O diário do adepto regressa para contar mais uma aventura barreirense por esse país fora. Desta vez o destino foi Cinfães, uma vila portuguesa localizada na sub-região do Tâmega e Sousa a 400 km do Barreiro, ou seja, “bué da longe”.
Ao contrário do que é habitual fizemos estágio, ou seja, aproveitámos o fim-de-semana e fomos de véspera. Agora sem o duplo-turbo-bus que nos acompanhou tantas vezes por esse alcatrão fora, levámos dois carros e 6 fervorosos adeptos na esperança de passar um fim-de-semana em cheio e com uma vitória da nossa equipa.
Arrancámos às 10 e pouco e com paragem em Coimbra para o almoço. Sempre com o bom tempo presente a chegada a Viseu, local eleito para o nossa estadia, aconteceu por volta das 16h30. Aí chegados a turma dividiu-se ao meio, sendo que enquanto uns aproveitaram para dar um passeio pela cidade, outros preferiram as águas quentinhas da Piscina interior do Hotel… ui que espetáculo. Soube bem a pouco...
Por volta das 19h30 combinou-se a reunião para o jantar e que jantar pois há muito que não comia tanto por tão pouco. Obrigado ao Lanxeirão, em Viseu, pois presenteou-nos com um repasto digno dos reis. Quanto pagámos a conta pensávamos que o jantar tinha sido à borla. O pior foi depois para dormir pois com a barriga a rebentar pelas costuras não foi fácil...
No dia seguinte acordámos cedo e frescos que nem uma alface e dispostos a percorrer os 70km que nos separava de Cinfães. Assim que nos pusemos à estrada veio a pior parte e ficou à vista toda a catástrofe que assolou o norte do país a nível de incêndios. Ver ao vivo é algo que impressiona qualquer um acompanhado por um cheiro intenso a mato ardido. É assustador e desolador...
Nas curvas e contra-curvas da estrada viseense fizemos os últimos quilómetros e chegámos a Cinfães por volta das 11h e a tempo de dar uma voltinha pela vila. Encontrámos um amiguinho de 4 patas que nos deu as boas vindas e, com o restaurante reservado, fomos bem recebidos e servidos pelo dono do mesmo que ainda foi a tempo de nos contar como foram os últimos dias por aquelas bandas.
Estava na hora do prato principal: o jogo. Lá chegados já estávamos rodeados pela claque barreirense que sempre marca presença e que voltou a dar show na bancada mesmo sem tambores ou outros artefatos que a policia não permitiu.
Do jogo já se falou tudo o que se tinha a falar, e com o fato de a partida ter ido para prolongamento, já só pensámos nos 400 km que tínhamos pela frente até chegar a casa.
Após ordem policial os adeptos barreirense puderam sair do estádio e sair em direção ao Barreiro. No entanto, quando íamos nas curvas e mais curvas à saída de Cinfães apanhámos uma caravana de veículos dos Bombeiros que regressavam a casa depois de mais uma sessão de incêndios na zona. Foram quase 10 km em fila indiana e a 20 à hora… Quando estávamos a chegar à entrada da autoestrada a caravana de camiões dos Bombeiros pararam todos à nossa frente e dizem-nos que temos que esperar pois no cruzamento mesmo à nossa frente tinha havido um acidente com três viaturas que bloqueou o acesso à autoestrada. Só faltava mais esta...
Após um bom quarto-de-hora à espera, valeu-nos que alguém referiu que podíamos seguir em direção a Castro Daire e depois fazer inversão de marcha até à autoestrada e assim foi. Depois de uma paragem em Pombal para um jantar ligeiro - caro como o catano - e chegámos ao Barreiro já passava das 23h, cansados e agradecidos por termos acompanhado o nosso clube em mais uma deslocação.
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