Ano novo, vida nova
O Barreirense entrou no novo ano com um justo triunfo por 2-1 num jogo onde teve o esclarecimento e competência necessárias para dar a volta a um resultado que começou por ser adverso logo nos primeiros minutos de jogo. Para esse esclarecimento muito contribuiram os novos reforços Vasco Campos, André Silva e David Martins que se estrearam e vieram trazer ao meio-campo alvi-rubro melhor definição das jogadas, mais técnica individual e mais imaginação nos momentos ofensivos da equipa.
Os primeiros momentos do desafio mostraram, desde logo, uma equipa do Barreirense com vontade de chegar à baliza contrária, algo que ficou patente nos três primeiros remates do jogo, todos para a equipa alvi-rubra, mas no primeiro ataque dos forasteiros surgiu o golo. O cruzamento foi de Catota, do lado direito, mas a bola acabou presa no lago em plena área do Barreirense, situação que beneficiou Bruno que rematou, de pé esquerdo, para o golo, aos 9 minutos de jogo. A mesma dupla quase que repetiu a gracinha 5 minutos depois mas a bola foi às malhas laterais, para aos 16 minutos, Destapado apontar um livre que Diogo sacudiu sobre a barra.
Começaram as oportunidades alvi-rubras
A partir daí só deu Barreirense, em especial os últimos dez minutos de 1ªparte, onde os alvi-rubros criaram 4 claras oportunidades acabando por chegar á igualdade. Aos 35 minutos, David Martins rematou forte para a primeira de muitas defesas de Frade, junto ao chão; aos 37 minutos, Pedro Pereira passou por dois adversários e disparou á entrada da área para nova defesa do nº1 do Beira Mar que quase foi traído quando a bola lhe bateu á sua frente; aos 39 minutos, foi a fez de Vasco Campos colocar à prova novamente Frade que sacudiu para canto uma bola com selo de golo. No seguimento do canto, apontado pelo mesmo Vasco Campos, o Beira Mar não conseguiu aliviar a bola da sua área e Wilson aproveitou uma série de rassaltos para rematar para o golo. Ainda antes do intervalo novamente Vasco Campos no lance desta vez a meter na cabeça de Ruben Marques que viu o esférico desviar num defesa e encaminhar-se para a defesa de Frade em cima da linha de golo.
2ªparte começou com polémica
A 2ªparte foi um verdadeiro desperdiçar de oportunidades atrás de oportunidades dos nossos jogadores mas já lá vamos. Dois lances duvidosos marcaram os primeiros minutos da etapa complementar, um para cada lado: primeiro, Bala ficou a protestar uma suposta grande penalidade cometida por Wilson que o árbitro, bem colocado, não assinalou e logo na jogada seguinte, na sequência de lance em que o guarda-redes Frade não segurou, a bola foi rematada para o fundo da baliza do Beira Mar com o árbitro a anular o lance por suposta falta sobre o guarda-redes.
Do desperdício ao justo golo do triufo
Depois sim, chegou a hora do desperdício. Aos 52 minutos, o estreante Ricardo Amarelinho (regressou de uma longa lesão), surgiu isolado mas o chapéu saiu ligeiramente ao lado do poste direito de Frade. No minuto seguinte, Vasco Campos marca um livre para Gonçalo que rematar, á queima, contra as pernas de Frade. De referir que o jovem central barreirense fez o 2ºjogo completo num espaço de 24 horas isto depois de ter alinhado, no sábado, pela equipa de juniores. Entre os 62 e 65 minutos, o Barreirense dispôs de mais 3 chances para se colocar em vantagem no marcador: Ricardo Amarelinho rematou para a nova defesa com os pés de Frade após excelente iniciativa individual de Vasco Campos; depois foi André Silva que cruzou para o desvio á boca da baliza de Varela que falhou o golo por muito pouco e finalmente, num cruzamento de Amarelinho a centrar para Valdo que, muito bem, amorteceu para o remate de Wilson que tirou tinta ao poste direito da baliza do Beira Mar. Já se desesperava perante tantos falhanços até que surgiu o minuto 70, altura em que Wilson cobrou um livre com conta, peso e medida para David Martins desviar, ao 2ºposte, para o fundo da baliza do Beira Mar. Finalmente fazia-se justiça no marcador.
Beira Mar de cabeça perdida
A parte final do desafio mostrou o mau perder dos jogadores forasteiros. Irritados com o vendaval de futebol que sofreram, a equipa do Beira Mar desorientou-se e perdeu a cabeça por completo e só por complacência do árbitro do encontro é que foi possivel chegarem ao fim dos 90 minutos com 11 jogadores em campo. O nº22, Bala, o nº6, Bruno e nº15, Cocas, chutaram em tudo menos na bola e por incrível que pareça nenhum deles acabou expulso. Mesmo com o nº18, Paulo Simões, a distribuir "fruta" em tudo o que mexia, o Barreirense ainda teve mais uma bola de golo desperdiçada por Varela que, isolado, rematou ao lado, já nos descontos.
Resumindo, foi um jogo que mesmo disputado em condições lastimáveis mostrou um Barreirense com outros argumentos e isso notou-se, nomeadamente, no número de remates à baliza (17), o que constitui um novo máximo da época.
Ficha do jogo:
Campo: Quinta Pequena, no Barreiro
Piso: Pelado com poças enormes
Árbitro: Acácio Guedes
Árbitros auxiliares: Rui Ramos e Miguel Figueiredo
Tempo: Muitas nuvens, chuva e muito frio
Barreirense: Diogo Chaleira (c); Wilson, Gonçalo, Ruben Marques e Miguel Gomes; David Martins, Pedro Pereira (Paulo Andrade aos 88´) e Vasco Campos; André Silva (Valdo aos 65´), Ricardo Amarelinho (Ruben Jesus aos 82´) e Fernando Varela
Não jogaram: Nuno Antunes, Fábio Mira, João Renato e Jardel
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
Cartões Amarelos: Vasco Campos (25´), Diogo Chaleira (75´) e Valdo (90´+2´)
Golos: Wilson (40´) e David Martins (70´)
Beira Mar Almada: Frade; BaKar (Miguel aos 80´), Augusto Campos(c), Bruno, Tiago Silva, Xavier (Paulo Simões aos 55´), Destapado, Matias (Edimir aos 74´), Cocas, Catota e Bala
Não jogaram: Tiago Felicio, Bruno Santiago, Roberto Sousa e Siney
Treinador: Rui Alves
Cartões Amarelos: Augusto Campos (50´), Destapado (72´) e Bala (90´+1´)
Golo: Bruno (9´)
Ao intervalo: 0-1
No final: 2-1
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