Em todo o lado onde está uma equipa de Futebol ou de Basquetebol do Futebol Clube Barreirense, lá estão eles: os adeptos.
Ultras
Os jovens espectadores mais entusiastas juntaram-se e formaram ume claque organizada, baptizaram-na de Brigada Relote e depois, à medida que ultrapassaram o seu pequeno espaço numa das alas do Campo Manuel de Melo e passaram a ter núcleos na Baixa da Banheira, Lavradio, Santo André e outros sítios, redenominaram-se como Ultra-Brigada Relote.
São perto de cinquenta os efectivos desta claque, que conta sempre com a companhia de outros, às vezes muitos mais, conforme as prestações das equipas tornam os desafios mais ou menos aliciantes para o espectador. Eles incentivam as equipas e transformam o público numa espécie de jogador adicional que muitas vezes faz a diferença entre uma vitória moral e uma vitória real.
Somos bem vistos em todo a lado
O líder da nossa Brigada Relote, Rui Barrenho, também conhecido por Tété, falou-nos sobre esta claque e sobre as suas actividades, afirmando que "somos bem vistos em todo o lado onde vamos, só somos mal vistos por alguns sócios e funcionários aqui do clube, não entendemos porquê." Apesar da conotação algo negativa que as claques têm no nosso país, estes jovens do Barreiro têm sabido ser diferentes e são reconhecidos em todo o lado onde vão como uma claque ordeira.
Afirmam que quando se deslocam e qualquer parte vão conviver com as pessoas, conhecer as cidades, outros costumes e outros modos de ser e de estar. Há até uma história, passada em Barcelos, bem reveladora do apreço que os adeptos de outros clubes têm por estes do nosso Barreirense, dizem-nos que chegados à colectividade do Gil Vicente houve até um bar aberto destinado à Brigada Relote, um dos dirigentes desse clube afirmou: "uma claque como vocês é das poucas que aqui aparecem."
Casaste com o Barreirense ou casaste comigo?
A Brigada Relote existe de forma organizada faz precisamente um ano e tem uma estrutura assente no autofinanciamento. Cada sócio paga uma quota de cinco euros, pelo que tem acesso a todos os jogos da equipa em casa. O financiamento dos materiais que são necessários ao funcionamento da claque, como sejam tambores, tochas de fumo ou até uma das maiores camisolas para enfeitar a bancada, que existem no país, é garantido pelo recurso a patrocinadores que se identificam com o espírito da claque.
Depois da experiência organizativa que têm tido, há até pessoas na Brigada que aspiram a médio prazo a ocupar outros cargos no clube.
Quando questionado relativamente à inexistência de membros da claque nas Assembleias Gerais do clube, Rui Barrenho afirmou que "nem sempre é possível levar o pessoal às Assembleias Gerais porque há muitos que trabalham de noite, são casados e têm os filhos em casa. Chega ao fim de semana e vêm apoiar o clube para o futebol ou para o basquetebol, portanto o tempo torna-se um bocado limitado para essa vida. Chega a certo ponto e as mulheres perguntam: Então? Espera aí! Casaste com o Barreirense ou casaste comigo?
In Jornal "O Barreirense"
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