Duas águas das pedras só aumentam a azia
Começou a semana de nervos e de stress do Play-Out de Manutenção do CNS, e da pior maneira para as nossas cores, pois a derrota por 0-2, coloca uma pressão extra, difícil de ser ultrapassada no jogo do próximo domingo em casa, isto se voltarmos a assistir a algo parecido ao que foram os primeiros 45 minutos deste jogo no Municipal de Chaves, num relvado digno dos mais bonitos e bem tratados de que temos visto.
De facto, torna-se difícil compreender que um clube com 103 anos de história, como o F.C.Barreirense, e com todo um passado enorme atrás de si, tenha vindo a Chaves passear as suas camisolas desrespeitando todos os sócios e simpatizantes que tiveram que fazer mais de 12 horas de autocarro (quase 1000km), e para muitos deles tendo que faltar ao trabalho no dia seguinte. Tudo isto na esperança de ver, pelo menos um Barreirense que nos desse uma imagem totalmente diferente daqueles primeiros 45 minutos. Por vezes, dava a ideia de que se estaria a fazer um frete e de que correr seria só para alguns, os habituais, aqueles que verdadeiramente sentem a nossa camisola.
Tudo isto com a conivência de quem teria maior responsabilidade em dirigir a equipa pois tudo a que se assistia em pleno relvado dava ideia que corria sobre rodas. Um adepto da equipa da casa dizia-nos mesmo, que o Pedras Salgadas "não joga nada" e perguntava-nos "se a nossa equipa estava mesmo em campo..."
Traduzido por miúdos o que foi o jogo, mesmo numa 1ª parte horrível, foi mesmo o Barreirense a ter a primeira grande oportunidade no jogo (14´) quando Amadeu aproveitou uma falha dos centrais, isolou-se e rematou para uma boa defesa de Rafa.
A partir desse momento, o Barreirense deixou de jogar, defendeu com os olhos e deu o que o adversário queria: espaço. Quando se está na expectativa, quando não se marca nada, nem ninguém, começam a surgir as situações de finalização para o adversário, que apesar de não terem sido em grande número, souberam aproveitar as duas mais flagrantes, a primeira após um cruzamento em que a bola foi desviada pela defesa barreirense e foi parar aos pés de Hugo, que só teve que rematar para onde queria (34´) e seis minutos depois, Fall aproveitou um contra-ataque para fazer o segundo golo da equipa.
Apesar de uma atitude totalmente diferente para a 2ª parte, Meira (55´) e Hugo (60´) voltaram a ter espaço para criarem mais dois calafrios para a baliza barreirense mas José Carlos foi grande e negou a hipótese do 3-0.
Respondeu Bruno Cruz (63´) num canto, em que um desvio de cabeça, levou a bola a beijar à barra.
Correndo todos os riscos, a equipa continuou muito subida e a procurar as laterais para atacar, zona do terreno onde o Pedras Salgadas dava imenso espaço para os cruzamentos para a sua área, mas Amadeu esteve sempre bem vigiado e poucas hipóteses teve para marcar.
Em contra-ataque, o Pedras Salgadas teve mais 3 oportunidades nos minutos finais, que não soube aproveitar (88´, 90´+2 e 90´+3), a primeira delas com a bola a ir ao poste num remate de trivela de Pedrito.
Segundo os regulamentos, resta ao Barreirense ganhar por 2 golos de diferença (em caso de empate os golos fora não contam) e, neste caso, realiza-se um 3º jogo em campo neutro, ou ganha por 3 ou mais golos e garante a manutenção. Caso só vença por um golo, empata ou perca, descerá aos Distritais.
Depois do desastre da 1ª parte neste jogo, resta-nos fazer a melhor exibição da temporada e com o apoio dos sócios e simpatizantes acreditamos ser possível a manutenção.
Ficha de Jogo:
Campo: Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves
Piso: Relvado Natural
Árbitro: Pedro Campos (Porto)
Árbitro Auxiliares: Renato Barqueira e Bruno Ferreira
Tempo: Sol e calor
Pedras Salgada: Rafa; Dani (c), Fall, Ramalho, Hugo, Malam, Meira, Álvaro, Seidi, Tiago Mourão e Daniel
Suplentes: Ousmane; Pedrito, Latyr, Gabi, Eloy, Roxo e Guillaume
Cartões Amarelos: -
Substituições: Meira por Latyr (66´), Hugo por Pedrito (72´) e Seidi por Gabi (84´)
Golos: Hugo (34´) e Fall (40´)
Treinador: Carlos Guerra
Barreirense: José Carlos; Carlos André, Bruno Costa (c), Fábio Fragoso, André Cansado, Crisanto, Pedro Duarte, Bruno Cruz, Miguel Gomes, Rúben Guerreiro e Amadeu
Suplentes: Daniel Vital; Valter, Rúben Casimiro, João Nuno, Gonçalo Ventura, Canina e Daniel Lourenço
Cartões Amarelos: Pedro Duarte (31´) e Amadeu (80´)
Substituições: Miguel Gomes por Daniel Lourenço (ao int.), Rúben Guerreiro por João Nuno (69´) e Bruno Cruz por Gonçalo Ventura (87´)
Golos: -
Treinador: Ricardo Monsanto
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