Podíamos lá ficar o dia todo...que não marcávamos
O Barreirense não foi além de um nulo no Zambujal e só se pode queixar de si próprio para não alcançar a vitória, num desafio que dominou do principio ao fim.
De facto, este foi um daqueles jogos em que podíamos ficar no campo o resto do dia que a bola nunca iria entrar na baliza do Zambujal, equipa que pouco, ou nada, tem a ver com aquela do início do campeonato onde andou nos lugares cimeiros da tabela.
A jogar a favor do vento, o Barreirense cedo se instalou no último reduto contrário, demonstrando uma saúde física e psíquica de elogiar para uma fase tão avançada da temporada.
Com Amadeu como ponto de referência, Cláudio a fazer os desequilíbrios e os extremos empenhados em envolver a defesa do Zambujal, o jogo decorreu sobre o meio-campo da equipa da casa que sentia enormes dificuldades para sair a jogar.
Aos poucos, começou a surgir, com naturalidade, as oportunidades de golo, tal era o volume atacante barreirense e quem teve a primeira situação de perigo foi mesmo o central Gilberto que apareceu na área para receber uma assistência de Amadeu, com a cabeça, mas o guarda-redes Rainha segurou, aos 23 minutos.
O meio-campo barreirense continuou a parar as saídas para o ataque do Zambujal e a servir os seus atacantes cada vez com mais perigo e assim foi, aos 34 e 35 minutos, primeiro com um cabeceamento de Amadeu para as mãos do guarda-redes do Zambujal e depois, na maior perdida do jogo e melhor jogada do desafio, com Varela a desembaraçar-se do seu marcador direto, e na linha de fundo cruzou para Amadeu que, inteligentemente, deixou passar para Cláudio, sozinho, com a baliza à sua mercê, rematou, escandalosamente, para fora.
Na bancada comentou-se que se aquela não entrou, mais nenhuma entraria...e assim foi.
Duka arriscou mas não petiscou
Com os treinadores satisfeitos ao intervalo, embora com pensamentos diferentes, o do Zambujal porque não tinha sofrido golos e o do Barreirense porque viu a sua equipa demonstrar um bom futebol, a 2ªparte manteve as mesmas características, pelo menos nos minutos iniciais, altura em que, por mais duas vezes, o golo esteve quase para acontecer para o Barreirense: minuto 46, João Nuno bate um livre na esquerda, o guarda-redes soca mal a bola, Cláudio recolhe e chuta, a bola ressalta para Varela que remata sobre a barra. Dois minutos depois, novamente Varela no lance de perigo desta vez num remate que ressaltou em Chico e quase traía Rainha mas a bola foi ter com as mãos do guarda-redes do Zambujal.
Desta vez com o vento, forte, contra, os alvi-rubros não conseguiram a mesma superioridade no terreno mas, verdade seja dita, do lado contrário só se conseguiu vislumbrar algum perigo na parte final do desafio, período em que, com o desgaste do esforço que a equipa fez para chegar ao golo, permitiu, finalmente, um aparecimento da equipa da casa aos 73 minutos!! de jogo numa iniciativa de Daniel que falhou o chapéu ao guardião Carlos Soares. Foi uma gota no deserto já que Valter esteve perto de dar justiça no marcador mas o seu desvio, após canto de João Nuno, foi cortada para canto e sobre a linha de baliza pela defesa da casa, decorria o minuto 78. Só passou mais 6 minutos e num excelente passe de João Nuno para Rossano, o esquerdino teve tudo para ser feliz mas o seu remate esbarrou na não menos boa defesa de Rainha
O cerco à baliza do Zambujalense era enorme, a equipa da casa tentava aliviar de qualquer maneira, enquanto que o Barreirense, mesmo contra o vento, tentava jogar um futebol mais directo para Valdo e Amadeu. Entrava-se nos descontos, Rossano aponta um canto, a bola é desviada por Valdo mas saí sobre a barra. Era o tudo ou nada. Aos 92 minutos, mais um lance em que a sorte não quis nada com o Barreirense...nem com o Zambujalense. Confuso? É fácil: André Cansado tenta mais um dos muitos cruzamentos que fez, Amadeu subiu lá acima e cabeceou...ao poste direito de Rainha Foi o cúmulo dos azares, estava escrito que, 7 jogos depois, a equipa voltaria a estar em branco no marcador. O problema ia sendo o lance seguinte já que, o Barreirense é apanhado em contra-pé e Missé, aproveitando um mau corte do guarda-redes Carlos Soares, rematou com muito perigo com a bola a passar a milímetros da barra.
Resumindo, temos que dar os parabéns à nossa equipa que não teve o factor sorte do seu lado. Os ses não existem no futebol mas se o Barreirense marca a equipa da casa arriscava uma penalização muito maior.
Quanto à arbitragem, não teve influência no desfecho do jogo mas temos que referir que na 1ªparte, o Zambujalense fez o que quis do jogo violento. As jogadas ás pernas dos nossos jogadores passaram o limite mas da parte do árbitro apenas se assistia a uma passividade como que se nada passasse. Na 2ªparte voltou a ser amigo dos homens do Zambujal ao permitir o anti-jogo. Com tantas paragens no desafio foi de estranhar apenas 5 minutos de desconto.
Ficha do jogo:
Campo: Parque Desportivo da A.C.R.U.T.Z., no Zambujal de Cima, Sesimbra
Piso: Sintético
Árbitro: Gil Brandão
Tempo: Muito Sol e muito vento
Zambujalense: Rainha; Edgar (Missé aos 65´), Huguinho, Tiago Leite, Chico (c), Dani (Marco Dias aos 83´), Ricardo, Rui Barros, João Gémeo, Fábio e Cris (Pila aos 83´)
Não jogou: Maricato
Treinador: Nuno Pinto
Cartões Amarelos: João Gémeo (43´), Huguinho (45´) e Tiago Leite (90´+4´)
Golos: -
Barreirense: Carlos Soares; André Cansado, Valter ((c) a partir dos 61´), Gilberto e Miguel Gomes; Nuno Sampaio, João Nuno e Cláudio (Pedro Pereira aos 61´); André Silva (Rossano aos 61´), Varela (Valdo aos 73´) e Amadeu
Não jogaram: Diogo, Márcio Dieb e Daniel Lourenço
Treinador: Duka
Cartões Amarelos: Varela (38´) e Cláudio (45´+1´)
Golos: -
Ao intervalo: 0-0
No final: 0-0
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