Ansiedade e arbitragem ditam resultado final......

 

Uma tarde de muito calor esperava a comitiva alvi-rubra à chegada a Évora (15 H) o termómetro marcava 35º o ar que se respirava era quente, irrespirável mesmo e rapidamente toda a comitiva recolheu aos balneários zona mais fresca na altura. No seio da comitiva logo se começou a comentar "esperemos que à hora do jogo não esteja assim" e sem dúvida os desejos de alguns foram concretizados pois à hora de inicio da partida os termómetros tinham baixado 2º e até ao final da partida ainda baixou mais 1º, a juntar ao calor havia o factor campo, relva natural um piso ao qual os alvi-rubros não estão habituados e muito menos jogar num campo onde a relva em determinados pontos do campo escondia as botas dos jogadores sem dúvida inadmissível para um clube com 101 anos de vida e com pergaminhos no futebol.

 

No entanto mesmo com todas as adversidades relatas em cima e com a natural ansiedade que entraram em campo não só porque era a primeira partida como também por haver muita gente nova no plantel e ainda porque para a grande maioria era a estreia em campeonatos nacionais mesmo assim foram os alvi-rubros que desde o primeiro minuto e ao longo de toda a partida mostraram que queriam os três pontos, pois o seu adversário limitou-se ao futebol directo ou aproveitamento de percas de bola da nossa equipa para contra atacar e assim tentarem chegar à baliza barreirense. Durante os primeiros 15`o jogo foi disputado no meio campo do Lusitano o Barreirense neste período teve a seu favor 5 cantos e 2 remates sem oferecer perigo para a baliza contraria, a primeira vez que o Lusitano se acercou da baliza dos visitantes ia decorrido o minuto 16` na marcação de um livre directo com a bola a sair muito por cima da barra da baliza à guarda de Daniel Vital.

 

Nos 20` seguintes houve como que uma quebra na partida onde o futebol praticado deixou muito a desejar, mesmo assim eram os alvi-rubros aqueles que mais circulação de bola faziam e mais procuravam a baliza contrária na tentativa de obter um golo o que viria acontecer aos 39`após mais uma excelente jogada pelo corredor direito entre Gonçalo Honório e Miguel Pinéu com sucessivas trocas de bola bem sucedidas, tendo Miguel depois de evitar um adversário levado a bola à linha de fundo e cruzado para o coração da área onde apareceu Helder Leal a desviar para o fundo da baliza, estava finalmente aberto o marcador fazia-se justiça para a única equipa que até ao momento tinha procurado o golo. No minuto seguinte os alvi-rubros tiveram nos pés de Luis Miranda o segundo golo mas este após uma excelente antecipação ao defensor contrário e após entrar na área e ficar de caras com GR deslumbrou-se tentou fintar este e perdeu o tempo de remate não tendo levado a nada a sua excelente iniciativa ia decorrido o minuto 40`e poderia aqui o Barreirense ter matado o jogo. Chegou  intervalo sem mais nada a registar.

 

Entrou mal a equipa alvi-rubra no segundo período do jogo e bem melhor o seu adversário permitindo assim que estes se acercassem mais vezes com perigo á sua área, situações estas praticamente todas criadas por percas de bola infantis no entanto aqui apareceu a qualidade, experiência e atenção  de Daniel Vital que com defesas muito seguras ía dando confiança á sua equipa de realçar mesmo uma defesa soberba aquando da marcação de um livre directo onde toda a gente já gritava golo mas que ele foi buscar a bola onde a coruja dorme, no entanto já não foi capaz de evitar o golo do empate ao minuto 59`após mais uma falha defensiva a bola cruzou toda a área foi devolvida para o coração da mesma onde apareceu um opositor contrario sem qualquer tipo de oposição a empurrar para o fundo da baliza, muito mal batida toda a defesa muito passivos e todos parados a ver o que dava. Este golo como que acordou os alvi-rubros que de imediato procuraram chegar de novo ao golo no entanto o calor era muito já havia desgaste, desgaste esse que normalmente carrega acima de tudo no discernimento.

