvi-rubros. Que o diga o clube
alentejano e em particular o seu guarda-redes Nuno Laurentino que foi
a figura do jogo ao defender tudo o que foi possível defender.
Mas vamos por partes. O Barreirense não esperou pelas apresentações
e desde o minuto inicial incutiu um ritmo que os alentejanos não
estavam à espera mas o que é certo é que numa falta à
entrada da área do Lusitano que só o árbitro não viu, foi o
conjunto da casa que se adiantou no marcador num bom lance de
contra-ataque que culminou em Sebastien após passe do nosso bem
conhecido Manuel do Carmo, estavam decorridos 7 minutos de jogo.
A
equipa alvi-rubra como que levou um murro no estômago e demorou a
reagir com cabeça, tronco e membros, mas a verdade é que Valter
Costa não esperou para ver e ao retirar um médio-defensivo
(Sampaio) e colocar mais um avançado (Patrick) tornou os últimos 20
minutos desta etapa inaugural numa aflição para o último
reduto alentejano que não conseguia suster o ímpeto do
Barreirense que aos poucos e poucos demonstra que pode fazer um
campeonato tranquilo quando tiver o plantel todo à sua disposição.
Nelson, lateral-direito do Lusitano viu o 2ºamarelo e
respectiva expulsão a poucos minutos do intervalo e permitiu que a
sua equipa entrasse para o segundo tempo com a tarefa ainda mais
difícil já que tinha que aguentar um pressão que chegou a ser
sufocante por parte dos alvi-rubros que se acentuava cada vez mais à
medida que decorria o desafio.
A jogar a favor do
vento e num relvado em más condições (porque é que o jogo
não foi no campo da Herdade da Silveirinha como no ano
passado?), o empate não aparecia nem mesmo quando Patrick acabara de
ser derrubado em plena grande área e nas "barbas" do
auxiliar Luis Lameiras (lembram-se dele nas Ferreiras, o ano
passado, quando apitou 3!! penaltis contra o Barreirense) mas que
infelizmente desta vez não conseguiu vislumbrar o falta do defesa
alentejano.
Até que chegou o minuto 79, altura em
que Nuno Laurentino perdeu as asas que o acompanhou durante
quase todo o jogo e não conseguiu segurar o excelente cabeceamento
de Júlio que repôs alguma justiça no marcador.
A parte
final do desafio foi muito complicada para a equipa de arbitragem
que, diga-se de passagem, exagerou nos cartões de tal maneira que
quem não tenha visto o jogo pensa que
este desafio tenha sido uma batalha campal. Quem
acabou por sofrer as consequências foi o central André Bandeira que
juntamente a Monzelo e Bravo (este no banco de suplentes) juntaram-se
a Nelson na ficha dos jogadores expulsos. A primeira vitória está
perto, muito perto.
Ficha de jogo:
Campo: Estrela, em Évora
Terreno: em más
condições
Tempo: ventoso
Árbitro: Edgar Gaspar
(Beja)
Lus. Évora: Nuno Laurentino; Nelson, Deane,
Jaime e Rui Ramalho; Monzelo, Vasco, Hélio e Manuel do Carmo
(Mesquita); João Vieira (Luis Curado) e Sebastien (Hugo
Marmeleira)
Cartões vermelhos: Nelson, Monzelo e
Bravo
Golo: Sebastien (7´)
Treinador: Paulo
Sousa
Barreirense: Valter; Rolo, Mário, Bandeira e João
Filipe; Mauro (Fábio Meireles aos 75´), Sampaio (Patrick aos 15´),
Fabinho e Célio (Diogo Almeida ao int.); Reinaldo e Júlio
Não
jogaram: Diogo, Cansado, Guerra e Miguel
Cartões amarelos: Mário e Bandeira(2)
Cartão
vermelho: Bandeira (88´)
Golo: Júlio (79´)
Treinador:
Valter Costa
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