Bis de Varela na subida ao 3ºlugar
Dez jogos sem derrotas é o pecúlio do F.C.Barreirense nesta fase da prova, uma equipa forte no aspecto táctico, difícil de ser ultrapassada no aspecto defensivo e muito eficaz no aspecto ofensivo. Torna-se difícil imaginar onde estaria esta equipa, com um ou outro retoque no plantel, a jogar e a treinar num campo próprio sem ter que andar com a casa ás costas...
Neste desafio na Trafaria, o jogo até nem começou muito bem para os homens do castigado Duka (foi o adjunto João Renato que orientou a equipa), primeiro porque Amadeu falhou a primeira ocasião de golo clara, aos 15 minutos, num cabeceamento que passou ao lado e depois porque, dois minutos depois, a equipa da casa colocou-se em vantagem num ressalto de bola que foi ter com o avançado Catota e este não perdoou na cara de José Carlos.
A pouca reacção do Barreirense esbarrou, ao minuto 29, nas mãos do guarda-redes Castro num remate de Varela, pouco pecúlio para uma equipa que durante a primeira parte se mostrou apática e sem incomodar, verdadeiramente, o último reduto contrário, embora o mesmo se possa dizer do Trafaria que, no entanto, soube aproveitar a única bola na área que teve.
Reviravolta, Varela, pressão caseira e...arbitragem para esquecer
A 2ªparte não teve nada a haver com a primeira, muito por culpa do Barreirense que tinha de correr atrás do prejuízo e, como tal, o jogo teve que abrir e ser mais movimentado.
Logo aos 47 minutos, surgiu o golo do empate num lance polémico: Sérgio Canas (acabadinho de entrar) aproveitou uma bola perdida na área para rematar ao poste, na recarga a bola sobra para Cláudio que a empurrou para o fundo da baliza mas ao mesmo tempo acabou por lesionar o guarda-redes Castro na testa acabando por fazer um golpe profundo. Golo irregular, segundo nos parece, embora o jogador barreirense não tenha sido maldoso. Apenas tentou jogar a bola mas acabou por lesionar Castro.
Do lado contrário, Catota era o mais irrequieto e pelo flanco direito abriu espaço mas a defesa barreirense foi mais rápida e cortou para canto. No seguimento do mesmo, o capitão André falhou por pouco ao minuto 57.
O jogo estava mais dividido e após um lançamento linha lateral de Miguel Gomes, Varela aproveitou para rematar, na área, para uma defesa de Castro, na recarga, André Silva viu o seu remate sair desviado para canto. Na sequência, o esférico voltou aos pés de Varela que, desta vez, não perdoou fazendo a cambalhota no marcador, aos 61 minutos.
O Trafaria teve que tentar fazer o que os alvi-rubros já haviam feito: correr atrás do resultado. Começou-se a jogar mais no meio-campo barreirense e Gonçalo, três minutos depois do golo sofrido, quase repunha a igualdade mas o seu disparo passou sobre a barra após muitos ressaltos na grande área.
Voltou a aparecer Catota, aos 74 minutos, após erro da defesa barreirense, fazendo brilhar o guardião José Carlos que defendeu para canto. Catota que pouco depois e já com cartão amarelo, tenta enganar o guarda-redes jogando a bola com a mão mas o árbitro não lhe mostrou o respectivo 2ºamarelo, algo que aconteceu só mais tarde (aos 83´) numa entrada a matar.
A jogar com mais uma unidade e a vencer pensou-se que as coisas estavam resolvidas, puro engano. O Trafaria acreditou e Pele ainda foi a tempo de enviar uma bola ao poste.
Começou a surgir o chuveirinho para a área barreirense e a coisa esteve tremida: Gonçalo rematou rente à barra e na sequência do canto, o esférico voltou a tocar, ao de leve na barra.
No entanto, este adiantamento provocou enormes buracos no que restava da defesa caseira e num contra-ataque conduzido por Pedro Pereira, a bola foi direccionada para Amadeu que correu meio-campo com a bola e deu para o lado onde Varela só teve que encostar para o 1-3, já nos descontos. Varela só não chegou ao hat-trick porque a bola não quis entrar: contra-ataque a papel químico do golo anterior mas desta vez a bola foi bater no poste esquerdo de Castro.
Na última jogada do desafio, Rossano é carregado em falta, leva um "apertão" de um jogador do Trafaria e...surpresa das surpresas: é Rossano que vê o 2ºamarelo e é expulso. Pela agressão que fez, o jogador que a praticou nem amarelo viu...
Para terminar a enxurrada de asneiras, e já depois do jogo ter terminado, o capitão David Martins foi perguntar o porquê da expulsão do companheiro de modo educado aliás como todos nós conhecemos que é o modo de falar do capitão barreirense mas eis que nova surpresa: vermelho directo para David Martins...Sem comentários.
Já se tinha visto a autoridade deste árbitro quando, aos 7 minutos, ameaçou João Nuno com um palavreado pouco correcto para um árbitro mas também não podíamos esperar mais de uma equipa de arbitragem que nos apitou no Paio Pires-Barreirense para os quartos-de-final da Taça e que nos empurrou para fora da mesma. O defesa-central Gilberto deve-se ter benzido várias vezes antes de ter entrado em campo...
Ficha do jogo:
Campo: Pepita, na Trafaria
Piso: Sintético
Árbitro: João Marques
Tempo: Muito Sol
Trafaria: Castro; Varela, Roque, André (c), Pele (Conceição aos 90´+1´), Gonçalo, Catota, Bala (Rui aos 64´), Austrelino, Guerreiro (Tiago aos 80´) e Mareco
Não jogaram: Miguel, Eduardo e Fernando
Treinador: Matias
Cartões Amarelos: Bala (46´), André (48´), Catota (65´e 83´) e Roque (68´)
Cartão Vermelho: Catota (83´)
Golo: Catota (17´)
Barreirense: José Carlos; Miguel Gomes, David Martins (c), Gilberto e Rossano; Jorge Palma (Nuno Sampaio ao int.), João Nuno (Sérgio Canas ao int.) e Cláudio; André Silva (Pedro Pereira aos 80´), Varela e Amadeu
Não jogaram: Diogo e António Bachir (júnior)
Treinador: João Renato
Cartões Amarelos: João Nuno (7´), Cláudio (42´), Rossano (87´e 90´+9´) e David Martins (90´+2´)
Cartões Vermelhos: Rossano (90´+9´) e David Martins (depois do jogo ter terminado)
Golos: Cláudio (47´), Varela (61´e 90´+5´)
Ao intervalo: 1-0
No final: 1-3
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