Jogo de palavras aquece derby regional

O Pinhalnovense recebe o Barreirense, domingo, na penúltima jornada da Zona Sul da II Divisão B. O derby entre vizinhos pode decidir tudo em relação ao primeiro lugar. Em caso de empate, o Barreirense, actual líder, sobe à Liga de Honra. Já o Pinhalnovense precisa de vencer os dois jogos (segue-se a ida ao terreno do U. Madeira) e esperar que o Barreirense não consiga ganhar o último desafio, em casa com o U. Micaelense.

Perante a necessidade de conquistar os três pontos, o treinador do Pinhalnovense, Paco Fortes, lança "farpas" ao adversário. "O Barreirense costuma ganhar fora, mas perde muitos pontos em casa. Isso sucede porque eles não sabem assumir o jogo. Jogam sempre em contra-ataque. Vão ter 11 homens atrás da linha da bola."

O catalão não esconde a táctica e acredita que a equipa está mentalizada. "É o jogo decisivo. Se o Barreirense pontuar, acaba-se tudo. Vamos jogar com dois pontas-de-lança e assumir o jogo, porque os campeões assumem sempre", diz.

Daúto Faquirá, treinador do Barreirense, reage com humor. "Ele está com medo. Deve andar a ler livros de Psicologia para me obrigar a entrar ao ataque. Não o vamos fazer. Vamos esperar por eles e jogar com o que temos. O Pinhalnovense precisa de vencer. Nós, mesmo perdendo, ficamos à frente". Mas, apesar das contas, Faquirá não tem dúvidas. "Vamos ganhar e fazer lá a festa."

Já com a Liga de Honra em mente, o técnico mostra vontade em renovar, mas não o garante. "Gosto do Barreiro e espero que existam condições para continuar. Não falo de condições financeiras para mim. A equipa precisa de um bom orçamento. E de resolver problemas de infra-estruturas. O estádio pode ser vendido e é preciso saber onde o clube vai jogar e treinar."

In "Record Online"