Não foi bom para ninguém
Por vezes, nas fases decisivas dos campeonatos, as equipas começam bem e acabam de rastos como foi o nosso caso no ano passado, mas o contrário também é verdade, ou seja, há equipas que custam a arrancar mas que terminam em alta. Terá que ser com este pensamento que os homens de Duka terão que enfrentar os 4 jogos que faltam depois de uma partida em falso nas duas primeiras rondas.
Foi um resultado que não agradou nem a gregos, nem a troianos. Ao Silves porque, praticamente, ficou condenado à descida, e ao Barreirense porque ficou mais longe do único lugar que, de certeza, dá a garantia da permanência, o 1º lugar do grupo.
Não foi um jogo que proporcionasse grandes situações para desfazer o nulo, e porquê? Primeiro porque o imenso vento que se fez sentir não ajudou, em nada, ao controlo do esférico, depois porque o facto do piso ser sintético (o Silves mudou o jogo para São Bartolomeu de Messines) condicionou ainda mais esse mesmo domínio da bola, com esta a saltar demasiado. Acrescentou-se o facto de haver mais transpiração que inspiração o que levou a que se lutasse mais do que jogasse.
Mas engane-se quem pense que não houve emoção. O minuto 14 foi mesmo aquele que teve mais perto de quebrar o nulo após uma jogada de ataque bem delineada pelo Barreirense em que Brito rematou com muita força, à entrada da área, com a bola a sair rasteira e a bater com estrondo no poste direito de Diogo Santos, com este completamente batido.
Responderam os algarvios aos 20 minutos na sequência de um pontapé de canto apontado por Nelson Moutinho que o guardião Valter sacudiu muito perto do risco de golo, momento esse que o Silves aproveitou para reclamar que a bola já havia entrado mas onde o árbitro auxiliar, bem colocado, não entendeu dessa maneira.
Mais perigo só quando o central Mauro, subiu à área contrária, também num canto, e não conseguiu desviar para a baliza contrária perdendo óptima chance de colocar o Barreirense na frente do marcador.
Veio a 2ª parte e veio mais do mesmo: jogo repartido a meio-campo e sem grandes desiquilíbrios criados pelos dois ataques. O Barreirense, a jogar contra o vento, ameaçou num livre lateral marcado por Célio que por pouco não via uma das botas barreirenses desviar para o fundo das redes de Diogo Santos, mas a melhor situação da etapa complementar haveria de chegar por intermédio de Patrick num remate forte que viu o guarda-redes algarvio fazer a defesa da tarde.
O Silves não conseguiu aproveitar o factor vento nem o facto dos alvi-rubros terem um central adaptado (Sandro), e só não perderam o jogo porque a bola simplesmente não quis entrar. Foi um lance de muitos ressaltos na área do Silves onde Brito e Patrick só conseguiram acertar uma vez no guarda-redes e as outras duas vezes contra defesas algarvios.
Nota final de destaque para a expulsão de Vitor Quadros por vermelho directo aos 88 minutos (por agressão) num desafio bem controlado pelo juiz de Beja, David Tomé.
Ficha do jogo:
Estádio: Municipal de Messines, em São Bartolomeu de Messines
Tempo: Muito vento
Terreno de jogo: Piso sintético
Árbitro: David Tomé (Beja)
Silves: Diogo Santos; Ricardo Sequeira (depois Luis), Rui Guerreiro, Batalha e João Teodoro; Vitor Quadros, Daniel e Nelson Moutinho; Nuno Vieira, Nelson do Carmo e Nelson Peres (c)
Não jogaram: João Correia, Nilton, João Duran, Joãozinho, Micha e Bruno Lança
Treinador: Calú
Cartões Amarelos: Ricardo Sequeira (47´), Batalha (88´) e Rui Guerreiro (90´+2´)
Cartão Vermelho: Vitor Quadros (directo aos 88´)
Barreirense: Valter; Rolo (c), Mauro, Sandro e Cansado; Sampaio, João Filipe e Célio (Patrick aos 65´); Diogo Almeida, Júlio (André Silva aos 75´) e Brito
Não jogaram: Diogo, Fabinho, João Barata, Filipe Muendo e Miguel
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Carlos Fernandes
Cartões Amarelos: Diogo Almeida (31´), Sampaio (64´) e João Filipe (90´+4´)
Ao intervalo: 0-0
Final: 0-0
Ler mais...