Sexta-Feira, dia 21 de Fevereiro, 2h30 da manhã, o despertador tocou mas não valia a pena ter tocado pois nem deu para dormir nessa noite tal era a excitação de mais uma viagem aos Açores para acompanhar o nosso Barreirense, mesmo estando nos confins da tabela classificativa.
A rambóia seria grande, pois desta vez, juntavam-se 11 valentes no Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa para apanhar o voo das 6h da manhã rumo a Ponta Delgada.
Partida rumo aos Açores a tempo e horas bem diferente da última viagem que tínhamos feito à ilha Terceira onde estivemos 10 horas à espera de avião devido ao mau tempo.
Com o sol a romper, lá seguimos no nosso A320neo cheio que nem um ovo, se bem que com uma "estrada" bem esburacada que durou quase as 2h30 de viagem. A sensação de estar dentro de uma máquina de lavar roupa deve ser semelhante, pois até as coitadas das "Aeromoças" nem conseguiram servir o snack nas melhores condições. Felizmente correu tudo bem e aterrámos sem problemas.
Altura de ir buscar as 2 novas viaturas para podermos explorar as belezas da ilha, mas sem espaço de bagagem nos carros tivemos de nos dirigir ao Hotel para deixarmos o material e assim começar o nosso roteiro de 3 dias.
Com o habitual vento açoriano e muitas vacas pelo caminho atingimos logo no primeiro dia o ponto alto da jornada, quando visitámos o Miradouro da Boca do Inferno que para mim foi a vista mais bonita de uma paisagem que eu vi até hoje. Não foi fácil lá chegar mas valeu o esforço.
As sete cidades foram o nosso roteiro do primeiro dia em que apanhámos bom tempo. Como habitualmente, comeu-se bem nos Açores e depois do almoço tentámos aproveitar ao máximo as vistas que São Miguel nos dá. No entanto, quando chegámos a Ponta Delgada, à zona do nosso hotel, os nossos corpos já davam sinais de desgaste de uma noite pouco ou nada dormida. Alguns optaram por ainda ir à piscina do Hotel e outros optaram mesmo por um ligeiro descanso nas fofas camas que tínhamos à nossa disposição. Era hora da janta e a opção foi o “Ti Xico” mas a coisa não correu muito bem, pois para além de pratos trocados e bifes bem passados, que nem passados estavam, valeu-nos a alegria de ver a chegada de mais 3 barreirenses que se juntaram a nós: a família Camarão que havia acabado de chegar à ilha. Ufa… vamos descansar um pouco que por hoje já chega!!
No 2ºdia acordámos ainda doridos mas motivados por saber que iríamos experimentar o famoso cozido dos Açores, elaborado nas entranhas de uma borbulhante ilha que cada vez tem mais turistas a visitá-la.
Após uma visita à beleza da Caldeira Velha onde as pessoas se amontoam para experimentar os calores das Piscinas Termais e de um dos nossos experimentar a fonte da juventude com sabor a águas férreas… que acabou por não ser muito saboroso, diga-se, estava na hora de experimentar o famoso cozido. Muitos tinham medo do cheiro a enxofre mas a verdade é que o cozido estava divinal e nem sinal do enxofre. Os nossos parabéns ao Restaurante Caldeiras e Vulcões, uma publicidade que merece ser divulgada.
Era preciso desmoer o cosido e aproveitar o pouco tempo disponível. O dia estava mais cinzento que o anterior e algumas das atrações ficaram invisíveis com a névoa que se fazia sentir. Valeu a intenção e deu para fazer a digestão até porque a noite aproximava-se e era hora de irmos ao "berbequim" como foi apelidado por um dos nossos 11 valentes. Depois do fast food, ou seja, depois do Burguer King, mais uma surpresa com a chegada de mais um adepto barreirense a ilha, o que deu para ainda ir beber uns copos ao bar do União Micaelense. No caso pessoal, já não fui porque isto quando se chega aos 50… tudo descai e é verdade. Fui mas é dormir.
O último dia foi aproveitado para explorar a parte mais afastada da ilha nomeadamente o Nordeste, mas com um percalço pelo caminho de um dos nossos valentes, que entretanto, foi rapidamente ultrapassado, estava na hora de irmos à bola e apoiar o nosso Barreirense. Com um dos nossos a fazer o relato para a rádio, sobraram 13 adeptos barreirenses nas bancadas, que contra o forte vento que se fazia sentir deram o seu apoio à equipa. O jogo, por incrível que pareça, caiu para o nosso lado, mesmo perante os protestos dos adeptos locais contra o árbitro, que coitado teve de ouvir alguns impropérios na língua micaelense mas que se torna difícil de perceber, pois nós estávamos mesmo ao lado e não percebemos uma única palavra.
Era hora de arrumar a trouxa e seguir para casa. Foram 3 dias incríveis em São Miguel onde tudo foi 5 estrelas. O nosso A321neo desta vez foi a favor do vento e deslizou até Lisboa de forma suave.
Por este andar, para o ano, já não conseguimos ir de avião, se jogarmos nas Lagameças ou na Charneca da Caparica...
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