O trajecto é tão habitual que basta fazer play no leitor de cd que a música é a mesma. A primeira paragem foi em Aveiras, que já me habituou ao domingo de manhã estar sempre com muito "people", alguns deles ainda vindos da "naite". Após o café matinal e a compra dos jornais e revistas, lá seguimos a nossa tranquila viagem, onde deu para jogar à "batota" com alguns companheiros de viagem, porque a paisagem era sempre a mesma... Ai, que saudades dos Açores!
O dia já começava a aquecer e a paragem seguinte após alguns quilómetros de A1 e diversas "renúncias" foi a da Mealhada, que contrastando com a anterior, de manhã está quase sempre vazia. Deu para ir às boxes "aliviar o stress da bexiga". Andamento... que o estômago já estava a ficar com "ressonâncias" e a pedir alimento, e Matosinhos ainda estava a alguns minutos... que se prolongaram porque "para variar" lá nos enganámos na saída, sim porque viagem sem nos perdermos nem parecia bem... Após algumas rotundas e diversas paragens (com ajuda de dois amigos leixonenses, que já estavam a bordo) lá chegámos a um parque atolhado de carros junto ao mar, onde saímos (uffff) de encontro ao almoço.
Domingo, dia da mãe, sinónimo de almoços familiares... restaurantes cheios... A espera foi mais que muita, mas no final lá correu tudo bem entre garfadas num misto de adeptos barreirenses e leixonenses... Assim é bonito! A hora do jogo estava aí e mesmo ainda "a ressacar" da desilusão os matosinhenses marcavam presença (olhóóó dvd... a 5 aéreos*). Pela primeira vez esta época fui para a tribuna de imprensa (vivó luxo). Pena era o pó que por lá abundava... parecia uma tempestade de areia... quando se tocava na mesa.
O jogo foi animado, os adeptos leixonenses ferverosos faziam-se sentir e ouvir (especialmente contra o árbitro) e a despedida dos palcos da Liga de Honra foi um filme já muitas vezes visto esta época, com a nossa equipa a ganhar e a deixar-se perder mesmo nos minutos finais... Enfim...
Terminada a partida, ainda bem para confraternizar com alguns jogadores antes da partida para o Barreiro. Foi demorada a saída porque final de tarde de domingo é sinónimo de ida aos shopping para aqueles lados e parecia que estávamos num dia de semana a caminho da ponte 25 de Abril. Mas lá nos safámos
O final de dia estava excelente (onde é que fica a esplanada?) e já no autocarro (sem som cá atrás) íamos ouvindo por um transistor de um companheiro o mix relatofónico dos últimos jogos da Liga principal de futebol. Ainda deu para ver os últimos minutos de um dos jogos quando parámos no Pombal (único stop da tarde/noite) para ir às boxes e aconchegar o estômago. No final da paragem ainda demos de caras com os jogadores do Portomosense (os nossos carrascos da Taça) que ao que parece se safaram da descida nesta última jornada. O Belenenses é que não Sigá viagem
E foi nesta parte do regresso que surgiu um trio feminino endiabrado que não querendo ficar atrás do adepto do ano soltaram a voz a bom volume (ele que o diga) e foi um reportório de cânticos non-stop até casa. Ninguém pára o Barreiro la la laaaaaa Já parecia a claque do Nacional, só faltavam os tambores.
Era já noite cerrada e com os tímpanos ainda meio doridos quando regressámos ao estádio. Tinha-se acabado a digressão. Fica a recordação de grandes momentos vividos entre adeptos. E já tenho saudades Só por isso já valeu a pena. Contigo todo o ano, contigo em todo o lado, só porque eu te amoooooo
* O DVD era do jogo Marco 0 - Leixões 5.
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