No total, o clube disputou 529 jogos no principal escalão, em 24 temporadas, tendo conseguido 166 vitórias, 119 empates e 307 derrotas. A melhor classificação foi um quarto lugar, em 1969/70.
O Barreirense comemora o seu centenário a 11 de Abril, numa altura em que a equipa de futebol milita nos distritais de Setúbal, depois de ter estado durante 24 épocas no escalão máximo.
O popular clube da margem sul, “viveiro” de muitos jogadores para os
clubes de topo do futebol português, em especial o Benfica, esteve pela
primeira vez no escalão máximo na época de 1937/38, quando conseguiu o
sétimo lugar, tendo permanecido até 1941/42.
Após um interregno de nove anos, o clube voltou à primeira Divisão em
1951/52, acabando por descer em 1958/59 e passar depois por uma fase de
muitas subidas e descidas até 1973/1974.
Então, o Barreirense passou alguns anos na II Divisão, para voltar pela última vez ao escalão máximo, em 1979/80.
No total, o clube disputou 529 jogos no principal escalão, em 24
temporadas, tendo conseguido 166 vitórias, 119 empates e 307 derrotas. A
melhor classificação foi um quarto lugar, em 1969/70.
Esta classificação levou o Barreirense às competições europeias na época
seguinte, na então chamada Taça das Cidades com Feira, tendo sido
eliminado pelos croatas do Dínamo Zagreb, ao vencer por 2-0 em casa, mas
sendo depois derrotado fora por 6-1.
Depois de 1980, a equipa fixou-se na II Divisão e mais tarde na II Divisão Sul, durante vários anos.
Na temporada 2004/2005, e já depois de dois segundos lugares, o
Barreirense venceu a II Divisão Sul e subiu à Liga de Honra, numa curta
“viagem” de “ida e volta”, tendo terminado o campeonato no 15.º lugar.
As descidas quase consecutivas nos anos seguintes levaram o Barreirense
até aos distritais de Setúbal. Actualmente, ocupa o quarto lugar do
campeonato, praticamente afastado da luta pela subida.
O vice-presidente do clube António Libório disse à agência Lusa que a
subida à Liga de Honra e a «má gestão» do clube foram decisivas para a
situação em que o Barreirense se encontra hoje.
«Agora tudo é fácil. Em altura de euforia, as pessoas que estavam no
clube fizerem aquilo que achavam ser o melhor. Se a subida à Divisão de
Honra foi mau, pior ainda foi a gestão danosa que se fez durante anos no
clube, por toda uma direcção», reconheceu.
António Libório lamentou a descida drástica das receitas do bingo «sem a
coragem» para se avançar para uma reestruturação e condenou o “negócio”
da venda do Campo D. Manuel de Mello, que recebeu o último jogo a 16 de
Setembro de 2007, numa vitória frente ao Silves (2-0), e que deixou o
clube sem campo.
O Barreirense, que tem as equipas dos vários escalões de futebol 11 a
jogar em vários campos do distrito, está a construir um campo com
capacidade para 2500 espectadores, que espera que esteja concluído a
tempo de iniciar a próxima época.
O responsável referiu ainda que a actual direcção, que nasceu depois da
existência de uma comissão administrativa, tem estado a trabalhar para
equilibrar o clube.
«O Barreirense está equilibrado e com uma gestão rigorosa. Não subiremos
no futebol este ano, mas pensamos que estamos a ir no caminho certo: A
apostar cada vez mais nos nossos atletas», concluiu.
In http://desporto.sapo.pt
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