UMA ESPERANÇA QUE NÃO FINDA, UMA FÉ QUE TUDO VENCE, UM VALOR MAIS ALTO AINDA, UM SÓ NOME: BARREIRENSE
Se vamos tentar arranjar palavras para descrever o que nos vai na alma, isso torna-se impossível pois hoje assistimos a um turbilhão de emoções que jamais irá desaparecer da memória de todos aqueles que foram a Sintra.
O Barreirense partia para a derradeira jornada a depender do resultado de terceiros, o que nunca é bom, e ainda tinha que derrotar no seu campo uma equipa do Sintrense, que diga-se, foi uma das melhores deste campeonato desde o início da temporada.
Mas aí, veio ao de cima o carácter desta equipa barreirense que teve que fazer, e bem, o seu trabalho, vencendo o jogo e mostrando a todo o mundo a sua qualidade e que "apenas" dependia de um deslize do seu rival, o que viria a acontecer.
Cedo se viu que a equipa de Duka estava em Sintra para impor a sua vontade e após um quarto-de-hora inicial de algum equilíbrio, o Barreirense começou a chegar com perigo ao último reduto do Sintrense, tendo chegado ao golo à passagem do minuto 23, num remate de cabeça, muito colocado, de Vasco Firmino, após cruzamento da direita de David Pinto.
Mas a equipa não ficou satisfeita com a vantagem no marcador e tentou arrumar de vez, o seu assunto, que quase o conseguia quando Amadeu atirou ao poste após livre cobrado por Bailão, aos 32 minutos.
O Barreirense jogava de uma forma prática, organizada, controlando sempre os acontecimentos e não dando muitos espaços ao adversário para fazer o seu jogo.
Ao intervalo, o resultado até pecava por escasso.
No reatamento, as equipas trouxeram o mesmo onze e a bitola do jogo manteve-se com o Barreirense a ter nova grande chance para ampliar a vantagem aos 55 minutos: Bailão esgueirou-se pela esquerda e foi agarrado pelo defesa sintrense em plena grande área. Penalty para Vasco Campos cobrar e...falhar. Podia ter sido o golpe final no jogo até porque a partir desse momento, o técnico Baltazar, do Sintrense, coloca Cacito e Carlitos em campo o que veio mexer com a partida.
Apesar disso, e do maior ímpeto atacante do Sintrense, o guardião José Carlos não teve praticamente nenhum trabalho sendo mesmo Nuno Dias a dispor de mais uma flagrante ocasião num cabeceamento que não levou a melhor direcção.
O jogo terminava e no relvado os jogadores aguardavam com grande ansiedade o desfecho do outro jogo. Após alguns minutos de espera a boa noticia chegava do Lavradio com o empate entre Fabril e Sacavenense a permitir o início da festa alvi-rubra, algo que ficará, para sempre gravado na nossa memória.
Obrigado equipa, vocês são únicos...
Ficha do Jogo:
Campo: do Sport União Sintrense, na Portela de Sintra
Piso: Relvado Natural
Árbitro: Luis Godinho (Évora)
Árbitros Auxiliares: Norberto e Paulo Gaudêncio
Tempo: Sol
Sintrense: Rafael Marques; Marco Barroso, Wilson Silva, Pedro Marques, José Pedro, Sandro, Rui Barroso, Ighor Furtado, Ricardo Feijó, Emanuel (c) e Tiago Figueiredo
Jogaram ainda: Cacito, Carlitos e Delgado
Treinador: Bruno Baltazar
Treinador-Adjunto: Paulo Vieira
Barreirense: José Carlos; Miguel Gomes, Bruno Costa, Valter, Bailão, David Martins (c), João Nuno, Vasco Campos, David Pinto, Vasco Firmino e Amadeu
Jogaram ainda: Ivan Tavares, Dieb e Nuno Dias
Não jogaram: Daniel Vital; André Cansado, João Pais e Daniel Lourenço
Golo: Vasco Firmino (23´)
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: João Renato
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