5ª Jornada do Campeonato Nacional de Iniciados, série F. 5º jogo a jogar fora de casa consecutivamente e ao 5º jogo, vinhamos de quatro derrotas consecutivas, três das quais pela margem minima de 1-0 e apenas tínhamos um golo marcado. Justo ou injusto, é assim o futebol. E vamos perceber, ao longo desta crónica, como infelizmente podem ser injustos alguns resultados desportivos quando há três pessoas que não ajudam ao espectáculo. O panorama, realisticamente para as pessoas de fora, não era de todo favorável. Desde 2005/2006 que o Barreirense não pontuava no campo do Estoril e dadas as circunstâncias do inicio de campeonato, o favoritismo não estava de todo do nosso lado. Mas, para quem acredita nesta equipa, sabe o real valor dela.
Jogadores e técnicos sabem do seu valor. E no passado domingo, diga-se, empate antes do jogo poderíamos dizer que tinha sido um bom resultado; depois do jogo, é impossível dizê-lo. Provavelmente quem leu o sub-título estará a pensar que estamos demasiado filosóficos. Já vamos entender o porquê. Iniciando a primeira parte, as duas equipas tiveram sensivelmente durante 10 min a estudar-te mutuamente. É verdade que se diga que o Estoril até entrou um pouco melhor, fazendo sobressair o seu melhor jogador, o seu extremo direito. De resto, não se vislumbrou mais nenhum portento. E se calhar isso fez despertar os jovens alvi-rubros. Que a estratégia montada para este encontro poderia surtir efeito e que as suas capacidades, apesar de terem seis pontos de atraso em relação aos da casa, é algo meramente estatístico. O Barreirense a partir dos 15 min começou a tomar conta do jogo. Um meio campo dominador, que ganhava tudo o que era bola. Laterais que davam profundidade quando necessário e criavam desiquilibrios. E um estoril que ia minguando no jogo. Encolheu-se de tal forma que o Barreirense só não vai a ganhar 2 ou 3-0 ao intervalo porque os índices de confiança não estão nos seus níveis normais. Tiago Miranda e Tomás Melo tiveram duas óptimas oportunidades para inaugurar o marcador, mas infelizmente, a bola não entrou e o empate sem golos era o resultado no final da primeira parte.
A palestra do intervalo iria a ter bons efeitos. Não se iria alterar nada. Apenas se podia dar uma palavra de ânimo porque o trabalho desenvolvido nos primeiros 35 min tinha sido exemplar. Na segunda parte tudo mudou. Em 6 min os visitantes colocariam-se a ganhar 2-0, com dois golos fora de área, um por Tiago Miranda, o outro por Hugo Teixeira. E quando se esperava que os da casa conseguissem ter alguma reacção, não conseguiram. Os alvi-rubros continuavam a mandar no jogo e controlavam-no na perfeição. E eis que agora sim, vamos explicar o sub-titulo: minuto 58, minuto fatídico de certo.
Hugo Teixeira numa
recarga a uma bola vinda de um corte num canto, marca um 3-0 que
sentenciaria a partida. É verdade, um jogador do Barreirense está
aparentemente à frente de toda a linha defensiva estorilista e abre as
pernas, deixando a bola passar, impossibilitando a visão do Guarda Redes
da casa. E já estão todos a pensar. Afinal o fiscal de linha tinha
razão. Parece que não. Como muitos, o fiscal de linha esqueceu-se que há
um jogador do Estoril acampado ao pé de um poste, porque não teve
sequer tempo para sair de lá. Golo mais do que limpo. Com isto, uma
pequeno desnorte, permite no contra golpe os da casa reduzirem. Com
isto, Hugo Teixeira profere palavras para ele próprio, que não vamos
aqui descrever, apesar de não terem nenhum conteúdo impróprio. E para
ficarmos incrédulos quando achavamos que o árbitro iria apenas chamar a
atenção por essas palavras ou dar uma admoestação com cartão amarelo,
expulsa o jogador barreirense, isto aos 60 min. Últimos 10 min, foram
feitos com muito sacrifício, e com mais coração do que com cabeça
(contrariamente ao que se tinha passado no jogo inteiro, em que os
jogadores alvi-rubros foram completamente clínicos e racionais), no
último minuto os visitados fazem o empate, numa bola que foi tão
enrolada, passando no meio de vários jogadores, batendo no poste e
entrando. Foi o cúmulo do azar em 10 minutos.
Final do jogo, 2-2. Esperamos que tenham percebido o sub-titulo.
Habitualmente, fazemos uma pequena nota à arbitragem. Hoje, recuso-me a tal. Não vale a pena.
Ficha de Jogo:
Equipa Inical - Ricardo Ramos, Tiago Fortuna, Tomás Melo,
Gonçalo Silva, Tiago Miranda, Hugo Teixeira, Tomás Duarte, Pedro Silva,
Elton Cabral, Pedro Pina (c), Gonçalo Silva
Entraram - André Rocha, Pedro Barbosa
Não entraram - Gonçalo Marinheiro, Filipe Lucas, Igor Cabral, Raul Junior, Bruno Cecilio
Equipa Técnica - Luis Silva (T.Prin), Bruno Esteves (T.Adj), Gonçalo Lopes (T.GR)
Directores - António Brizida, Paulo Nunes
Massagista - Joaquim Coelho
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