Reviravoltas, penalties, expulsões
e...vitória indiscutível
Três jogos, três vitórias
em 2010, este é o saldo, francamente positivo, que a equipa de Duka
alcançou após o triunfo por 4-2 no campo do Zambujalense, o
primeiro fora de portas esta época.
Rossano estreou-se ao mesmo
tempo que Gonçalo Silva regressou de lesão para ocupar um lugar no
centro da defesa sendo estas as duas alterações, no onze
inicial, relativamente ao último jogo.
Começou bem a nossa
equipa que logo aos 9 minutos de jogo colocou-se em vantagem no
marcador: Amarelinho agradeceu uma fífia da defesa contrária para,
sobre a esquerda do seu ataque, cruzar para o centro da área onde o
defesa da casa Fernando cortou para a própria baliza fazendo o
primeiro golo da partida.
Em vantagem desde muito cedo a equipa
mostrou vontade em prosseguir em busca da baliza adversária, mesmo
contra o vento forte que se fazia sentir, e num espaço de 3 minutos
esteve muito perto de ampliar a vantagem: aos 15 minutos, um
excelente passe de André Silva desmarcou Amarelinho que na cara do
guarda-redes do Zambujalense "picou" por cima e quando a
bola se encaminhava para o golo Francisco Mário foi a tempo de a
desviar quase em cima da linha de golo. Logo de seguida, após uma
óptima combinação entre David Martins e Vasco, este deu para o
remate, forte, de Rossano, à entrada da área, proporcionando uma
defesa difícil a Luis Zegre.
Finalmente uma reacção
dos da casa
Os minutos 23 e 24 da etapa inicial foram os
primeiros em que o Zambujalense pôde acercar-se da área barreirense
mas só em lances de bola parada: primeiro foi Ponge que
aproveitou uma lançamento de linha lateral longo para, após
alguns ressaltos, rematar para defesa de Diogo. Na jogada seguinte,
um canto apontado por Paixão não teve o corte necessário de Wilson
e muito menos de Diogo que acabou por colocar em óptimas condições
para o disparo de Luis Santos que só parou na grande defesa de
Diogo para canto.
O Barreirense sentiu na pele que não podia
apenas procurar segurar o golo de vantagem e num livre de
Vasco Campos, apontado desde a esquerda do ataque, o golo só
não aconteceu porque um desvio de um defensor colocou a bola no
poste direito de Luis Zegre tendo, na recarga, Pedro
Pereira visto o guarda-redes do Zambujalense fazer nova grande defesa
num remate à queima roupa.
Num lance de insistência,
decorria o minuto 34, a bola foi ter à área alvi-rubra onde
Wilson derrubou um avançado da casa. O árbitro do encontro não
teve dúvidas e assinalou grande penalidade que foi apontada por
Paixão que só à 2ªtentativa conseguiu bater o guardião
Diogo.
Duka foi o primeiro a arriscar mas acabou
penalizado
O regresso dos balneários trouxe duas
alterações nos alvi-rubros com João Renato a substituir Wilson e
Valdo no lugar de Amarelinho. A intenção era dar mais centímetros
na área do Zambujal e quase que deu resultado logo no primeiro
minuto desta 2ªparte num lance confuso na área onde primeiro Valdo
e depois Miguel Gomes, de pé esquerdo, rematar contra o braço
de um defesa do Zambujalense que acabou desviado para canto. Os
muitos protestos dos adeptos e jogadores barreirenses não tiveram
resultados práticos mas que foi muito duvidoso isso foi.
Insistiu
o Barreirense que pouco depois quase marcava novamente num lance
onde a bola não quis entrar: André Silva cruzou na direita e
Henrique desviou para a sua própria baliza, de cabeça, com a bola a
sair a rasar o poste esquerdo de Luis Zegre.
Quando se esperava o
golo alvi-rubro surgiu o inverso. O guarda-redes pontapeou a bola, a
defesa barreirense não atacou a bola deixando-a bater à sua
frente e após ressaltos e mais ressaltos, o esférico acabou
por fazer um chapéu a Diogo num golo dividido entre os centrais
e Ponge, decorria o minuto 52.
