Faltaram pernas quando mais se
precisavam
Na despedida do pelado da Verderena
e depois do minuto de silêncio em homenagem ao nosso grande Albino
Macedo, o Barreirense queria presentear os seus sócios com uma
vitória embora soubesse que teria pela frente um Olímpico recheado
de experiência e que procura altos voos neste campeonato.
Assim
sendo, a inexperiência teria que ser remendada com entrega e
espírito de sacrifício, algo que os nossos jogadores fizeram até
onde puderam deixando tudo em campo.
Assistiu-se a uma
1ªparte bastante equilibrada com algumas jogadas de perigo (poucas)
para ambas os conjuntos. Assim, as hostilidades foram abertas por
intermédio de Jardel que levou perigo para...a nossa baliza.
Foi logo aos 4 minutos de jogo, e só a atenção do guardião Diogo
evitou que o livre de Chevela, desviado pela cabeça de Jardel,
chegasse ao fundo das nossas redes.
Não demorou a reacção
alvi-rubra que 3 minutos depois beneficiou de um livre na meia-lua
que o mesmo Jardel não conseguiu executar nas melhores condições
acabando o esférico por sair ao lado do poste direito do experiente
Rodrigues.
Foram, de facto, 10 minutos, muito movimentados,
onde também não faltou um erro crasso do auxiliar que acompanhava o
ataque barreirense: Ruben Jesus iniciou um contra-ataque muito
perigoso para as redes contrárias e desmarcou o estreante Fábio
Mira que partindo completamente isolado, antes da linha do
meio-campo, viu o árbitro interromper por fora-de-jogo
que, como é evidente, não existiu.
No lance seguinte,
Ricardinho quase fez o primeiro do jogo num remate cruzado que saiu
pouco ao lado da baliza, mas foi sol de pouca dura já que pertenceu
aos alvi-rubros a melhor jogada do desafio, à passagem dos 15
minutos: a jogada decorreu pela esquerda com Fábio Mira a desmarcar
o lateral André Guerreiro que cruzou com conta, peso e medida para o
completamente desmarcado Josemar Gomes, que se estreou também a
titular, e com a baliza à sua mercê fez o mais difícil
atirando por cima da barra.
Depois da
tempestade, veio a bonança
Depois dos
primeiros minutos mais irrequietos, acabou por se instalar a acalmia
até porque os remates deixaram de chegar com perigo ás duas balizas
e só aos 41 minutos se instalou alguma confusão na área
barreirense após um cruzamento da esquerda de Ricardinho que com
maior ou menor dificuldade foi aliviado pela defesa
alvi-rubra.
Este ritmo, mais pastoso, manteve-se até meio da
2ªparte. A excepção foi aos 56 minutos numa bola cabeceada
por Valdo que encontrou Fábio Mira sozinho, mas em vez de
dominar e seguir para a baliza, optou por rematar acabando por o
esférico ir ter com Rodrigues.
Olímpico mais
forte nos minutos finais
Foi, sensivelmente,
a meio deste 2ºtempo que se começou a notar uma maior
capacidade do meio-campo e ataque do Olímpico Na
verdade, os alvi-rubros deixaram de conseguir importunar a
experiente defesa do Montijo e algo surpreendentemente parece
que fisicamente a equipa foi abaixo, algo que não tinha sucedido até
hoje. Foi o período mais difícil para o Barreirense que
começou a ter mais dificuldades para suster os constantes
aparecimentos de jogadores forasteiros na sua área e aos poucos a
baliza de Diogo começou a passar por dificuldades, primeiro por
Gisvi e Ricardinho e pouco depois novamente o ex-Zamora,
Gisvi, a rematar de cabeça por cima. Até que aos 86 minutos,
aconteceu aquilo que se temia: após um canto da esquerda, a
defesa barreirense não foi expedita a aliviar as tentativas
contrárias, acabando, a bola, por ir ter com o central Valter
que só teve que rematar para o golo.
Já não havia tempo para
mais, e o Olímpico arrancava uma vitória importante num jogo que
pelo que fez nos últimos minutos acabou por merecer embora os nossos
jogadores tenham dado tudo o que tinham e se o empate
tivesse surgido também não escandalizava ninguém. Agora, mais
importante que saber perder, é saber ganhar e isso o técnico
do Olímpico e alguns dos seus jogadores, nomeadamente o seu
guarda-redes, não o souberam fazer. A humildade também é
importante no futebol e não é por se ter um curriculum melhor no
futebol que se pode e deve dizer o que se apetece. Se calhar é por
estas e por outras que andam no Distrital...
Ficha
do jogo:
Campo: Verderena
Piso:
Pelado
Árbitro: Ilídio Pereira(A.F.Setúbal)
Árbitros
auxiliares: Manuel Pereira e David Viegas
Tempo: Sol
Barreirense:
Diogo (c); Wilson, Gonçalo Silva, Rúben Marques e André Guerreiro;
Paulo Andrade (Pedro Pereira aos 79´), Cláudio, Fábio Mira e Rúben
Jesus (Miguel Gomes aos 60´); Josemar Gomes (Valdo
aos 54´) e Jardel
Não jogaram: Carlos Soares,
Nuno Antunes, Ricardo Almeida e Fanhanha
Treinador:
Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
Cartões
Amarelos: Ruben Jesus (14´), Cláudio (18´), Ruben Marques (35´),
Paulo Andrade (68´) e André Guerreiro (78´)
Golos: -
Olímpico
do Montijo: Rodrigues; Venâncio (Galvão aos 55´),
Bruno Costa, Valter, Paulinho, Plirú (Tiago Guedes aos 75´), Mário
Guerra (c), Artur Futre (Valdo aos 66´), Chevela, Gisvi e
Ricardinho
Não jogaram: Jorge, Edson, Rudy
e Luis Santos
Treinador: Fernando Mendes
Cartões
Amarelos: Venâncio (6´), Ricardinho (18´), Plirú (65´) e
Paulinho (90´)
Golo: Valter (86´)
Ao
intervalo: 0-0
No final: 0-1
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