 

Aos 63` Diogo Pereira que passou uma semana difícil com uma lesão ainda não curada foi substituído completamente esgotado, para o seu lugar entrou Afonso Caeiro que 5`após estar em campo arrancou com a bola desde o meio campo evitou 2 adversários e a cerca de 25m da baliza bateu forte vendo a bola ser devolvida pelo poste esquerdo do GR contrario que nem se mexeu, insistiam os alvi-rubros mas a sorte também não lhes sorria aos 69` foi a vez de Igor Melo entrar para o lugar de Helder Leal também este bastante desgastado e mais tarde aos 75`Nelson Pinheiro viria a entrar para o lugar de Miguel Furtado era o refrescar da frente de ataque na procura do golo que levasse a equipa à vitória e o mesmo só não aconteceu porque Luis Godinho árbitro da partida durante esta segunda parte não tivesse feito vista grossa a três grandes penalidades, no entanto disto já falaremos mais abaixo na apreciação à equipa de arbitragem. Os últimos 10` foi o jogar mais com o coração que com a cabeça na procura do golo da vitória tendo mesmo a equipa por vezes descorado o sector defensivo. Após o apito final os sentimentos das três equipas eram completamente distintos, os da casa satisfeitos pelo final da partida, a equipa de arbitragem feliz pelo dever cumprido e os alvi-rubros tristes com o sentimento de o seu esforço ter sido defraudado por terceiros. Não tendo sido uma partida por todos os factores já falados anteriormente bem jogada os alvi-rubros fizeram o suficiente para saírem daqui com os três pontos não foi possível ou não deixaram que fosse possível paciência é a primeira jornada há muito campeonato pela frente e melhores dias hão-de vir.  

 

Equipa de arbitragem - O trio que viajou de longe (ÉVORA) composto por Luis Godinho, Paulo Gaudêncio e Norberto Nifro infelizmente acabaram por ter influência no resultado, custa-nos dizer isto mas a verdade acima de tudo até aos 67` pode-se dizer que tiveram uma actuação exemplar no entanto a partir deste minuto o chefe de equipa acumulou demasiados erros e sempre em desfavor da equipa visitante. Ao minuto 67`perdoou uma grande penalidade ao Lusitano por derrube de Miguel Furtado na área de rigor (se achou que era simulação teria que interromper a partida e mostrar o respectivo amarelo e não o fez) aos 73`não assinalou duas grandes penalidades na mesma jogada qualquer coisa de incrível, toda a gente viu só mesmo ele não quis ver, o lance começa com um remate de Afonso Caeiro que o defensor do Lusitano fez de GR na sequência do lance Gonçalo Honório rouba a bola ao defesa e este no chão faz-lhe uma tesoura, o Gonçalo encontrava-se na zona da marca do penalti só com o GR pela frente não se ia atirar para o chão e caso o árbitro mais uma vez acha-se que era simulação só tinha que parar o jogo e admoestar o jogador visitante e mais uma vez não o fez sinal de comprometimento.

 

EQUIPA BARREIRENSE:

Daniel Vital, Miguel Pinéu, Ricardo Aguilar, Maykon Santos, Luis Miranda, Gonçalo Honório, Tiago Dias, Diogo Pereira (Afonso Caeiro 63`), Gonçalo Serrano, Helder Leal (Igor Melo 69`) e Miguel Furtado (Nelson Pinheiro 75`)

 

NÃO JOGARAM:

João Neto, Bruno Marques, Gerson Grego e Claudio Ferreira

 

Directores:

José Carrilho

Mário Santos

 

Resultados completos da 1ªJornada:
 
Louletano: 1 - Oeiras: 2
Moura: 0 - Beira Mar Almada: 1
Atlético: 4 - Lusitano VRSA: 0
Olimp.Montijo: 3 - Farense: 2
Lus.Évora: 1 - BARREIRENSE: 1
 
Classificação:
 
1ºAtlético 3p,
   Olimp.Montijo 3p,
   Oeiras 3p,
   Beira Mar Almada 3p,
5ºBARREIRENSE 1p,
   Lus.Évora 1p,
7ºFarense 0p,
   Louletano 0p,
   Moura 0p,
   Lusitano VRSA 0p
 
Próxima Jornada:
Sábado, 8 Setembro - BARREIRENSE (5º) x Olimp.Montijo (2º) - Complexo Desportivo do Vale da Amoreira
 
Nota:
-Os 2 primeiros apuram-se para a disputa da fase de subida
-As restantes 8 equipas disputam a fase de descida

 

Treinador

José Meireles