Acreditámos sempre e
saímos recompensados por isso
Ao contrário de outros
jogos em que a equipa ia-se abaixo quando se encontrava a perder, a
verdade é que com os novos reforços (jogaram os 4 pela primeira
vez) a capacidade emocional, física e táctica subiu muitíssimo
e foi possível reagir a uma adversidade que de justo não tinha
nada. O desmembramento do Zambujalense começou aos 66 minutos
quando Ponge viu o 2ºcartão amarelo e respectivo vermelho isto
depois de por diversas vezes ter arriscado a saída de campo mais
cedo. O Barreirense cercava cada vez mais a baliza contrária e foram
vários os avisos até que aos 73 minutos de jogo Valdo recebeu e
cruzou uma bola desde o lado direito do ataque direitinho para o
desvio de David Martins para a baliza fazendo o empate. O lance
acabou por ser polémico porque o árbitro teve que confirmar o golo
com o árbitro auxiliar visto que a bola...furou as redes. Tendo sido
bem sancionado, o lance empurrou ainda mais os nossos jogadores à
procura da vitória que dominavam por completo o desafio.
Com
mais uma unidade em campo, aos 77 minutos, uma mão claríssima de um
defesa do Zambujal no interior da sua área só foi vislumbrado
pelo árbitro auxiliar que prontamente chamou o árbitro central para
o alertar da situação. Na marcação da grande penalidade,
Rossano atirou a contar e deu nova cambalhota no marcador.
Aos 79
minutos de jogo e num contra-ataque exemplar Valdo
isola-se e, ao ultrapassar o guarda-redes Zambujalense, foi derrubado
em falta não restando outra alternativa ao árbitro da
partido que expulsar o guarda-redes mas Valdo não ficaria a rir
por muito tempo já que acabaria por regressar aos balneários também
mais cedo após ter entrado em campo sem autorização do árbitro
recebendo o 2ºamarelo e o respectivo vermelho.
Foi já com
10 contra 9 que chegou o minuto noventa e mais um
contra-ataque barreirense que apanhou completamente desposicionada a
defesa da casa. David Martins desmarcou Rossano que galgou
metros e metros e à saída do guarda-redes suplente, Luis Castro,
foi derrubado, indiscutivelmente, em plena grande área. 3ªgrande
penalidade do jogo e mais um golo de Rossano que voltou a enganar o
guarda-redes.
Os 8 minutos de desconto não trouxeram nada mais
a um jogo que não foi fácil de arbitrar porque culpa dos jogadores,
que não ajudaram nada, mas também por culpa do árbitro Mário
Quendera que apesar de acertar nos lances duvidosos que o jogo
teve não seguiu o mesmo critério durante os 100 minutos
(47´+53´), já que começou por não apitar a nada e acabou por
amarelar tudo o que mexia em especial na última meia-hora
de jogo.
Ficha do jogo:
Campo:
Parque de jogos da ACRUTZ, no Zambujal de Cima
Piso:
Sintético
Árbitro: Mário Quendera
Árbitros auxiliares:
André Santos e Fábio Andrade
Tempo: Sol com algumas nuvens,
muito vento e muito frio
Zambujalense: Luis
Zegre; Fernando, Huguinho, Ponge, Francisco Mário (c), Pila (Cadete
aos 67´), Luis Vitorino (Gamito aos 78´), Henrique, Luis Santos,
Paixão (Luis Castro aos 81´) e Pedrinha
Não
jogaram: Tiago Gatinho, André Lopes, Gonçalo e Marco
Duarte
Treinador: Luis Freixo
Cartões
Amarelos: Ponge (47´e 66´), Pila (55´), Henrique (73´), Fernando
(75´) e Luis Castro (90´)
Cartões Vermelhos: Ponge (66´)
e Luis Zegre (79´ directo)
Golos: Paixão (35´g.p.) e Ponge
(52´)
Barreirense: Diogo (c); Wilson
(João Renato ao int.), Gonçalo, Rúben Marques e Miguel
Gomes; Pedro Pereira (Cláudio aos 62´), David Martins e Vasco
Campos; Rossano, Amarelinho (Valdo ao int.) e André Silva
Não
jogaram: Carlos Soares, André Guerreiro, Rúben Jesus e Fábio
Mira
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge
Ferreira
Cartões Amarelos: Miguel Gomes (32´), André
Silva (34´), Pedro Pereira (39´), Valdo (73´e 84´), Diogo (83´)
e Cláudio (90´)
Cartão Vermelho: Valdo (84´)
Golos:
Fernando (9´a.g.), David Martins (73´), Rossano (79´g.p. e
90´+2´g.p.)
Ao intervalo: 1-1
No final: 2-4
Marcha do
marcador: 0-1; 1-1; 2-1; 2-2; 2-3; 2-4
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