No estádio maldito, o 7º jogo sem
perder
Os heróis de Alcochete deslocaram-se até Silves
para enfrentar o lanterna vermelho do campeonato, naquele que era um
dos mais difíceis jogos da época, tanto pelo adversário, a
precisar urgentemente de pontos, como pelo facto de grande parte da
responsabilidade do desafio pender nos ombros dos alvi-rubros, que
estavam "obrigados" a não perder, feito esse plenamente
conseguido, permitindo aumentar para 7 o número de
jogos consecutivos a pontuar.
Foi, portanto, com o
mesmo onze de domingo passado que o Barreirense subiu ao muito
bem tratado relvado do estádio Dr.Francisco Vieira, um local onde,
curiosamente, nunca conseguimos vencer, pelo menos nos registos que
possuímos.
Numa primeira parte disputada a ritmo
lento, o Barreirense conseguiu estabelecer-se no comando das
operações, especialmente na posse de bola, já que a nível de
oportunidades de golo elas resumiram-se a duas jogadas
individuais do imprevisível Brito, não conseguindo melhor que
rematar ao lado (pouco, por sinal) da baliza do guarda-redes
algarvio.
Se faltou inspiração ofensiva aos alvi-rubros,
sobrou e muito, de organização defensiva, aliás um dos pontos
fortes desta equipa, que não deixou nada para o Silves,
acabando Valter por ter uma tarde tranquila.
No
regresso do intervalo, e já com Bruno no lugar de Célio, o
Barreirense soube manter-se no controlo do jogo ao mesmo tempo que o
ritmo não subia de intensidade. O Silves demonstrava o porquê de
estar no fundo da tabela, nunca se conseguindo soltar no terreno,
enquanto que a equipa de Duka só de vez em quando conseguia
colocar em sobressalto a baliza algarvia.
Não estranhou que
o último quarto de hora fosse a parte mais interessante do desafio,
primeiro por o Silves ter, finalmente, despertado da letargia depois
de conseguir enviar uma bola ao poste direito de Valter que, aos 84
minutos, viu o outro poste (esquerdo), também receber as
intenções do avançado algarvio.
Responderam os
alvi-rubros com uma situação muito polémica na área do Silves
quando um defesa da casa saltou mais alto que Mauro mas ao falhar a
intersecção acabou por tocar com a mão no esférico. O árbitro
mandou jogar.
Pouco depois, Brito voltou à
carga ao protagonizar nova boa oportunidade para colocar a sua equipa
em vantagem mas, na pequena área, o jovem avançado não
conseguiu fazer o desvio fatal.
No última jogada do jogo,
João Filipe marcou, com muita força, um livre, e Mauro quase
conseguia desviar para o golo naquele que foi a derradeira hipótese
de desfazer o nulo.
O 0-0 acaba por justificar-se
embora a haver um vencedor, o Barreirense tenha-se mostrado mais
perto de o conseguir.
Boa arbitragem de Edgar Gaspar, de
Beja.
Ficha do jogo:
Estádio:
Dr. Francisco Vieira, em Silves
Estado do terreno: Em óptimas
condições
Tempo: Muito sol, tarde primaveril
Árbitro: Edgar
Gaspar (A.F.Beja)
O Barreirense alinhou
com:
Valter; Rolo, Mauro, Mário e Cansado; Sampaio, João
Filipe, Célio (Bruno), André Silva (Miguel) e Diogo Almeida
(Júlio); Brito
Não jogaram: Diogo,
Bandeira, Fabinho e Carlitos
Treinador:
Duka
Treinador-Adjunto: Carlos Fernandes
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