Não era preciso colocarem as balizas
O empate a zero reflete a superioridade das defesas em relação aos ataques, embora a haver um vencedor o Barreirense tenha sido a equipa que mais fez por merecer ficar com os 3 pontos.
As 4 baixas relativamente ao anterior jogo fizeram-se notar, em especial no sector atacante, visto que num jogo com as caracteristicas deste, Valdo e Amarelinho seriam homens que teriam uma palavra a dizer tanto no segurar da bola e jogo aéreo (Valdo), como pela mobilidade e rapidez (Amarelinho). Por isso mesmo, Duka não teve a quem recorrer quando mais precisava, porque no banco de suplentes não havia um único avançado.
Como se disse, faltou a emoção dos golos num jogo que começou repartido e acabou inclinado para a baliza de Santiago do Cacém. As poucas situações de perigo que aconteceram na 1ªparte surgiram, maioritariamente, em lances de bola parada, excepção feita ao primeiro quarto-de-hora de jogo, período no qual um lance para cada lado merece destaque.
Passávamos pelo minuto 13 quando um disparo de Jardel incomodou verdadeiramente o guarda-redes Pinóia que só teve tempo de rechaçar para canto. Na resposta, um mau atraso de Hélio Gomes para o seu guarda-redes esteve na origem do lance mais perigoso deste período: na verdade, Pinóia foi pressionado por Jardel e só teve tempo de atirar um chutão para a frente exactamente para os pés de João Cabral que só teve que desmarcar Paulo Romão que rematou cruzado com a bola a sair muito perto do poste direito de Diogo.
O jogo mostrava um equilíbrio que nenhuma das equipas parecia conseguir desbloquear e aí teve que se recorrer às bolas paradas, para surgirem os lances de maior "frisson". Vasco foi o protagonista barreirense desses lances e aos 23 minutos colocou o esférico, ao 2ºposte, onde Gonçalo deu, de cabeça, para trás aparecendo Varela a rematar para o golo, já sem guarda-redes na baliza, mas a bola saiu um tudo nada por cima da barra.
Respondeu o Santiago do Cacém num cabeceamento do pequeno Paulo Romão que Diogo defendeu com segurança mas a equipa de Duka também não o fez por menos e no lance seguinte David Martins cabeceou por cima da barra um canto apontado por Vasco. O jogo foi decaindo até ao intervalo e só ressuscitou aos 44 minutos quando ninguém do Barreirense conseguiu desviar para o golo um livre de Vasco Campos no lado direito do seu ataque.
Faltou clarividência ofensiva perante boa organização defensiva
No 2ºtempo o jogo continuou "sem saborão". A organização da equipa de Santiago do Cacém falou mais alto, o que aliado à pouca inspiração alvi-rubra só podia dar em nulo no marcador. Os lances voltaram a dividir-se independentemente da nossa maior apetência atacante embora sem resultados práticos. Varela voltou a ameaçar logo no reatamento mas a bola acabou por sair para fora quando o jovem extremo estava em boa posição. Do adversário, com o ponta-de-lança Marcelo bem marcado, o capitão Paulo Romão foi o mais inconformado ao tentar a sua sorte num livre directo, aos 55 minutos, e num contra-ataque, 10 minutos depois, mas, em ambos, o guarda-redes Diogo levou a melhor.
Pelo meio, Jardel teve nos pés uma boa oportunidade negada por Rui Silva que cortou na hora H o remate do jovem avançado alvi-rubro.
No último quarto-de-hora o treinador dos visitantes, Alfredo Sargaço, retirou o seu ponta-de-lança Marcelo e apostou tudo no empate. Com o desgaste a fazer-se sentir, e sem as tais alternativas atacantes no banco de suplentes, o Barreirense encontrou pela frente uma defesa que nunca falhou e que aproveitou a pouca criatividade que a nossa equipa demonstrou hoje para conseguir sair do Barreiro com o que pretendia.
Ficha do jogo:
Campo: Quinta Pequena, no Barreiro
Piso: Pelado
Árbitro: Micael Rechena
Árbitros auxiliares: Henrique Pires e Mónica Salvador
Tempo: Nublado
Barreirense: Diogo Chaleira (c); João Renato, Gonçalo, Ruben Marques e Miguel Gomes; David Martins, Pedro Pereira (Cláudio aos 77´) e Vasco Campos; André Silva (Ruben Jesus aos 74´), Jardel e Varela
Não jogaram: Carlos Soares, Carlos Marques, André Guerreiro e Ricardo Almeida
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
Cartões Amarelos: Varela (61´), Miguel Gomes (80´), Carlos Soares (aos 83´ no banco de suplentes) e João Renato (88´)
Golos: -
Santiago do Cacém: Pinóia; João Cabral, Hernâni, Hélio Gomes (Marinho aos 52´), Filipe Silva, Vitor Reis (a partir dos 88´(c)), Cardita, Tiago Santos, Rui Silva, Paulo Romão (c) (Filipe Sampaio aos 88´), Marcelo (Fábio aos 76´)
Não jogaram: Ricardo, Miguel Braga e João Couto
Treinador: Alfredo Sargaço
Cartões Amarelos: Hernâni (43´), Filipe Sampaio (88´) e Vitor Reis (90´+1´)
Golos: -
Ao intervalo: 0-0
No final: 0-0
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