David quase derrubava Golias
No regresso ao estádio do Algarve, onde já este ano havíamos vencido o Farense, o resultado acabou por ser o mesmo apenas com a pequena grande diferença de...ser o Louletano a triunfar.
Perante o grande candidato à subida desta série, que não podia contar com Pintinho e Devigor, expulsos em Reguengos, o Barreirense mostrou ao adversário que não estava ali para prestar vassalagem e que se os algarvios queriam sair com os três pontos do jogo teriam que mostrar que eram melhores.
Em equipa que ganha não se mexe e assim foi a politica de Duka ao fazer alinhar a mesma equipa do passado fim-de-semana, dando as despesas do ataque a Júlio, que diga-se de passagem, não tinha pela frente uma tarefa fácil ao encontrar os possantes centrais Nuno Abreu e Idalécio. Mesmo assim, a recente aposta do técnico alvi-rubro voltou a dar os seus frutos quando aos 12 minutos de jogo, o avançado barreirense aproveitou um passe longo para as costas da defesa algarvia e, vendo a hesitação do guarda-redes Bruno Lúcio, não perdoou fazendo o golo inaugural da partida e o seu 4ºtento na temporada.
O Louletano assustou-se, pegou no jogo, empurrou o Barreirense para o seu meio-campo e após uma primeira perdida de Mazinho, isolado, que Valter defendeu com os pés, ao minuto 20, o empate acabou mesmo por surgir Mazinho foi solicitado na direita do seu ataque e escapando-se à defesa alvi-rubra, o ex-Palmeiras, do Brasil, passou por Valter e de pé esquerdo empurrou para a baliza deserta.
O guardião Valter voltaria a estar em evidência em mais uma ou outra situação até ao intervalo, isto perante o maior assédio algarvio que procurava chegar à vantagem no marcador, motivado ainda mais pelo facto do líder Cova da Piedade estar a perder no seu terreno.
A verdade é que o intervalo chegou, com o intuito de poder dar alguma serenidade e clarividência à equipa, mas o certo é que clarividência, ou melhor, falta dela, foi o que teve Mauro que, aos 49 minutos, jogou claramente a bola na sua área com a mão fazendo um penalty desnecessário. A punição foi dupla, tanto pelo 2ºamarelo e respectiva expulsão do central alvi-rubro, como o segundo golo do Louletano que dava a vantagem no marcador, pela primeira vez no jogo, aos algarvios.
Duka reforçou o meio-campo trocando Célio por Fabinho e refrescou o ataque ao colocar Brito no apoio a Júlio, decorria o minuto 55.
Lentamente o Louletano começou a refrear o ânimo, talvez pensando que o mais difícil estava feito, aproveitando o Barreirense para subir no terreno e voltar a incomodar a experiente defesa de Loulé.
Mesmo a jogar em inferioridade numérica, o brio dos barreirenses quase dava resultado mas Brito não aproveitaria a oportunidade de voltar aos golos. Os últimos 20 minutos de jogo foram de ansiedade das gentes algarvias, que não conseguiam sair a jogar e já quase não passavam do seu meio-campo mesmo com mais uma unidade em campo. Nos últimos instantes, o central Mário subiu à área contrária num lance de bola parada e a baliza do Louletano voltou a passar por problemas que quase acabava por dar em empate mas a sorte não quis nada com a equipa nesse lance.
A vitória do Louletano acaba por se justificar mas é de realçar que uma equipa de tostões fez a vida muito negra a uma equipa de "milhões", mostrando o porquê dos últimos resultados.
Boa arbitragem de Hugo Cardoso, de Évora, embora tenha exagerado na amostragem dos cartões amarelos ao Barreirense(8 no total).
Ficha do jogo:
Estádio: Do Algarve
Tempo: Sol e calor
Terreno de jogo: Razoável
Árbitro: Hugo Cardoso (Évora)
Barreirense alinhou com: Valter; Rolo (c), Mauro, Mário e Cansado; Sampaio, João Filipe, Célio (Fabinho aos 55´), Sandro e Diogo Almeida (Brito aos 55´); Júlio (Miguel aos 75´)
Não jogaram: Diogo, André Guerreiro, Bruno e Patrick
Cartão Vermelho: Mauro (49´)
Golo: Júlio (12´)
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Carlos Fernandes
Ao intervalo: 1-1
Final: 2-1
Ler mais...