Ainda noite cerrada, lá começámos a romaria no "duplo-turbo-bus" a bom ritmo, que isto de palmilhar 1000kms num dia é obra, e a primeira paragem do dia surgiu na Mealhada, onde se pôde tomar o café e por a leitura em dia. A viagem seguiu animada com cânticos camarros a boa e sonora voz rumo a norte, onde momentos mais tarde, agora na Trofa, parámos para abastecimento do nosso "bus".
Ainda a subida a sério não vinha aí (A7) quando "para variar" nos perdemos e quase que íamos às compras ao LIDL de uma maneira não muito agradável... mas tudo se resolveu... e lá encontrámos de novo o rumo certo. Os agradecimentos ao gentil corredor que nos ajudou, ele a esta hora já deve ser adepto do Barreirense.
Dia de sol, muito calor no autocarro, e depois de uns loooongos minutos sempre a subir, eis que somos chegados a Oura por volta do meio-dia, onde nos esperava o "roulloteiro" Zé Manel, que nos serviu uma bela "refeição levezinha", bem regada por "água da nascente", e em que a confraternização entre adeptos foi visível.
Uma hora depois, seguimos até ao nosso destino (Chaves) e por entre atalhos e descidas vertiginosas numa Estrada sinuosa, lá chegámos cerca de hora e meia antes do jogo.
O "Stadium", café situado junto ao campo, foi invadido pelos barreirenses, que faziam a festa alvi-rubra ecoar pelas paredes e não só. "Estamos em último e já é este "chavascal", imaginem se estivéssemos em primeiro", comentava-se.
Chegava a altura do jogo e os adeptos flavienses faziam-se notar em grande número, situação lógica devido a excelente 2ª volta que estão a fazer. São o "Covilhã" da 2ª metade do campeonato.
Sobre o jogo já foi tudo dito, apenas dizer que o Barreirense teve meia hora de bom nível, após ter sofrido o golo, marcou um e teve algumas situações perigosas, mas num jogo de 90 minutos, isso não chega, e depois do 2-1, no início da 2ª parte, a equipa desapareceu, bem como alguns adeptos... Outros "apagaram" mas por outros motivos.
Depois de mais uma derrota, a moral das tropas não podia ser a melhor, como é óbvio, e o início da viagem de regresso, depois de mais uma "petiscada", não correu lá muito bem, com os ânimos a ficarem exaltados, mas que após algum tempo voltaram à normalidade.
Caía a noite e lá fomos descendo até ao Barreiro, com três paragens pelo meio, entre relatos de futebol, "broas adormecidas", corpos cansados e ensonados, karaoke madeirense super desafinado (onde é que se desliga?!?), ambiente "enevoado" e algumas "ressonâncias". Desesperava-se pela chegada...
Já passava da uma, e 20 longas horas depois chegámos ao estádio do nosso clube, que saudades, pensei. A desilusão era mais que muita, mas o amor ao clube supera tudo. Daqui a 15 dias a "odisseia" continua.
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