Dionísio fez questão de sublinhar a segurança que sente em jogar ao lado do primo. "Isso é normal quando se tem por perto alguém que nos é querido. Dá-nos uma tranquilidade adicional". Ailton corrobora da opinião do primo, considerando ser "especial" jogar ao lado de um familiar.
E fora das quatro linhas, como será? Ailton garante que as distinções são bem feitas. "Dou por mim, no balneário, a pensar nele como colega, mas fora do relvado volta a ser o meu primo e, praticamente, não falamos de futebol." Dionísio vai pelo mesmo caminho: "Dentro do campo lutamos pelo Barreirense e puxamos um pelo outro, mas fora dele tentamos sair da rotina para nos abstrairmos um bocado de tudo aquilo".
Hoje, representam o mesmo clube, mas na época passada encontraram-se como... adversários, quando Ailton representava o Chaves e Dionísio defendia as cores do Leixões. Ailton lembrou esse encontro: "Foi engraçado, até porque a minha equipa ganhou por 2-0. Naturalmente, só eu é que fiquei feliz mas o futebol é assim mesmo."
A propósito da vitória por 3-0 frente ao Portimonense, no passado domingo, a dupla de primos funcionou na perfeição, já que o terceiro golo do Barreirense contou com a colaboração de ambos.
Dionísio "roubou" a bola ao guarda-redes Fouhami e Ailton aproveitou para marcar. Entre risos, Ailton fala de uma "sensação indescritível" e de algum... egoísmo. "Confesso que fui um pouco egoísta, porque pensei imediatamente no passe do meu primo, em vez de ter pensado na equipa... [risos]"
Para Dionísio, foi também um momento muito especial. "Quando o Ailton marcou o golo, fiquei mesmo muito feliz porque os objectivos que tenho para mim são os mesmos que desejo para o meu primo."
A dupla familiar vai agora ser desfeita na próxima jornada, já que Ailton irá ficar de fora do confronto com o Chaves, uma vez que viu o quinto cartão amarelo. Mas promete ficar a torcer pela equipa e, naturalmente, pelo... primo Dionísio!In "www.ojogo.pt"
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