O novo treinador do Barreirense não tem a tarefa facilitada, uma vez que as outras equipas da Liga têm orçamentos mais elevados. O Barreirense tem tido sempre o cuidado de fazer boas escolhas, mas dentro das limitações orçamentais, pois espera pelo mês de Setembro para fazer as contratações de estrangeiros, pois são mais baratos.
Diário Barreiro: O que o levou a aceitar o convite do Barreirense?
Mário Gomes: Antes de mais a minha ambição pessoal é ser treinador de basquetebol. Há trinta anos quando fiz o curso de treinadores, o meu objectivo era ser treinador profissional, infelizmente não tem havido condições, ao longo destes anos todos, para em fazer isso em exclusividade. Quando apareceu o convite do Barreirense, as pessoas com quem conversei sobre isso falaram-me na componente de risco de vir a treinar a equipa do Barreirense. Mas para mim, por ser o clube que é e com as características que tem e por ter a filosofia que tem, que consta em sustentar a equipa profissional com jovens oriundos da formação, e todos estes factores fizeram com que chegássemos a um acordo.
DB: Qual a componente de risco de estar no Barreirense?
M.G.: A componente de risco, como é evidente, é o facto do Barreirense ter um dos orçamentos mais baixos da Liga, talvez o mais limitado de todos, mas não sei exactamente o dos outros clubes.
O meu papel é procurar que o clube possa ter o máximo de meios ao dispor de quem trabalha no clube. Temos limitações no recrutamento de jogadores, a equipa é muito jovem e inexperiente, os jogadores mais experientes não estão ao nosso alcance, todo esse conjunto de razões faz com que haja um certo risco, há riscos em outros clubes, mas para mim é dos mais aliciantes.
DB: Os jovens que o Barreirense tem, em que alguns jogadores estiveram nas selecções, dão alguma garantia?
M.G.: O compromisso com o clube é respeitar a sua filosofia e trabalhar com os jogadores no dia-a-dia, tenho trabalhado com jogadores nos diversos escalões etários, quer no trabalho de ajuda à formação dos treinadores do clube, para que o Barreirense possa sustentar-se e ser cada vez mais competitivo ao mais alto nível nacional, mas respeitando a sua vocação, que é ser um clube de formação e ter espaço na sua equipa profissional de jovens oriundos das equipas da sua formação.
DB: Este plantel no entanto tem alguns jogadores estrangeiros.
M.G.: :
Só saíram os jogadores que quiseram sair, foram procurar o seu futuro
noutros clubes, nomeadamente em clubes da Proliga. Os outros jogadores
continuaram e surgiu a hipótese de contratar um jogador experiente, que
é o caso do Luís Machado. Quanto aos estrangeiros, temos muito cuidado
em escolher, pois escolhemos para a equipa jogadores bem formados e que
possam ser uma ajuda para os jovens, e não uma fonte de problemas como
sucede muitas vezes.
In "www.diariodobarreiro.pt"
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