BARREIRENSE DERROTA CANDIDATO BENFICA
Mais alma, garra e atitude. Estes foram os principais pressupostos que sustentaram o justíssimo triunfo (82-73) do Barreirense sobre o candidato Benfica, em partida da 12ª jornada da Liga. Mesmo privada do base Diogo Carreira (padece de uma forte entorse) e sem poder utilizar o australiano Axel Dench na 2ª parte - sofreu uma rotura na perna após ter sido o jogador mais valioso do conjunto na primeira metade - a formação do Barreiro esticou a corda até ao limite, apelando aos jovens jogadores do seu plantel.
E foi com a entrada do base António Pires, de apenas 18 anos, que o Barreirense impôs o seu maior colectivismo. Pires ofuscou por completo o base rival benfiquista Michael Nurse, que voltou a pecar por excesso de individualismo - como se pode comprovar pela sua péssima percentagem de triplos (16%), ou seja, apenas anotou dois em 12 tentativas -, forçando imensos lançamentos quando tinha companheiros em melhor posição para o "tiro".
De facto, parece redutor analisar o encontro à luz das actuações de Pires e Nurse. Mas o papel dos dois bases foi determinante para o desfecho, com o jovem do Barreirense a roubar bolas e a provocar "turnovers" ao norte-americano na altura crucial do jogo.
Apatia encarnada
Detentor de um dos mais valiosos plantéis da Liga, o Benfica continua a revelar uma apatia preocupante na maioria dos embates. Quando a pressão dos adversários aumenta, as águias resvalam quase sempre e acabam por ceder diante de equipas com menos recursos, como foi ontem o caso do Barreirense. O técnico Norberto Alves tem muito trabalho pela frente para alterar a atitude dos seus pupilos dentro do campo. Um caso evidente é a irregularidade patenteada por Maleye N'Doye, senegalês, que tarda em ser o extremo que o Benfica necessita, apesar de todo o potencial revelado.
Destaque, no Barreirense, para a combatividade e qualidade reveladas pelo extremo João Gomes e para o americano Steffon Bradford.
In "Record Online"
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