De regresso ao inferno
Depois de dois milagres seguidos, à terceira foi mesmo de vez, o mesmo é dizer que o Barreirense está de regresso ao "inferno" do Distrital.
E não há que contestar a justeza do vencedor neste Play-Off numa eliminatória que ficou marcada claramente pelos primeiros 45 minutos do jogo de Chaves, período no qual foram apontados os dois golos desse desafio e onde os alvi-rubros "não estiveram" em campo.
Sabendo que a tarefa iria ser difícil mas possível, correr atrás do prejuízo dificilmente trás bons resultados nos dias de hoje, exceção quando existe qualidade e atitude suficiente numa equipa.
Hoje não temos nada a apontar aos nossos jogadores, antes pelo contrário, pois foram bravos e entregaram-se de corpo e alma à partida. Só foi pena que o mesmo não tenha sucedido noutros jogos durante a época, o que nos colocaram nesta situação.
Seria importante marcar cedo e a verdade é que aos 40 segundos de jogo, o Barreirense tem a primeira grande hipótese para marcar num remate de André Cansado que o guarda-redes segurou. Não foi nesse momento, podia ter sido aos 23 minutos num canto onde Bruno Costa desviou ao 1º poste e a bola não entrou porque não tocou em ninguém.
Podia ter sido dois minutos mais tarde quando Bailão apareceu desmarcado a tentar o chapéu ao guarda-redes mas a bola subiu mais do que devia. Podia... mas não foi, e o adversário começou a acreditar que também podia criar problemas a José Carlos que o diga Fall (42´), defesa do guardião barreirense, e Álvaro (45´) livre a passar perto do poste esquerdo.
Pelo meio, a jogada mais bonita do jogo, num remate de bicicleta de Rúben Guerreiro, que passou muito perto do poste.
Os nervos iam aumentando à medida que o tempo passava e o golo não aparecia. Ao minuto 50, Pedro Duarte cruza, a bola vai à barra e na recarga Carlos André chuta contra um defesa visitante.
A jogar com dois ponta-de-lanças fixos, o Barreirense podia ter chegado à vantagem no único erro do árbitro quando ao minuto 60, Meira joga a bola com a mão na sua área e...só não viu quem não quis ver.
Sem capacidade para construir jogo com qualidade suficiente para entrar na área, os alvi-rubros apostavam cada vez mais no futebol directo mas o esforço colocado na procura do golo permitia cada vez mais saídas para o ataque por parte dos forasteiros Hugo e Fall, jogadores muito móveis que tinham cada vez mais espaço em contra-ataque e num desses momentos, Meira chamou a si 4 jogadores barreirenses e tocou para Hugo que derivou para o centro e rematou sem hipótese para José Carlos.
A eliminatória estava perdida e nem Amadeu conseguiu voltar aos golos nas duas situações que teve para tal (80´ e 88´).
Ficha de Jogo:
Campo: Verderena
Piso: Sintético
Árbitro: João Pinto (Lisboa)
Árbitro Auxiliares: André Dias e Pedro Malheiro
Tempo: Sol com algum vento
Barreirense: José Carlos; Carlos André, Bruno Costa (c), Fábio Fragoso, André Cansado, Crisanto, Pedro Duarte, Bruno Cruz, Bailão, Rúben Guerreiro e Amadeu
Suplentes: Kevin; Rúben Casimiro, Miguel Gomes, João Nuno, Gonçalo Ventura, Canina e Daniel Lourenço
Cartões Amarelos: Bruno Cruz (44´), Carlos André (48´), Bruno Costa (60´) e Amadeu (74´)
Substituições: Bruno Cruz por João Nuno (52´), Bailão por Canina (69´) e Fábio Fragoso por Rúben Casimiro (74´)
Golos: -
Treinador: Ricardo Monsanto
Pedras Salgada: Rafa; Dani (c), Fall, Ramalho, Hugo, Malam, Meira, Álvaro, Seidi, Tiago Mourão e Daniel
Suplentes: Ousmane; Pedrito, Latyr, Gabi, Eloy, Roxo e Guillaume
Cartões Amarelos: Seidi (57´), Hugo (70´), Rafa (86´) e Fall (89)
Substituições: Hugo por Guillaume (80´), Fall por Eloy (89´) e Meira por Gabi (90´+2´)
Golo: Hugo (70´)
Treinador: Carlos Guerra
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