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Resolver depressa e descansar depois
 
O regresso aos jogos "caseiros" trouxe o regresso aos bons resultados. O triunfo frente ao Trafaria não foi mais do que a demonstração da nossa força após um desaire, no último minuto, em Palmela, que poderia trazer alguma intranquilidade à equipa.
Duka repetiu a equipa do último jogo com o senão dos impedimentos, por lesão, do guardião Diogo e do lateral Wilson, substituídos por Carlos Soares e João Renato, respectivamente.

Foi uma 1ªparte de bom nível por parte do Barreirense onde conseguiu uma vantagem importante que soube gerir, depois, na etapa complementar perante uma equipa que está na parte alta da tabela classificativa. Depois de uma excelente intervenção de Carlos Soares a remate de Diogo logo aos 3 minutos, os alvi-rubros adiantaram-se no marcador no minuto seguinte já que no pontapé de baliza, a bola foi ter com Rossano que ganhou um ressalto à entrada da área para desferir um remate, colocado e sem defesa possível. A vencer, a equipa alvi-rubra continuou no mesmo ritmo não se resguardando no que poderia fazer o adversário. A vontade e o crer de chegar novamente ao golo deu os seus frutos à passagem do quarto-de-hora quando André Silva aproveitou um remate, prensado, de David Martins para desviar do alcance de Luz e fazer o 2-0. Foi o terceiro golo em três jogos.
Com o mais difícil conseguido, cabia aos forasteiros ir atrás do prejuízo e o certo é que foram felizes nas intenções já que, aos 23 minutos, Diogo Almeida procurou tirar o central Gonçalo do caminho e deu ao outro Gonçalo, o do Trafaria, que desde a lateral da grande área, rematou com força surpreendendo o guardião Carlos Soares que esperava o cruzamento.
O Barreirense não sentiu o golo sofrido e continuou em alta rotação. A parceria entre Vasco e Valdo entrou em acção mas hoje não era o dia dos dois jovens jogadores. Em dois lances de bola parada, quase consecutivos, ambos os jogadores estiveram à beira do golo, primeiro num cabeceamento do ponta-de-lança e depois em dois remates que Luz segurou só à segunda. Mas o melhor estava para vir quando, ao minuto 36, surgiu o 3ºgolo barreirense, numa execelente jogada colectiva: após desmarcação, no flanco esquerdo, Miguel Gomes cruzou para o 2ºposte onde André Silva voltou a colocar no coração da área para a entrada, de rompante, do mesmo Miguel Gomes que, sem deixar cair, rematou para um grande golo.
Por pouco que o 4-1 não surgiria quando, de novo, Vasco executou um livre para a área e João Renato dividiu com o defesa mas a bola saiu um tudo nada por cima da barra. Na resposta, o Trafaria podia ter reduzido mas a grande confusão na área barreirense, após um livre na direita, não passou disso mesmo, com o esférico a ser aliviado para canto.
 
Viver ao custo dos juros da 1ªparte
 
Na 2ªparte, naturalmente, os visitantes teriam que subir no terreno e procurar reduzir o marcador. Estiveram quase a fazê-lo, primeiro por Diogo, que rematou, à entrada da área, para as mãos de Carlos Soares e no minuto seguinte por Fábio, que aproveitou um cruzamento de Mareco para rematar, ao 2ºposte, para a defesa, com os pés, de Carlos Soares.
O mesmo guardião barreirense que só viria a entrar em acção aos 64 minutos após canto de André e desvio, de cabeça, de Pedro Martins com o nº1 alvi-rubro a sacudir para longe.
Os alvi-rubros desaceleraram nesta 2ªparte e pensaram mais no resultado do que em tentar, desenfreadamente, chegar ao quarto golo, que só voltou a estar à beira de suceder já dentro dos 10 minutos finais. Aos 81 minutos, um erro da defesa do Trafaria colocou o esférico nos pés de Pedro Pereira que rematou, de pronto, mas o guarda-redes Luz ao não conseguir defender, à primeira, beneficiou do facto de Valdo estar em fora-de-jogo aquando da recarga. A bola ainda foi ter com Varela que atirou para a baliza mas já não contou. Aos 83 minutos, Varela fugiu pelo flanco direito e cruzou para o remate de Gonçalo mas o remate acabou nas mãos de Luz.
Com o jogo na sua fase final, o Trafaria ainda conseguiu reparar alguns dos estragos no resultado de que foi vítima quando, nos descontos, conseguiu reduzir: cruzamento do lado direito do seu ataque, a bola sofre um desvio que impediu o corte de João Renato e foi ter com Pedro Martins que se limitou a rematar para o 3-2 final.     
Triunfo indiscutível da melhor equipa em campo.
Os jogadores não facilitaram o trabalho do árbitro mas o mesmo não teve influência no marcador final.
 
Ficha do jogo:
 
Campo: Quinta Pequena, no Barreiro
Piso: Pelado 
Árbitro: Micael Rechena 
Árbitros auxiliares: Henrique Pires e Mónica Salvador
Tempo: Nublado mas com períodos de sol

Barreirense: Carlos Soares; João Renato, Gonçalo, Ruben Marques e Miguel Gomes; David Martins, Cláudio e Vasco Campos (c) (Fábio Mira aos 87´); Rossano (Pedro Pereira aos 68´), Valdo e André Silva (Varela ao int.)
 
Não jogaram: Nuno Almeida, Carlos Marques, Ruben Jesus e Jardel

Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: Jorge Ferreira
 
Cartão Amarelo: Vasco Campos (56´), Carlos Soares (90´+1´) e Cláudio (90´+4´)
Golos: Rossano (4´), André Silva (16´) e Miguel Gomes (36´)

Trafaria: Luz; Conceição,