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Algum dia teríamos que voltar a perder
 
Dez jogos depois, o Barreirense voltou a sentir o amargo gosto da derrota ao sofrer um golo aos 89 minutos de um jogo marcado pelo terreno muito pesado e escorregadio.
Para o jogo em Palmela, Duka já pôde contar com David Martins, regressado após castigo, relegando Paulo Andrade para o banco de suplentes. A presença do experiente médio justificava-se na perfeição visto ser um jogador com a estrutura fisica indicada para o estado do terreno que, diga-se de passagem, é de excelente qualidade embora tenha, naturalmente, sofrido com o temporal dos últimos dias.

No entanto, foi o Palmelense que entrou melhor. As primeiras investidas atacantes pertenceram ao homens da casa principalmente através de remates de longe. Assim, Ferreira, num disparo pouco ao lado, aos 9 minutos e Ney, aos 12 minutos, num remate que obrigou Diogo a uma defesa dificil para canto, procuraram a felicidade que haveria de surgir só nos últimos minutos de jogo.
Num jogo onde o Barreirense andou sempre atrás do marcador, o rumo dos acontecimentos poderia e seria outro se aos 18 minutos da 1ªparte, um remate de Cláudio não embatesse no poste esquerdo da baliza de Paulo Graça, após uma bola que Valdo foi buscar à linha de fundo. Não marcámos e como quem não marca acaba por sofrer, o Palmelense adiantou-se no marcador aos 23 minutos num lance infeliz de Wilson que escorregou e permitiu a Celestino o remate à entrada da área que não deu hipóteses a Diogo.
Atravessando um período muito positivo no aspecto psicológico, os alvi-rubros rapidamente se recomposeram, quando 5 minutos depois chegaram ao empate: livre de Rossano, na direita do ataque, muitos remates e desvios na defesa contrária, acabando por ser o central Gonçalo a desviar para o fundo das redes.
À medida que o tempo ia passando o relvado ficava mais difícil, mas ambos os conjuntos foram inexcedíveis na entrega a cada lance mantendo-se o equilíbrio no jogo que ficaria demonstrado em mais duas situações de perigo, uma para cada lado, até ao intervalo. Para os da casa, o golo esteve perto da acontecer num cabeceamento de Margarido que saíu perto da barra enquanto que já nos descontos foi a vez de a área do Palmelense não conseguir sacudir um canto de Vasco Campos, que, entretanto, não foi aproveitado por nenhum companheiro seu.  

Ambos os conjuntos quiseram vencer
 
Para o início do segundo período, Fernando Varela entrou para o lugar de Rossano e logo aos 48 minutos, teve a oportunidade de dar vantagem ao Barreirense após assistência de David Martins, mas o rermate do jovem extremo saiu para fora quando se encontrava em boa posição para alvejar a baliza.
Tal como aconteceu na 1ªparte, não marcámos e fomos penalizados por isso já que na primeira vez que o Palmelense foi à nossa baliza, nos segundos 45 minutos, chegou de novo à vantagem. O minuto foi o 54 e após uma falha, no meio-campo, do jovem Gonçalo, a bola foi ter com Ferreira, que serviu Celestino no lado contrário, e este, com um remate acrobático, fez um grande golo.
Mais uma vez os alvi-rubros foram buscar forças ao fundo do poço e 3 minutos depois responderam na mesma moeda chegando ao golo do empate num lance onde o guarda-redes Paulo Graça deixou bater a bola à sua frente e deixou passá-la por cima de si acabando por André Silva só ter que confirmar para o fundo das redes, após um passe do meio-campo barreirense.
Entrava-se numa altura decisiva do jogo e com os jogadores de ambas as equipas a acusarem grande desgaste, as jogadas de frisson aconteciam mais por falhas nos cortes e marcações das defesas do que por mérito individual ou colectivo das equipas. Mesmo assim, merecem destaque um livre de Ney que Diogo defendeu com segurança; uma grande jogada de Andjinho que tirou dois defesas alvi-rubros da frente e rematou forte mas ao lado, isto para o lado dos da casa, enquanto que David Martins teve o 2-3 nos pés quando rematou em arco para a defesa da tarde de Paulo Graça, que assim se redimiu do lance do 2-2.
Paulo Andrade, que havia entrado aos 74 minutos para o lugar de Wilson, só teve 13 minutos em campo já que viu o vermelho directo após uma falta a meio do meio-campo barreirense e desse lance surgiu o golo da vitória dos locais num remate, de longe, de Ruca, que entrou junto ao poste direito de Diogo.
Resultado que sabe a pouco. Ambos os conjuntos procuraram a vitória mas o Palmelense foi mais feliz e venceu um jogo onde o empate espelhava, melhor, o que se passou dentro das quatro linhas.
Arbitragem sem problemas.
 
Ficha do jogo:
 
Campo: Complexo Municipal de Palmela, campo nº1
Piso: Relvado natural
Árbitro: Nuno Campos
Árbitros auxiliares: Pedro Gamito e Daniel Ruivo
Tempo: Nublado com chuva

Palmelense: Paulo Graça; Neves, João Matos (c), Sabido, Canudo, Rosado (Andjinho aos 70´), Ney, Margarido (Patrick aos 70´), Celestino (Nuno Pereira aos 90´+1´), Ruca e Ferreira
 
Não jogaram: Nilton, Tomás, Gaby e Tavares
 
Treinador: Carlos Ribeiro
Treinador-Adjunto: João Pinho  
 
Cartões Amarelos: João Matos (26´), Celestino (47´) e Rosado (50´) 
Golos: Celestino (23´e 54´) e Ruca (89´) 
 
Barreirense: Diogo (c); Wilson (Paulo Andrade aos 74´), Gonçalo, Rúben Marques e Miguel Gomes; Cláudio, David Martins e Vasco Campos; Rossano (Varela ao int.), André Silva (Jardel aos 72´) e Valdo
 
Não jogaram: Carlos Soares, Ruben Jesus, Pedro Pereira e Fábio Mira

Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
 
Cartões Amarelos: Miguel Gomes (51´), Cláudio (79´), David Martins (90´+1´) e Jardel (90´+2´)
Cartão Vermelho: Paulo Andrade (87´directo)
Golos: Gonçalo (28´) e André Silva (57´)

Ao intervalo: 1-1
No final: 3-2