José Carlos mãos de ferro
Se o Barreirense empatou em Alfarim, muito se deve à sua boa organização defensiva e, sobretudo, à assombrosa exibição do guardião José Carlos que defendeu tudo o que havia para defender.
Jogo difícil este em Alfarim, uma equipa bem estruturada e que já havia deixado boas indicações no jogo da 1ªvolta, na Quinta do Anjo. Sabendo isso mesmo, Duka optou por dar as despesas do jogo ao adversário, que no entanto, durante a 1ªparte não foi ambicioso nem talentoso, ao ponto de serem os alvi-rubros a ter mais remates, embora com pouco perigo é certo, excepção feita aos 40 minutos num remate de Rossano que acabou no travessão de David.
Foi uma 1ªparte muito táctica e que apesar do maior caudal ofensivo local, o resultado ao intervalo só poderia ser o nulo.
Alguma fortuna e muito José Carlos
O 1ºquarto de hora do segundo tempo manteve as mesmas características da 1ªparte: Alfarim com mais posse de bola mas a mesma andava sempre longe das balizas, mas com o decorrer do tempo e com o calor que se fazia sentir, o cansaço foi-se acumulando nos jogadores e começou a haver mais espaços entre os sectores das equipas. Aproveitou o Alfarim para ser mais objectivo que, aos 59 minutos, viu Bolacha em boa posição para visar a baliza mas Miguel Gomes tirou o pão da bola ao avançado do Alfarim.
O certo é que após a única oportunidade de golo dos alvi-rubros na 2ªparte, aos 66 minutos, num remate de Cláudio que não deu golo por mero acaso, após um lançamento de linha lateral longo de André Cansado, os últimos 20/25 minutos foram um sufoco para a nossa baliza e só por alguma sorte e uma grande inspiração de José Carlos, foi possível manter o empate no marcador, senão vejamos: minuto 69, Yoruba recebe um passe da direita, domina e atira para as mãos do guarda-redes barreirense; no minuto seguinte, Bailão corre meio-campo com a bola e, á entrada da área, remata forte para grande defesa de José Carlos.
Os minutos avançavam com os da casa cada vez mais perigosos e num lance de bola parada, aos 82 minutos, a bola foi colocada na meia-lua onde foi disparada, como um míssil, contra Amadeu, que estava em cima da linha de golo e só teve tempo de dar o corpo ao manifesto. No seguimento do canto, a bola foi ter com o poste esquerdo da baliza barreirense.
As bolas paradas continuaram a ser a lenha para a fogueira dos homens de Alfarim e foi desse modo que, por mais duas ocasiões, o golo esteve à vista, primeiro por intermédio do capitão Tiago, a desviar, de cabeça, para José Carlos segurar e, finalmente, Bruno Correia, que aproveitou um canto curto para rematar, forte, para mais uma defesa, enorme, de José Carlos para canto.
Excelente arbitragem de Paulo Barradas, deixando jogar e nunca recorrendo aos cartões para segurar um jogo que, diga-se de passagem, os jogadores também ajudaram. Os nossos sinceros parabéns.
Ficha do jogo:
Campo: "Alfarim", em Alfarim
Piso: Sintético
Árbitro: Paulo Barradas
Tempo: Calor mas com algum vento
Alfarim: David; Fred, Tiago (c), Gonçalves, Michael, Luis Carlos (Bruno Correia aos 75´), David Pinto, Bailão, João Filipe, Yoruba e Bolacha
Não jogaram: Sérgio Mata, Miguel Ribeiro, David Vasile, Miguel Mendonça, Rodrigo Pinto e Thiago
Treinador: José Carlos
Treinador-Adjunto: Ricardo Dias
Cartões Amarelos: -
Golos: -
Barreirense: José Carlos; André Cansado, Valter, David Martins (c) e Miguel Gomes; Sampaio, João Nuno (Sérgio Canas aos 75´) e Cláudio (Jorge Palma aos 85´); Varela (André Silva aos 62´), Rossano e Amadeu
Não jogaram: Diogo, Gilberto e Valdo
Treinador: Duka
Treinador-Adjunto: João Renato
Cartões Amarelos: Cláudio (76´) e José Carlos (87´)
Golos: -
Ao intervalo: 0-0
No final: 0-0
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